PROIBIDO PRA MIM - EM ANDAMENTO.

13°

Ayla Velasquez 👮🏻‍♀️

Rocinha, Rio de Janeiro.
22 de fevereiro, de 2025.

Hoje era sábado e também meu dia de folga, graças à Deus!!!!!

Apesar da minha função na upa ser bem tranquila, eu estava me sentindo super cansada nesses últimos dias e ia aproveitar minha folguinha pra descansar!

Aproveitei para dormir até mais tarde e também pra ficar de preguiça na cama até quase meio dia. Fazia tanto tempo que eu não fazia isso que nem lembrava mais qual era à sensação.

Assim que levantei da cama, tomei um banho bem demorado, lavei meu cabelo, fiz todas minhas higiene e vesti uma roupa de ficar em casa mesmo.

Acabei lembrando que eu tinha esquecido de entrar em contato com a delegacia, e por isso já fui logo pegando o celular escondido pra ligar.

Disquei o número e no segundo toque escutei a voz da minha mãe do outro lado da linha.

📲[Ligação] +552198723....
Viviane: Porque você demorou tanto pra entrar em contato Ayla? Aconteceu alguma coisa? Me fala logo!— disse preocupada.
Ayla: Calma delegada Viviane.— dei risada.— Hoje é meu dia de folga na upa e eu aproveitei pra dormir até mais tarde, a semana por aqui foi cansativa.
Viviane: Não faz mais isso Ayla, eu fiquei preocupada, estavamos todos preocupados!— ela suspirou.
Amanda: Delegada Viviane já estava quase montando uma força tarefa pra subir a Rocinha cara!— se intrometeu na ligação e eu dei risada.
Viviane: Vocês dão risada né?? Só quem é mãe sabe o que eu estou sofrendo.
Ayla: Aí mãe, nem começa! Podemos passar o relatório das últimas vinte e quatro horas?
Viviane: Sim.

Ficamos por quase uma hora na ligação, por enquanto está tudo tranquilo e por isso não tenho com o que me preocupar.

Informei tudo que aconteceu nas últimas vinte quatro horas, eles me passaram algumas orientações e o plano segue sem nenhuma alteração.

Assim que desliguei a ligação, apaguei o registro da chamada, desliguei o celular e guardei novamente dentro do colchão.

Estava morta de fome porém sem coragem nenhuma de fazer alguma coisa pra comer, e por isso resolvi ir até um restaurante que tinha próximo da minha casa pra buscar uma quentinha.

Quando eu estava saindo de casa, encontrei a mesma garota que me pediu ajuda ontem e assim que ela me viu, veio na minha direção.

Xxx: Oi Maya!

Ayla: Oi...?

Xxx: Daniella.— ela sorriu.— Desculpa, acabei nem me apresentando ontem.

Ayla: Imagina, não tem o que se desculpar. E sua vó, está melhor?

Daniella: Agora ela está bem graças à Deus, e graças à você também.— ela sorriu.— Muito obrigada por ter nos ajudado ontem, nunca vou saber como te agradecer. Será que eu posso te dar um abraço?— falou sem jeito.

Ayla: Claro!— eu mesma tomei a iniciativa e abracei ela.

Daniella: Ela terá que fazer uma cirurgia no coração na segunda-feira mas o quadro dela é estável, e provavelmente entre terça ou quarta ela já estará em casa.

Ayla: Aí que bom!!! Fico muito feliz que tudo deu certo no final.— ela assentiu.— Se vocês precisarem de alguma coisa já sabem onde me encontrar, viu?

Daniella: Digo o mesmo.— sorriu.— Agora preciso ir, vou descansar para voltar pro hospital à noite.

Ayla: Boa sorte, e manda um beijo pra sua mãe e pra sua vó também!