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MARATONA INICIADA
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Ayla Velasquez 👮🏻‍♀️

Ayla: Não vou repetir nada! É isso mesmo que você escutou.— ele respirou fundo.

Mike: Tu fica me testando, papo reto! Uma hora eu vou perder a linha de vez contigo, tendeu??? E vai ser sem leme.

Ayla: E o que você acabou de fazer não é perder a linha não? Você me tirou daquele baile arrastada como eu fosse uma boneca... Olha o meu braço.— apontei.— Com a marca da sua mão.— encarei ele.— Eu estou grávida e é dessa forma que você me trata? É dessa forma que você trata a mãe do seu filho? Tudo que eu sinto, ele sente também sabia??? É dessa forma que você quer que o seu filho sinta você?— balancei a cabeça em negação.— Eu nem sabia que a gente estava vindo pra cá, só soube dentro do carro Maycon e só vim porque a Dani insistiu muito. — suspirei.— Eu não vim aqui para armar contra você.— encarei ele.— Tira isso da sua mente. Isso já passou e acabou!!!! Eu não estou mais nem aí para o que você faz ou deixa de fazer Maycon. Não estou nem aí, entendeu? Nem aí. Isso não me interessa mais e inclusive eu pedi para sair do seu caso na delegacia e estou fora das investigações contra você.— respirei fundo.

Ayla: A partir do momento que eu soube que existe uma criança entre nós dois.— apontei pra mim e pra ele.— Tudo mudou. Você pode ser o bandido mais procurado desse mundo mas eu não te entregaria nem pelo meu o tão sonhado cargo dentro da polícia. Independente do que você é ou faz, você é o pai do meu filho e eu não posso agir contra você e nem quero fazer isso!!!

Ele ficou me encarando em silêncio e seu semblante era indecifrável, parecia que ele estava processando tudo o que eu tinha acabado de falar.

E eu fui sincera em cada palavra. Eu não tenho mais nenhum tipo de interesse em entregar o Maycon para a polícia e eu precisava deixar isso claro pra ele de uma vez.
Ele pode não acreditar em mim mas é a verdade. Agora nós dois temos um vínculo eterno e eu não posso fazer isso com ele. Não quero carregar essa culpa, sabe?

Eu não tive um pai presente na minha infância e adolescência e sei como isso dói e eu não quero isso para o meu bebê, não quero que ele passe pelo o que eu passei. Eu quero que ele tenha uma presença paterna em sua vida, mesmo sabendo que isso pode ser complicado por causa da vida que o Maycon leva.

E outra, imagina meu filho ou filha daqui alguns anos com raiva de mim, porque eu coloquei o próprio pai dele na cadeia??? Deus me livre! Não gosto nem de pensar em uma coisa dessas.

Eu sei que estou agindo contra os meus próprios princípios, e isso me deixa perturbada pois a Ayla de um mês atrás jamais pensaria ou agiria dessa forma. Mas agora eu não penso só por mim, né? Eu tenho que pensar no meu bebê e no que será melhor pra ele.

E mesmo o pai dele sendo um traficante, eu sei que no fundo ele é uma boa pessoa.

Ayla: Eu não tenho como mudar o que já aconteceu Maycon mas eu posso escolher como vou agir agora, e pelo nosso filho eu estou passando por cima de tudo o que eu acho que é certo e até mesmo correndo o risco de perder tudo o que já conquistei nessa vida.— encarei ele.— Você pode não acreditar em mim, mas eu juro que estou sendo cem por sincera. Agora a única coisa que me importa nessa vida é o meu bebê.— ele continuou em silêncio me encarando.— Você não vai falar nada???

Fátima: O que está acontecendo aqui?— entrou na casa desesperada.— SOLTA ELA AGORA MAYCON!!!— empurrou ele.— Você tá bem minha filha??? O que esse sem juízo fez com você? Me fala. Eu vou acabar com a raça dele!

Ayla: Eu tô bem Dona Fátima.— sorrir sem ânimo.— Calma, está tudo bem.

Fátima: Foi isso que eu te ensinei seu desnaturado?— foi pra cima dele.— A minha vontade agora é de te dar a surra que nunca te dei seu moleque!— deu uns tapas nele.

Maycon: Para com isso vó. Que isso pô??

Márcia: Mãe se acalma pelo amor de Deus.— tentou puxou ela.

Daniella: Você está bem mana? Me desculpa, desculpa mesmo! Eu não imaginei que esse maluco ia agir assim.

Ayla: Calma, eu estou bem.— sorrir.

Kako: Tá bem mesmo pô? Quer ir na upa não ver o moleque?

Ayla: Eu tô bem, sério! Nós estamos bem.

Fátima: Você só me dá desgosto Maycon. Só desgosto! Como você pode agir dessa forma com a mãe do seu próprio filho? O que você tem na cabeça garoto????

De repente todo mundo surgiu aqui e o clima ficou mais tenso do que já estava antes. A dona Fátima estava muito brava e falou horrores pro Maycon e ele ficou caladinho só escutando. Nem parecia aquele bandido cheio de marra de uns minutos atrás.

Márcia: Você tem que deixar pra trás tudo que aconteceu Maycon.— encarou ele.— Agora ela não é só mais uma policial, agora ela é também a mãe do seu filho.

Fátima: E ela vai poder frequentar aqui sim e a hora que ela quiser, entendeu??? Daqui a pouco o meu bisneto está aí e eu quero ver ele crescer!!! Ou você vai querer que seu filho cresça longe de você?? Longe da sua família?

Mike: Claro que não vô. Tá maluca pô?? Eu quero o meu filho crescendo do meu lado, tendeu?? Do nosso lado.

Márcia: Por hoje já deu né gente? Ja são quase três da manhã.— suspirou.

Ayla: Dani você me leva na entrada? Eu vou pedir um Uber pra ir embora.

Márcia: Nada disso! Você vai dormir lá em casa.

Ayla: Eu não quero incomodar.— falei sem graça.

Daniella: Incomodar no quê mana?? Tá maluca? Vamos logo!

Kako: Eu vou levar vocês.

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