sobre nós

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Pov: Ana

Já estava no fim do expediente e eu já estava quase falecendo de saudade da minha princesa. Antes de ir embora, eu fui dar tchau para Amanda. Inclusive, ela é uma fofa.

Enfim, tô tão feliz que eu tô conseguindo as minhas coisinhas. Em breve, eu estarei me mudando dali. Faço tudo isso pensando no bem da minha filha. Desde que comecei a trabalhar, eu juntei bastante dinheiro, por mais que faz pouco tempo. Eu economizei bastante.

Quero ver ela sempre sorrindo e que ela tenha tudo do bom e do melhor. Quero que ela tenha de tudo para não precisar lembrar do bosta do genitor dela. Quando eu me mudar, pretendo levar minha mãe. Por mais que ela tenha errado um pouco comigo, eu jamais conseguiria ficar com mágoa dela. Ela sempre foi guerreira, sempre trabalhou duro para me sustentar e sempre deixou de comprar as coisas para ela para me ver feliz. Eu venho planejando isso há um bom tempo. Tô olhando uns apartamentos aqui mesmo, perto do meu trabalho, para ser mais fácil. Por mais que aqui em Copacabana o custo de vida seja super mega alto, eu ainda quero realizar meu sonho de infância que é morar aqui.

Eu estava apenas terminando de ajeitar algumas coisas para poder ir embora.

- Ana Clara? Vamos? - Tinha até esquecido.

- Ah, só um minutinho. - Peguei minhas coisas apressada.

- Quer sair para algum lugar hoje?

- Não, não, eu tenho que chegar em casa para cuidar da minha filha.

- Ah, ok.

- Bom, podemos ir?

- Claro. - Descemos o elevador em silêncio, só dava para sentir o cheiro do perfume dele, que era maravilhoso por sinal. Assim que chegamos em seu carro, ele fez o favor de abrir a porta para mim.

O caminho todo a gente foi falando sobre o trabalho. É melhor do que ficar um silêncio constrangedor. Assim que chegamos, me despedi e, antes que eu pudesse sair, ele me disse:

- Podemos sair amanhã? Depois do trabalho?

- Desculpe, eu tenho que ficar com a minha filha.

- Não seja por isso, leve ela. - Como assim? Fiquei em choque.

- Ah, então tá bom. - Nem pensei muito, eu tinha vários afazeres para fazer, esqueci completamente. Ele me deu um sorriso e deu partida no carro. Aí, não sei, não será que esse é o certo? Eu não deveria ter aceitado.

Subi o morro quase falecendo. Pensa, ficar de salto o dia todo não dá e ainda mais subir esse morro, é pedir para morrer.

Como de costume, passei na dona Creuza e peguei a Yara. Ela sempre está dormindo, o que dificulta mais ainda a subida. Eu nunca rezei tanto para chegar em casa logo.

Senti meu celular vibrar, só que ia ser impossível eu atender. Ele estava na bolsa e eu estava com a bolsa da Yara e ela no colo. Deixei para ver quando chegasse em casa.

Cheguei finalmente na minha humilde residência e fui direto colocar a minha filha na caminha. Tirei os meus saltos, jogando-os bem longe. Me joguei no sofá e resolvi retornar a ligação que, inclusive, era da Kaylane.

Kaylane puta💞
Ligação on

-qual foi piranha,ligou
Pra que? Não deu pra
Atender

-suave, tenho uma notícia
Pra te contar, tá deitada?

-sim por que?

-então..

-fala logo vadia

-tô grávida Ana clara.