𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
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Eu não sabia muito bem como começar uma conversa com Feyre e Rhysand, eu ainda me sentia mal por ter feito eles se lembrarem da filha que havia sido levada, contudo, quando os dois me elogiaram depois que terminei de cantar, notei que eles não estavam bravos comigo e depois, que os outros se afastaram, eles disseram que estava tudo bem entre nós. Acho que os dois notaram minha relutância em ficar por perto.
Agora, estávamos no escritório da casa. Feyre estava sentada na cadeira atrás da mesa e eu a sua frente, Rhys estava encostado na mesa e Amren sentada no sofá no canto da sala. Os três me encaravam e eu os encarava de volta em silêncio, ninguém disse nada até que Amren bufou se levantando.
— Diga logo a ela, não é como se ela fosse negar — Falou se aproximando e parando ao meu lado, virei a cabeça para ela encarando seus olhos e então, sorri.
Eu morro de medo dela e ela sabe, porém, pareceu ficar surpresa ao me ver sorrir tão abertamente. Apesar disso, ela não sorriu de volta para mim.
— Elena, ontem quando levamos vocês para Velaris, fomos até o apartamento de Amren — Rhys começou ganhando minha atenção e eu concordei — Amren encontrou algo sobre sua magia e nós iremos ajudar você a descobrir mais sobre ela e controlá-la.
— Como ela sabe algo sobre minha magia se ela só se manifestou duas vezes como uma explosão? — Questionei arqueando uma sobrancelha e então olhei para Amren — Você é bem forte, não é? Eu também senti seu cheiro uma vez, quantos anos você tem?
— Sabia que não é educado perguntar a educação de alguém que você não tem intimidade? — Ela disse cruzando os braços e eu pressionei os lábios.
— Sinto muito, só estava curiosa — Falei para ela e olhei para Rhys.
— Na verdade, sua magia se manifestou três vezes — Ele disse me fazendo franzir o cenho — Acredito que se lembra de quando Mor teve aquela reação no último jantar...
— Ah, sim.
— Então, ela recebeu imagens de você — Feyre continuou — Que talvez sejam memórias suas, na infância.
Estreitei os olhos levemente encarando os três e abri um sorriso nervoso negando com a cabeça.
— Acho que... Acho que ela se confundiu, não era eu — Falei apertando os dedos.
— Elena, você não precisa mentir para nós, está tudo bem — Feyre disse e eu evitei encarar seus olhos — Você pode conversar conosco, não precisa aguentar tudo sozinha...
Apertei os olhos sentindo tudo vir à tona novamente. Eu ainda me lembro claramente daquele dia horrível, onde Edward perdeu completamente o controle e descontou sua raiva em mim. Minha mente voltou àquele momento sinistro, quando ele, dominado pela fúria, lançava golpes violentos contra mim. Eu ainda posso sentir a dor aguda em minha pele enquanto ele desferia socos e chutes que atingiam minha perna, meu quadril e minha barriga. Os hematomas e ferimentos eram visíveis naquela época, porém agora cicatrizados, a dor emocional ainda permanecia.
