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Ayla Velasquez.

Ayla: Me solta!! Você está me machucando garoto.— falei com raiva.

Xxx: É pra machucar mesmo sua piranha!— puxou meu cabelo com força.— Tu é polícia, né? Fala sua vagabunda!

Ayla: Eu já falei que eu não sou policial! Você é surdo garoto??

Xxx: Manda o teu papo caralho. O que tu tá fazendo aqui no meio dessa mata e armada sua puta???

Ayla: Eu já falei que só falo com o seu patrão! Me leva até ele.— ele riu.

Xxx: Tu tá achando que manda em alguma coisa aqui né sua vagabunda??? Quem manda aqui é nós, tendeu??? É nós.— puxou meu cabelo com força.

Ayla: Quero ver você falar isso na frente do seu patrão e sustentar essa marra toda. — debochei.— Quem manda aqui dentro é o Mike, você não passa de um pau mandado. Se enxerga garoto!

Xxx: Tu vai morrer sua piranha! Vai morrer, tendeu???— apontou a arma pra mim e destravou.

Xxx: Tá maluco caralho???— puxou ele.— Nós tem que levar ela pro patrão e ele que decidi o que vai fazer. Tá maluco? Quer arrumar problema no bagulho?

Xxx: Vai se foder Pururuca!!! Essa piranha tá me tirando caralho! Vou passar ela e já era. Patrão nem vai querer saber dessa marmita.

Pururuca: Tu acha que ela tá com essa marra toda aí atoa Foguinho? Se liga, parceiro. Tem que ficar atento aos detalhes. Certeza que ela não é qualquer uma não.— me encarou.

Ayla: Se eu fosse você, escutava seu colega amigo.— encarei ele sorrindo.

Pururuca: Solta a mina. Eu vou levar ela!

O tal Pururuca me segurou pelo braço com certa brutalidade e saiu me puxando, enquanto o outro desgraçado ficou lá parado me xingando de tudo que era nome e falando que ia me matar. Coitadinho!!!

Pururuca: Patrão? Tá na voz?— falou no rádio.

Mike: Manda o papo.— respondeu.

Pururuca: Tenho um problema dos grandes pra tu resolver pô.

Mike: Vai se foder porra... Mais problema no bagulho? Qual é o b.o da voz? Manda o papo logo de uma vez.

Pururuca: Tô brotando na boca!

Mike: Jaé.

Ayla: Será que dá pra você parar de apertar o meu braço?

Pururuca: Quem tu é hein garota??? Eu tenho a impressão que te conheço ele algum lugar.— me encarou.

Ayla: Pode ficar tranquilo que você vai ficar sabendo logo menos.— pisquei pra ele.

Pururuca: Cheia de marra. Coisa boa tu não deve ser.— balançou a cabeça em negação.

Quando finalmente saímos de dentro daquela mata e entramos dentro do morro, suspirei aliviada. Não estava mais aguentando andar e muito menos ser arrastada por esse cara favela a abaixo.

O morro estava parecendo uma cidade abandonada, não tinha ninguém nas ruas além dos bandidos e todos os comércios estavam fechados. Estava uma situação bem tensa, sabe? Clima super pesado.

Dava pra ver às marcas de sangue no chão e também vários projétil de bala espalhados pelas ruas.

Passamos em frente a upa e eu fiquei com o coração apertado vendo a cena de várias pessoas chorando e gritando desesperadas. Uma cena super triste.

O tal Pururuca cumprimentava todos os bandidos por onde ele passava, e todos me encaravam curiosos e também sem entender o que estava acontecendo.

Demoramos mais ou menos uns vinte minutos até chegarmos na boca principal, e quando o Pururuca perguntou no rádio se podíamos entrar dentro da sala, o meu coração começou a bater mais rápido e eu senti um frio na barriga surreal.

Pururuca: Aí patrão. O problema!— me puxou.— Estava fazendo a ronda lá na mata com o Foguinho, e encontrei essa mina lá perdida, tendeu? E ela estava armada pô.— jogou minha pistola em cima da mesa.

O Maycon me olhou surpreso e o seu semblante mudou para raiva em questão de segundos.

Mike: QUE PORRA TU TÁ FAZENDO AQUI SUA FILHA DA PUTA?— gritou e levantou da cadeira com tudo.— TU TÁ BRINCANDO COM VAGABUNDO MESMO NÉ CARALHO?— ele veio na minha direção e segurou o meu rosto com força.— Pode meter o pé Pururuca, com essa desgraçada aqui eu me resolvo!

O cara saiu correndo, mal esperou o Maycon terminar de falar praticamente. Pau mandado demais, aff!

Ayla: Tira sua mão de mim.— empurrei a mão dele com tudo.— Cadê minha mãe e a Amanda? Eu quero ver elas agora Maycon!— ele me encarou.— Anda Maycon, cadê elas?? Eu já sei que você está mantendo elas aqui dentro como reféns... A mesma coisa que você fez comigo, né?— balancei a cabeça em negação.

Mike: Eu quero saber o que tu tá fazendo aqui caralho? Tu tá de tróia pra cima de mim né Ayla? Responde porra! O que tu tá aprontando caralho?— me encarou.— Eu sabia que não podia confiar em você porra, sabia! Tu é uma dissimulada, falsa!

Ayla: Eu vim aqui atrás da minha mãe e da minha amiga seu desgraçado!!!— encarei ele.— Para pra pensar um pouco caralho... Eu ia te ligar e te avisar da invasão pra que??? Se eu estou armando contra você, o quê eu ia ganhar com isso? Te avisando??? NADA!— falei nervosa.— Eu só vim aqui atrás delas e mais nada!! Fiquei maluca quando soube que você está mantendo elas presas aqui dentro... Eu pedi pra você não fazer nada com elas Maycon. Eu pedi!— meus olhos estavam marejados.— E o quê você faz??? Prende elas aqui. Você ficou maluco? Elas são tudo que eu tenho na minha vida. Ela é a avó do seu filho!— às lágrimas escorreram pelo meu rosto.— O que você fez com elas?? Fala! Anda me fala Maycon! Eu quero ver elas agora!

Eu estava muito nervosa e senti uma leve tontura, o Maycon percebeu e me segurou.

Mike: Qual foi porra??? Que foi?? O que tu tá sentindo Ayla??

Ayla: Tô tonta.— falei me segurando nele.

Mike: Senta aqui pô.— me colocou no sofá.

Senti um líquido quente escorrendo pela minha perna e quando coloquei a mão e olhei, era sangue.

Ayla: Maycon.— falei apavoroda— Eu estou sangrando Maycon.— mostrei minha mão pra ele e o mesmo me encarou assustado.— Maycon... Nosso filho! Eu tô perdendo nosso filho.— senti minhas vistas ficando turva e apaguei.

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