𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Elena acordou com a leve ventania filtrando pelas cortinas deixando seu quarto gelado e os braços levemente arrepiados. Sua cabeça latejava e, ao se sentar, sentiu uma pontada de dor percorrer seu corpo. Levou a mão à testa e percebeu que suas roupas haviam sido trocadas, e seus machucados estavam cuidadosamente enfaixados.
Com cuidado, Elena se levantou da cama. Seus passos eram lentos e cautelosos enquanto ela saía do quarto e adentrava o corredor. A escuridão começava a tomar conta do ambiente, indicando que o dia estava chegando ao fim. Detendo-se por um momento, Elena permitiu que suas lembranças voltassem. Ela recordou o motivo que a trouxe de volta para casa: o ataque de Koschei em seu memorial em Velaris.
Uma dor se apossou do seu peito ao se lembrar dos destroços, Koschei havia destruído a única coisa que fazia Elena saber que seu povo sempre teve esperanças de que ela voltaria para casa. Ela não teve tempo de ler as cartas, ou de tocar nos ursos de pelúcias e até mesmo em alguns desenhos feitos por crianças que já sabiam da importância dela naquela Corte, Koschei realmente estava fazendo o que disse que faria. Ele continuaria tirando tudo dela, até que Elena ficasse sozinha.
A imagem do monstro horrendo que ela enfrentou naquele dia invadiu sua mente, fazendo-a estremecer. O desespero que sentiu ao ver Azriel e Lucien sendo atacados era inigualável. Apesar de não entender o que sentiu ao pensar nos dois gravemente feridos, ela estava pronta para salvá-los, mesmo não sabendo como deveria fazer. Contudo, sua magia resolveu aparecer novamente fazendo com que nada tenha sido em vão.
Enquanto caminhava pelo corredor, Elena notou a passagem do tempo nas paredes da Casa do Vento. Pinturas contando histórias silenciosas de sua família e que fizeram daquela casa um refúgio para todos eles. Ao parar em frente a uma porta, Elena suspirou profundamente, sentindo um aroma familiar invadir suas narinas.
Era o cheiro de Lucien.
Ela não sabia como o havia encontrado tão rapidamente, mas não deixou que a incerteza a paralisasse. Permitiu que seus pés a guiassem, e eles a levaram até ali.
Elena hesitou por um momento antes de abrir a porta, sentindo uma mistura de esperança e temor envolver seu coração. Com a mão suavemente sobre a maçaneta, ela respirou fundo e, então, abriu a porta, adentrando no quarto de Lucien. A penumbra do cair da noite preenchia o ambiente, iluminando apenas contornos silenciosos. Seu olhar percorreu o quarto, encontrando livros empilhados em uma estante e uma pilha de roupas em cima da cômoda da qual Elena julgou ser a que ele estava usando antes de ser atacado.
Ela se aproximou mais e, ao ver a cama desarrumada, soube que ele estava ali, em algum lugar, dentro da Casa do Vento. Um misto de alívio tomou conta dela ao saber que ele estava bem o suficiente para sair do quarto e provavelmente, Azriel também estava, ela sabia o quão forte eles eram e deveria agradecê-los pela ajuda mais cedo.
