𝟎𝟎𝟖 - 𝐂𝐀𝐒𝐀

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Melissa Santino - SP

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Melissa Santino - SP

Acordei de manhã ouvindo barulhos de conversa no quarto, esses meninos já estão acordados? Aja energia depois daquela trilha.

Me levantei da cama, sabendo que não iria conseguir dormir mais já que eles não sabem oque é falar baixo.

Peguei um short jeans e um top de faixa preto, fui para o banheiro, fiz minha higiene matinal e troquei de roupa.

Voltei para o quarto e comecei a arrumar minhas coisas, iriamos embora hoje e eu não queria deixar para fazer as coisas de última hora.

Depois de arrumar minhas coisas, peguei meu celular e gravei alguns storys, com os meninos atrapalhando no fundo e eu xingando-os.

Eu sai do quarto depois de tanto passar raiva e fui tomar café com meus amigos, como esses meninos não me deixam em paz, eles vieram atrás de mim para tomar café da manhã também.

Me sentei na mesa e peguei um pão de queijo e servi leite com Nescau em um copo. Comecei a comer e Sofia se sentou ao meu lado.

- Dormiu bem do lado do seu amado? - Ela questiona cochichando e rindo.

- Aí, não começa com essa perturbação logo cedo - digo e dou uma mordida no meu pão de queijo.

- Ih, já vi que acordou com o capeta no couro, oque aconteceu? - Ela questiona me olhando.

- Nada demais, só que a gente vai voltar hoje e eu vou voltar a viver com medo de tudo e todos - respondo com ironia.

- Não Vai acontecer nada, Vai por mim, você já tem a medida protetiva e se ele chegar perto de você, ele Vai preso - Ela diz.

- Poisé, mas ele pode muito bem mandar alguém para fazer o serviço - digo e tomo o resto do meu Nescau.

- Isso não vai acontecer, e não seja negativa, isso só vai te dar paranóias - disse acariciando minhas costas, olho para minha melhor amiga e sorrio para ela, logo lhe Dando um abraço.

- Você é a melhor amiga que alguém poderia ter nesse mundo, sabia? - falei assim que nos separamos do abraço.

- É, eu sei - Ela joga seus cachos por cima dos ombros.

- Você é incrível, Sofi, menos quando arma para mim ficar sozinha com o Tavin - acrescento e Ela dá risada.

- Você gosta que eu sei - Sofia fala dando risada.

- Não gosto não - nego de forma quase que instantânea.

- Sei - me olha desconfiada e com um sorriso disfarçado em seu rosto.

Revirei os olhos e me levantei, jogando o copo descartável fora, sim, tudo aqui era descartável porque não queriamos quebrar nem esquecer nada aqui.

Prendi meu cabelo em um coque frouxo e fui me sentar do lado de fora, bolei um beck e comecei a fumar olhando para o nada, apenas aproveitando as últimas horas naquele lugar tão lindo.

De fato eu estava com medo de voltar para casa, eu realmente não sabia oque aquele doido do Gustavo era capaz de fazer comigo, eu sabia que mesmo com a medida protetiva, isso não amedrontaria ele, como eu mesma disse, ele é um grande louco fudido.

Talvez, se algo acontecesse de novo, nem Doprê e nem Sofia me salvaria.

- Você ta fumando muito ultimamente, vai acabar se matando desse jeito - Sofia fala, saindo de dentro da casa com alguns dos nossos amigos.

- São só algumas tragadas, Sofi, nada demais - tento tranquilizar minha melhor amiga, mesmo sabendo que isso não funcionaria enquanto não parasse de fumar.

- Algumas tragadas que podem te dar um câncer de pulmão, Melissa - Ela me repreende brava.

- Para, é só um pouco, não é como se fosse a inalação de um incêndio ou algo assim - digo, rindo um pouco sem humor.

- Não é querendo me meter, mas essas coisas podem te dar um câncer assim como um incêndio - Barreto entra no meio.

Eu revirei meus olhos e bufei cansada, apagando o beck que antes estava fumando em minha coxa.

- Para com isso, Santino, caralho, já te falei que tu vai acabar se machucando - Ajota disse assim que viu eu apagando o beck na coxa.

- Não dá nada - dou de ombros jogando o beck apagado fora.

- Não dá nada até você parar no hospital com uma queimadura - Sofia fala.

[...]

- Todos prontos? - Jotapê questionou antes de entrarmos no ônibus.

- ESTAMOS CAPITÃO - respondemos em conjunto.

Eu estava indo para perto da Sofia para sentarmos juntas no ônibus, mas Kroy foi mais rápido até ela, xinguei ele mentalmente, ladrão de melhor amiga desgraçado.

Entrando no ônibus quando finalmente consegui já que todos correram na minha frente, o único lugar que tinha era lá atrás e por uma ironia do destino, era ao lado de Otávio.

- Boa tarde, código de barra - digo me sentando ao lado dele.

- Boa tarde, zói azul - ele diz fazendo eu dar risada.

- Que caralho de apelido é esse? - pergunto dando risada.

- Não tem mais nada para te chamar - ele deu de ombros.

- Claro, nasci perfeita - joguei meu cabelo por cima do ombro.

Eu coloquei o fone de ouvido e coloquei Nosso Lugar - MC Kevin para tocar. Do nada, Otávio tirou um dos meus fones e colocou em seu ouvido.

- Folgado - murmurei olhando para ele de canto de olho.

Ele me olhou com deboche e continuou escutando música comigo. Eu deixei a música tocando com o celular desligado e fechei os olhos, encostando minha cabeça no banco, estava cheia de sono e cansaço, resultados da trilha feita ontem e o tanto que nadei naquela cachoeira.

Depois de minutos, Tavin encostou sua cabeça em meu ombro também. Assim, nós acabamos dormindo a viagem toda até chegar em Guarulhos.

[...]

O Uber me deixou na frente de casa, eu abri o portão e a porta com minha chave. Dentro de casa, minha mãe estava deitada no sofá assistindo novela.

- Oii, mãe - falei indo até Ela e me deitando em cima dela.

- Oii, princesa, a Sofi não veio com você? - Ela questiona dando falta da garota.

- Não, ela foi ver a mãe dela um pouco - expliquei.

Minha mãe começou a fazer carinho no meu cabelo, e assim nós ficamos por um tempo enquanto olhavamos a novela.

Quando a novela acabou, ela foi começar a janta enquanto eu subi para tomar um banho. Deixei minhas malas no quarto, amanhã eu arrumaria tudo.

Peguei meu pijama da Hello Kitty e fui para o banheiro. Lavei meu cabelo e fiz uma boa hidratação que ele estava precisando, aproveitei para me depilar também.

Depois do banho, me vesti, penteei o cabelo e passei um óleo nas pontas. Desci para o andar de baixo e minha mãe estava botando as panelas na mesa.

- Cheguei na hora boa - falei me sentando em uma das cadeiras.

Minha mãe riu do meu jeito e se sentou também. Eu servi meu prato com arroz, feijão, carne e farofa, comecei a comer enquanto contava tudo que havia acontecido na chácara para minha mãe.

𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙨𝙚𝙢𝙥𝙧𝙚 - 𝙏𝙖𝙫𝙞𝙣Onde histórias criam vida. Descubra agora