𝐄lenα 𝐕ıttıelo é umα jovem humαnα que vıve αo extremo norte dαs 𝐓errαs 𝐌ortαıs longe o bαstαnte de quαlquer ser mαgıco ou humαnos ıntrometıdos, um lugαr αfαstαdo do mundo encαntαdo de 𝐏rythıαn, onde os seres mαgıcos e αs 𝐂ortes governαm. 𝐀pe...
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Elena caminhava silenciosamente pelo corredor vazio em direção ao ateliê de Feyre. A brisa noturna que entrava nas grandes janelas dançava em seus cabelos soltos enquanto ela se aproximava da porta entreaberta, que emitia uma tênue luz amarelada no escuro da noite.
Ao se aproximar, ela se encostou no batente da porta e nesse instante, Feyre ergueu os olhos e sorriu ao notar sua presença, seu sorriso parecia iluminar todo o aposento. Elena adentrou silenciosamente o ateliê e fechou a porta atrás de si. Ela observou sua mãe com admiração, vendo-a mover-se com graciosidade enquanto organizava suas telas e ferramentas artísticas em preparação para uma nova pintura.
— Você parece muito animada — Elena falou estreitando levemente os olhos — Você já sabe o que vai pintar?
— Eu tenho algumas coisas em mente — Feyre respondeu — E sim, eu estou muito animada.
Elena soltou uma leve risada e enquanto Feyre arrumava suas telas, ela começou a prender seus cabelos em um coque alto.
— Você pode ficar com essa — Feyre apontou para a tela e Elena se aproximou se sentando no banco, Feyre foi para a outra tela em frente a Elena — Pensei em mostrarmos uma a outra apenas quando terminarmos.
— Eu acho uma boa ideia — Disse ela pegando a paleta de pintura e um pincel — Estou ansiosa para ver o quão boa você é.
Feyre sorriu.
— Eu posso dizer o mesmo — Ela olhou para ela — Será que você já me superou?
— Eu duvido — Elena soltou outra risada, ela sabe bem o quão boa Feyre é.
O silêncio reinou no ateliê quando as duas começaram. Elena estava tão concentrada que não notava os olhos emocionados de Feyre nela o tempo todo, Feyre admirava sua filha. Seus olhos brilhavam de orgulho e amor, acompanhados de um sorriso afetuoso.
Elena observou a pintura com cuidado, suas mãos habilidosas faziam movimentos fluidos, revelando a destreza que havia aprendido no decorrer dos anos. Ela estava se saindo bem, por pintar por várias horas quando ainda era humana, ela conseguia terminar uma pintura mais rápido que o normal, porém, aquela teria que secar e ela provavelmente só terminaria na manhã seguinte.
— Você poderia me contar um pouco mais sobre sua história? — Elena perguntou de repente fazendo Feyre parar e olhá-la por cima da tela — Eu sei algumas coisas… Poucas. Gostaria de saber mais sobre minha mãe.
O coração de Feyre parou por um momento. A palavra "mãe" nunca soou tão doce e preciosa para Feyre como naquele instante, ela sentiu um turbilhão de emoções passar por ela. Um misto de alegria, alívio e amor inundou seu coração, fazendo seu rosto se iluminar com um sorriso radiante. Feyre mal conseguia conter a emoção ao olhar para a filha, a mão trêmula tocou seu peito, onde suas cicatrizes emocionais ainda estavam presentes. Ela havia se preocupado por tanto tempo, imaginando se Elena a reconheceria como mãe depois de tudo, se sentiria o mesmo amor que um dia as uniu. Agora, a resposta parecia estar ali, diante de seus olhos.
