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Ayla Velasquez. 👮🏻‍♀️

Leblon, Rio de Janeiro.
04 de fevereiro, de 2025.

Cheguei na delegacia atrasada, como sempre peguei um trânsito dos infernos na Av. Niemeyer. Se eu soubesse tinha vindo de metrô e evitado o estresse!

Xxx: Atrasada agente?— encarei a delegada Viviane, que no caso é minha querida mãe.

Ayla: Peguei trânsito.— suspirei.

Viviane: Ou acordou atrasada?

Mal sabe ela que eu nem dormi essa noite, e ela nem imagina o motivo e se imaginar, é capaz de falar no meu ouvido até a próxima encarnação.

Ayla: Não delegada.— sorrir sem ânimo.— Só peguei trânsito mesmo.— ela assentiu.— Vou ir me trocar.— ela concordou.

Cheguei no vestiário e a Amanda já estava por lá e já tinha até se trocado. Normalmente é ela que sempre chega atrasada e toma esporro da delegada Viviane logo cedo.

Amanda: Falou pra mim não chegar atrasada e você que chegou?— brincou.

Ayla: Nem vem... Já basta minha mãe!— bufei.

Amanda: Calma, só estou brincando gata.— levantou às mãos em sinal de rendição.— O que aconteceu que você me ligou um monte de vezes ontem???

Ayla: É uma longa história.— ela me olhou sem entender.

Amanda: Como assim?

Ayla: Depois te explico. Agora vou me trocar porque se não a nossa querida delegada vem aqui atrás de mim.— ela riu.

Amanda: Vou te esperar lá na sala de reunião, tá?— concordei.

Eu sou Agente em Operações da Polícia Civil, resumindo, sou Policial. Sempre foi meu sonho entrar dentro da polícia civil e seguir os passos da minha mãe, que é uma das delegadas mais renomadas no estado do Rio de Janeiro pelo sucesso do seu trabalho árduo e benéfico para o estado.

Entrei na polícia civil quando eu tinha vinte dois anos, e cá estou até hoje e pretendo continuar até o fim da minha vida. Minha meta é um dia me tornar delegada, assim como a minha mãe.

Minha maior incentivadora e apoiadora, sem sombra de dúvidas é a dona Viviane. Ela passou essa paixão pra mim, e se não fosse o incentivo dela eu não estaria aqui hoje. Desde pequena eu falava que ia ser policial que nem ela e eu nem preciso dizer que ela adorava né?

Já estou na metade do caminho que eu quero, ainda não me tornei uma grande policial igual minha mãe mas sei que tenho capacidade pra isso. Inclusive no momento estou tentando conquistar a vaga de investigadora do batalhão, já fiz os exames e agora estou aguardando o resultado.

Não é só porque sou filha da delegada que tenho às coisas aqui dentro de mão beijada, muito pelo ao contrário, por ser filha dela o fardo se torna ainda mais pesado pra mim e eu tenho que me esforçar duas vezes mais. Porque caso eu falhe, estou decepcionando a mesma pessoa duas vezes, porque antes de ser minha superior, ela é minha mãe né?

Assim que terminei de vestir meu uniforme, guardei minhas coisas no meu armário, coloquei meu distintivo no pescoço, a arma no coldre e fui em direção a sala de reunião.

Apressei meus passos quando vi que só faltava eu para reunião começar e com certeza meus superiores deveriam estar super irritados.

Ayla: Desculpa gente, desculpa o atraso.— entrei e sentei na cadeira vazia ao lado da Amanda.

PROIBIDO PRA MIM - EM ANDAMENTO. Onde histórias criam vida. Descubra agora