𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O barulho dos cascos do cavalo contra a grama trouxe a Elena uma sensação boa, seus longos cabelos escuros voavam conforme ela cavalgava em seu enorme e forte cavalo preto e um sorriso surgiu em seus lábios quando ela parou na beira do grande penhasco segurando firmemente as rédeas presas em Maximus que relinchou e ficou parado, Elena observou a paisagem e fechou os olhos sentindo o vento bater contra seu rosto, ela apreciou o som da água batendo contra as rochas lá embaixo, mas todo o encanto acabou quando ela ouviu o grito de sua madrinha, alto e estridente.
Elena suspirou olhando para baixo. Ana gritava e acenava com a mão perto da porta do chalé que eles moravam há treze anos. Apesar do isolamento social, Elena gostava dali, ficava na praia e ela podia sentir a areia em seus pés todos os dias.
A garota recuou, fazendo um barulhinho para o cavalo que se virou e voltou a correr para longe do penhasco, em direção a trilha que a levaria para casa. Quando estava perto o suficiente, Elena fez Maximus diminuir a velocidade. Os dois pararam na parte de trás do chalé onde havia uma área especial para o cavalo, não era grande coisa, mas era o suficiente para protegê-lo de tempestades.
— Onde você estava? — Ana perguntou quando Elena entrou na casa fechando a porta e retirando o capuz.
— Vagabundeando outra vez — Seu padrinho resmungou mal humorado fazendo Elena revirar os olhos.
— Você foi a aldeia novamente, não foi? — Ana falou ignorando o marido. Elena passou por ela e deixou a carne que trouxe em cima da mesa e no chão, um par de botas novas.
— Trouxe para você — Murmurou apontando para as botas — Você precisa trocar elas de vez enquando.
— Não preciso delas — Ana retrucou cruzando os braços.
— Como conseguiu dinheiro? — Edward perguntou a olhando com arrogância — Como tem conseguido dinheiro ultimamente? — Ele a olhou de cima a baixo com desdém — Tem vendido o corpo?
— Não preciso recorrer a isso — Rebateu erguendo o queixo — Diferente de você.
Edward grunhiu se levantando e marchou até ela, antes que Ana pudesse impedir, ele depositou um tapa forte no rosto de Elena.
— Edward! — Ana exclamou arregalando os olhos, mesmo não sendo a primeira vez, ela sempre fazia a mesma expressão.
— O você acha que é? — Edward gritou na cara de Elena que o olhou sem expressão — Não se esqueça que tudo isso aqui, é sobre você. Estamos nesse muquifo por sua causa ou já se esqueceu do que fez?
— Como eu poderia esquecer? — Elena perguntou retoricamente e quando ele não respondeu, passou pelo padrinho.
— Elena! — Ana a chamou, mas foi ignorada. Elena não estava com cabeça para ouvir a bronca que a madrinha daria, ela já sabia de cor o que seria dito.
Apesar da ignorância dos dois, Elena ainda os amava… Bem, ela amava Ana e não Edward, Elena nunca foi próxima do padrinho e só o aturava por ser marido de sua madrinha. Elena se esforçou bastante nos últimos anos para voltar a ser próxima de Ana, contudo, a mais velha não queria o mesmo.
Ana cuidava de Elena quando necessário, se ela ficava doente, Ana ia lá e ficava com ela, a alimentava e não a deixava morrer de frio, mas era apenas isso. As duas não conversavam sobre nada, Elena não recebeu um ato de carinho desde que chegou ali, eram apenas palavras duras e broncas.
Contudo, a aceitação veio e ela se acostumou, por mais que doesse se sentir sozinha todas as noites, ela ainda agradecia por ter um lugar para ficar, porque Elena sabia muito bem como seu padrinho gostaria de abandoná-la.
Elena fechou a porta do quarto e a trancou, ela retirou suas botas e foi até a cama se jogando nela de barriga para cima. Ela suspirou encarando as pequenas estrelas que havia desenhado no teto e as contou repetidamente até que seu coração se acalmasse e os pensamentos ruins dissipassem de sua mente.
— Veja só quem resolveu sair do seu esconderijo secreto — Elena falou abrindo um sorriso ao ouvir um latido baixinho, ela se moveu na cama e colocou a cabeça para fora olhando de baixo do colchão — Edward vem assustando você, não é?
O cachorrinho latiu mais uma vez lambendo a bochecha dela, Elena o pegou no colo o colocando na cama ao seu lado.
— Eu não sairei mais essa semana, ele não vai te incomodar mais — Disse acariciando a cabeça dele.
Seu cachorro, Thor, era o único ser que realmente gostava de Elena e era também o único que ela tinha mais contato afetuoso, o que pareceu ser deprimente para Elena no começo mas depois ela percebeu que poderia ser feliz apenas com os latidos e carinhos do cachorro.
— Comprei botas novas para ela, mas Ana parece não ter gostado — Murmurou o olhando — Ela deveria aceitar mais presentes às vezes.
O cachorro latiu e girou no lugar antes de se deitar no lençol com os olhos brilhantes fixos em Elena.
— Eu gostaria de ter mais, pequeno Thor — Sussurrou tocando o focinho dele — Muito mais.
Seus lábios se repuxaram em um pequeno sorriso triste e ela se deitou. Se aconchegando na cama, Elena se virou ficando de costas para Thor e observou o céu escuro com a grande e majestosa Lua cheia rodeada de estrelas, seus olhos de um tom azul esverdeado brilharam enquanto ela admirava os pontinhos brilhantes e desejava silenciosamente que sua vida mudasse, mudasse para melhor.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
✧. ┊ 𝐇ello, meus ɑmores! 𝐂hegɑmos ɑo fım de mɑıs um cɑpı́tulo. 𝐎 que ɑchɑrɑm? 𝐍ɑ̃o esqueçɑm de votɑr e comentɑr pɑrɑ eu sɑber se estɑ̃o gostɑndo. 𝐀té o próxımo cɑpı́tulo, beıjos! 🩷