𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
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Feyre apertou pela décima vez os entrelaçados em frente ao corpo, o tremor constante em seu corpo estava a incomodando e andar de um lado para o outro a deixava cada vez mais ansiosa, porém, ela não conseguia parar.
Rhys a observou, com cuidado e atentamente, ele não pôde fazer muito para ajudá-la, Feyre não deu ouvidos a nada do que ele disse desde o momento em que Mor voltou da cabana e disse que Nestha viria com Elena.
Esse foi o único motivo que a fez sair do quarto, o dia já estava amanhecendo e ela só conseguia pensar em como Elena reagiria ao vê-la novamente, como ela mesma reagiria ao ver a filha que esteve ao seu lado esse tempo todo.
Feyre havia perdido mais um aniversário. Ela deveria ter ficado com Elena quando descobriu, deveria ter ido para a Cabana de Mor, mas como ela poderia encarar a garota e agir de uma forma desequilibrada? Feyre não queria assustá-la, ela sabia que deveria manter a calma e que se aproximar de Elena de maneira precipitada, poderia estragar tudo, mas ela não sabia como seria capaz de segurar suas emoções.
De repente, a porta principal foi aberta e segundos depois, Nestha entrou na sala, seus olhos fixos na irmã. Rhys se levantou de supetão parando ao lado da parceira, Nes deu um passo para o lado, revelando a figura de Elena e logo atrás dela, Cassian. O lábio inferior de Feyre tremeu ao ver a garota. O mero vislumbre de sua filha tão esperada fez com que lágrimas começassem a escorrer por seu rosto.
Aproximando-se lentamente, Feyre ergueu a mão trêmula, enquanto Elena permanecia parada em sua frente. O olhar cheio de lágrimas de Feyre se encontrou com o dela e por um instante, o mundo inteiro desapareceu, restando apenas o amor que unia mãe e filha.
— Oi… — Sussurrou Elena. Suas palavras foram o gatilho para uma torrente de emoções. Feyre chorou intensamente e, com um gesto ávido, puxou Elena para um abraço apertado.
Elena a abraçou um pouco hesitante, seu coração trovejou em seu peito quando ela escondeu o rosto no pescoço de Feyre não sendo mais capaz de segurar as lágrimas.
Elena entendia, mesmo depois de saber que eles não a procuraram mais, ela entendia. Elena nunca tentou procurar por seus pais porque ela sabia que não os encontraria, do que adiantava correr atrás deles e insistir em uma dor que não sararia? Ela sabia que era a mesma coisa para Rhysand e Feyre.
Foram vinte anos. Elena também perderia as esperanças.
O tempo pareceu congelar-se quando elas se afastaram lentamente, enquanto Feyre segurava o rosto de Elena, examinando cada detalhe, cada traço que lembrava o de Rhys e o seu próprio. O silêncio entre as duas era eloquente o suficiente para expressar todo o amor e a dor que haviam sentido em todas as épocas separadas.
— Eu sinto tanto, tanto por não ter estado com você — Feyre disse com a voz embargada e Nestha puxou Cassian para fora lentamente quando o ouviu fungar, aquele era um momento de privacidade. — Eu sempre soube que você estava viva, eu sempre senti e eu… Eu deveria saber que o que eu sentia quando te vi pela primeira vez não era apenas uma mera semelhança.
