Capítulo 28- Uma noite.

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     Sumire e Kawaki se levantam, após o mesmo pagar a conta se retiram do restaurante.

    Ambos se direcionam para o estacionamento, onde Kawaki estacionou o automóvel.

    Sumire interrompe a caminhada de repente e dá um longo suspiro.

— Esqueci minha bolsa.- Sumire afirma pronta para retornar.

   Kawaki segura o braço da mulher e a para.

Eu vou buscar.- O homem afirma entregando a chave do carro para Sumire.- Vai pro carro.

    Sumire observa o outro se afastar, até entrar no restaurante novamente. A mulher decide ir até o carro, como Kawaki indicou. Ela só não lembrava onde o carro estava mesmo.

    Como era esquecida.

— Precisando de ajuda?- Sumire se vira para o dono da voz próxima de si.

    Ela o fita. Ele parecia estranho. Até sua postura era ridiculamente suspeita.

    Sumire volta a procurar pelo carro. Ela ainda pode escutar o barulho dos sapatos persistentes a acompanhando.

— Você tá sozinha? Te levo em casa.

    Onde estava a droga daquele carro? Não é possível que estivesse tão escondido. E como não tinha ninguém naquele maldito estacionamento?

— Porquê a pressa?- O homem a alcança com velocidade, a segurando pelo braço.

— Eu tô acompanhada. Para de me seguir.

— Você parece estar sozinha.

    O homem bate as costas de Sumire numa parede e no mesmo instante é puxado para trás.

    Kawaki vira o homem para sua direção e soca o rosto do mesmo. O coração de Sumire estava acelerado. A cada soco que era dado, a mulher fechava os olhos com força.

   Numa ação impulsiva, Sumire puxa o braço de Kawaki na intenção de pará-lo, sem sucesso.

— Para, Kawaki!- Sumire exclama fazendo a mesma tentativa novamente.

    Kawaki se levanta, parando ao lado de Sumire. O homem estava inconsciente no chão.

— Desgraçado.

— Mas que porra...- Um homem engravatado passa a mão pelo cabelo ao lado de dois seguranças assim que adentrou no estacionamento.

....

    O silêncio no carro deixava o ambiente desconfortável. Sumire observa a mão de Kawaki, estava machucada.

— Tem certeza...que não vai dar problema pra você?- Sumire pergunta.

— O dono do restaurante é um amigo. Vamos dar um jeito.- Kawaki responde de modo simplista.

— Mas aquele cara pode te denunciar...

— Aquele drogado? Vai nada.- Kawaki estrala o pescoço com tranquilidade.- Machucou as costas?

BORUSARA- Outra vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora