𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
❗ Classificação +18 ▪ drogas, violência ou conteúdo sexual.
Ellaria suspirou irritada pela terceira vez, um som profundo que ecoou pelo gazebo silencioso, onde a luz do entardecer filtrava-se pelas nuvens, tingindo as colunas do gazebo de tons dourados. Seus olhos, uma mistura de frustração e determinação, estavam fixos em Azriel, que, alheio à sua concentração, movia sua asa com um descuido que beirava o provocativo. O pincel escorregou de seus dedos e caiu com um leve tilintar sobre a mesa de madeira, fazendo ecoar sua exasperação.
— Azriel, você sabe como funciona uma pintura, não sabe? — Ela falou, a voz carregada de um descontentamento quase palpável. — Se você mover sua asa mais uma vez...
— Desculpe. — Azriel a interrompeu, sua expressão brincalhona contrastando com a seriedade da situação. Ele a olhou de baixo, os cílios longos criando uma sombra suave sobre seu rosto, como se tentasse desarmar sua raiva com um olhar. Lucien, que observava a cena com um sorriso disfarçado, não conseguiu conter uma risada baixa, um som que dançou pelo jardim como um sopro de ar fresco.
Ellaria mordeu o lábio inferior, a tensão em seu corpo crescendo. Com um movimento decidido, levantou-se, a frustração ainda pulsando em suas veias.
— Acho que já está bom por hoje. — O olhar dela percorreu a tela, onde as cores começavam a se misturar em uma imagem que refletia seu estado de espírito. — Já fiz bastante; podemos voltar depois.
— Tem certeza? — Lucien perguntou. Ellaria, balançando a cabeça, aproximou-se deles.
— Tenho sim, e além do mais, o Sol já se pôs. Eu preciso dele. — Um sorriso começou a se formar em seu rosto enquanto se ajoelhava ao lado de Azriel, a irritação dissolvendo-se como a luz do dia ao cair da noite. — E vocês estão cansados. — ela lançou um olhar para Azriel que se moveu novamente. — Vamos, não me digam que não sentem saudades de uma boa refeição? — Ela provocou, levantando uma sobrancelha de forma desafiadora.
Azriel cruzou os braços e inclinou-se para frente, um brilho travesso em seus olhos.
— E se dissermos que preferimos ficar aqui, apreciando sua arte? — Ele sorriu, a provocação clara em sua voz, como se quisesse reacender a chama da disputa.
Ellaria revirou os olhos, mas não pôde evitar um sorriso.
— Você sabe que esses seus olhinhos charmosos não vão funcionar comigo. — Ela se levantou, esticando os braços e espreguiçando-se como uma gata, Lucien umedeceu os lábios com a visão. — O que realmente precisamos é de algo para energizar nossos espíritos criativos.
— Acho que você só quer se livrar de nós para ir ver sua amiga humana. — Lucien alfinetou e fez uma careta. — Então talvez eu tenha que intervir e começar a pintar por conta própria. — Ele fez uma pausa, um ar de falsa seriedade estampado no rosto. — O que você acha? Uma obra-prima em homenagem à sua frustração e abandono em relação a nós?