Boruto termina de se arrumar e desce as escadas. Era beira da noite.
— Tô saindo, mãe.
— Sim, vai com cuidado.- Hinata beija a bochecha do loiro e se afasta.- Pegou a chave?
— Não vou de carro hoje.- Boruto se afasta acenando para sua mãe.
Hinata inclina a cabeça e arquea a sobrancelha em confusão.
O loiro segue seu caminho, sabendo que mais uma vez, encontraria aquele grupo desagradável. Por isso, não estava indo de carro.
Ao se aproximar da boate, Boruto faz o que sempre fez, cumprimenta o segurança da entrada indo até o mesmo.
Antes que pudesse entrar, o loiro se vira.
— A gente não tem uma coisa pra conversar, Boruto?
Boruto desce alguns degraus, ficando de frente para Lino.
— Sim. Eu trouxe o que vocês querem.- Boruto afirma colocando uma das mãos no bolso, em busca de algo.
O loiro tira a mão do bolso com punho fechado e então levanta o dedo do meio. Lino teve sua paciência esgotada, porém, antes que agisse, o segurança se põe ao lado de Boruto.
— Se manda.- O alto segurança comanda.
A porta da boate se abre, onde os colegas de Boruto saem pela porta, determinados.
— Que porra é essa? A revolta dos garçons?- Lino pergunta, fazendo seu grupo rir.
— O que você quer, Lino?- Shinki pergunta se aproximando, chamando a atenção dos que ali estavam. Tinha um grupo atrás de si, que seguia seus passos.
— Na boate tão cedo?- Lino arquea a sobrancelha, se virando e olhando para Shinki.- Eu que te pergunto, você tá muito perto da minha área.
— Eu falei pra não vir.- Boruto direciona o olhar para Shinki.
— Você é amigo do nosso barman?- Lino pergunta se aproximando de Shinki.
Shinki nada responde, ambos grupos estavam próximos o suficiente pra qualquer tipo de coisa.
Boruto desce as escadas pronto para dar fim naquelas cobranças. E assim foi.
Todos se embolavam numa briga de rua, troca de socos, chutes e ataques com qualquer coisa que encontrassem pela rua. As pessoas que passavam pela rua se afastavam da muvuca.
A desordem perdurou, até então, Boruto vê uma mulher baixa, de cabelo curto e escuro sair de um beco. Sarada.
Assim que chegou, um homem do grupo Lino tenta dar um chute em Sarada, que rebate a perna do homem e chuta sua intimidade. Ele cai.
Logo, um som de sirene se fez presente.
— É A POLÍCIA!
Aquele bolo de pessoas de repente se alertou e se espalhou às pressas.
— Isso aí, otários! Deem o fora!- Felipe, um dos colegas de Boruto grita, logo sendo puxado por Boruto e o segurança para dentro da boate.
— A gente também, idiota!- Boruto fala, logo fecha a porta da boate quando todos passaram.
Todos ficam em silêncio, enquanto tentavam olhar pela fresta da porta. O carro da polícia parou, os agentes faziam uma ronda pelo espaço. Não tinha ninguém ali.
Boruto os olhava, quando um dos policiais direcionou seu olhar para a porta da boate eles se jogam para trás no susto.
— Porra. Vão bater aqui.
— Cala a boca.- Sarada bate na cabeça de Araya, parceiro de Shinki.
— Hã?!
— Foi você que chamou a polícia, né?- Boruto pergunta se aproximando de Sarada.
— É. Fui eu.
Boruto coça a nuca e segura o braço de Sarada. A puxando delicadamente para longe do grupo.
— Quero conversar.- Boruto vê Sarada cruzar os braços.
— Eu não.
— Pera aí, Sarada-chan.- Boruto para em sua frente novamente, antes que Sarada se afastasse.- Desculpa.
Sarada vira o rosto e murmura "hum" de modo esnobe. Como era na infância.
— Desculpa por aquele dia. Vai parecer uma desculpa esfarrapada, mas...- Boruto dá uma pausa, vendo a morena ouvir com atenção.- Na manhã seguinte, eu e o velho brigamos de novo. Você sabe que a gente não tava bem naquela época.
— Foi uma parada pesada. Eu tava mal. A mina era uma amiga minha...A gente ficou. Mas foi diferente. Aquilo não me ajudou em nada.
— Ah, sim. Quando você fica triste você procura alguém pra beijar?- Sarada coloca as mãos na cintura.
— Só aconteceu, Sarada. Por favor, me desculpa.
— Tudo bem, Boruto.- A morena levanta uma das mãos para que ele parasse.- Não éramos namorados.
— Mas eu gostava de você de verdade. Agora eu gosto ainda mais que antes.
— Uuuu. Agora eu gosto ainda mais que antes.- Seus amigos colocam a mão na testa de modo dramático.
Uma veia salta da testa de Boruto, Sarada ri discretamente do ocorrido.
— Nós podemos nos encontrar no domingo à noite? A plateia tá atrapalhando.- Boruto coloca os braços atrás de sua nuca.
Sarada bate duas vezes levemente no peito de Boruto e assente com a cabeça.
— Podemos.- Sarada passa por ele e vai até a porta.- Já tá livre. Tenho que ir.
— Espera. Como você sabia do que tava acontecendo? E tão rápido?- Boruto arquea a sobrancelha em dúvida.
— Ah...Seus amigos do bar.- Sarada os olha, os jovens olham sorridentes para Boruto.- Tirem o sangue do rosto e tenham um bom trabalho. Até mais!
— Tchau, Sara!- Eles acenam e respondem em uníssono.
— "Sara"?- Boruto cruza os braços.
— É, Borutinho. Qualquer namorada sua é nossa também!
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BORUSARA- Outra vida
RomanceBoruto e Sarada se conhecem há anos. Os anos de faculdade e o trabalho nas costas pode levá-los a um capítulo inimaginável de suas vidas.