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Amanda
23 anos

Amanda23 anos

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Gp
16 anos
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Pov:Vn

- Tá na mão, chefe - Cadu me entrega.

- Tá carregada?

- Tá sim, mas aqui, vai usar ela pra quê?

- Vem comigo, GP - chamo o garoto, e o mesmo levanta sem hesitar.

- Vn, cuidado pra onde tu vai levar o garoto, caralho.

- Olha, Cadu, enche a porra do meu saco não, caralho. Eu sei o que tô fazendo. Me dá a chave do galpão.

- Do galpão? Tu tá maluco, Vn? Tá chapando? Vai levar o moleque pra lá? Nem fudendo!

- Me dá o caralho da chave - tranco o maxilar.

- Vn, Vn - ele me entrega a chave.

- Toma, segura - entrego a 12 pro GP. Não precisa ser muito esperto pra saber que esse moleque nunca tocou numa arma.

- Segura essa porra direito, caralho. Tá achando que isso é brincadeira? - ele se ajeita com a arma.

- Vou te perguntar só uma vez: tu sabe aonde tu tá entrando, né, meno? Sabe que isso daqui não tem volta? Tu tem a porra de um futuro brilhante, moleque. Tá aqui por quê? Acha legal correr com os cana? Acha engraçado?

- É isso que eu quero mesmo. Tô aqui e sei que não vou me arrepender. Esse sistema é uma merda, patrão. Não nasci pra trabalhar na custa de playboy.

- Assim que eu gosto, moleque destemido. E tua coroa? Sabe que tu quer essa vida? - pergunto de braços cruzados.

- Infelizmente, ela não está mais entre nós - ele diz abaixando a cabeça.

- E tu acha que ela vai gostar de te ver nessa vida? Tu acha que ela vai gostar de ver tu carregando isso aí? Eu tô fazendo essas perguntas porque antes que eu entrasse nessa vida, eu queria que alguém tivesse feito essas perguntas pra mim. Se não, eu nunca teria entrado nesse caralho. Tô aqui há mó cota, sei que não é fácil. Me arrependo? Me arrependo, mas também não posso voltar atrás.

- Não...

- Levanta a cabeça, caralho. Tô fazendo isso pra tu entender que essa porra não é qualquer coisa, tá ouvindo, meno? Isso aqui não é só carregar um fuzil e dizer que é bandido. Tu tem que ter peito nessa porra. Não abaixa a cabeça nunca, jamais. Tá me ouvindo, caralho?

- Tô sim, patrão.

- Isso aí. Agora vem e prepara o estômago - rio ao ver a cara de cagão daquele moleque.

- Ô, Vn, tu vai me deixar como aviãozinho até quando? - estranhei sua pergunta repentina.

- Isso pode mudar a partir de agora, mas só vai depender de você - vou levar ele pro galpão. Pode ser meio pesado? Pode, mas foda-se. Isso aí não é nem a metade do que eu tive que passar na mão daquele arrombado que me ensinou as coisas do morro. Já tive a idade dele e sei o cagaço que esse moleque tá sentindo agora. Mas daqui uns dias, ele vai estar fazendo isso de olho fechado e ainda com um sorriso no rosto. O galpão não era tão longe, mas era em um lugar bem restrito. Nenhum morador sabe da existência desse lugar. Aqui só fica aqueles que têm que ser cobrados, por exemplo: estupradores, pedófilos e muito mais - dou um sorriso.

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