𝟎𝟒𝟎 - 𝐒𝐀̃𝐎 𝐏𝐀𝐔𝐋𝐎

806 109 23
                                    

Melissa Santino - SP

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Melissa Santino - SP

Hoje era Domingo e eu já iria embora, eu iria sair Domingo a noite para chegar lá Segunda de manhã, confesso que estou muito ansiosa, não vejo a hora de ver o Otávio de novo, preciso me resolver com o Otávio logo, vai ser uma das primeiras coisas que vou fazer quando chegar em São Paulo.

Minhas malas foram arrumadas ontem a noite com a ajuda da Sofia, que me ajudou a colocar tudo oque havia comprado na mala, não sei como, mas ela fez caber no pequeno espaço que havia sobrando dentro da minha mala.

- Melissa, desse jeito você vai viajar chapada - Sofia disse me vendo bolar mais um baseado.

Já era o quinto de hoje, eu estou ansiosa pra caralho e como não quero ficar bêbada, o baseado me ajuda a acalmar, nem que seja por poucos minutos.

- É só pra relaxar, eu tô de boa - digo acendendo o beck e levando até a minha boca para tragar.

- Essa porra ainda vai acabar te matando - murmura jogando sua cabeça no travesseiro novamente.

[...]

- Tchau, minha fia, boa viagem - a avó de Sofia se despediu de mim com um abraço.

- Tchau, dona Marli, foi muito bom conhecer a senhora - falo sorrindo enquanto abraço a mulher mais velha.

Me separei do abraço da avó da Sofia e fui até minha melhor amiga, Dando um abraço nela também.

- Vai com Deus, Mel, juízo nessa sua cabeça viu? - fala acariciando as minhas costas.

- Meu juízo esta ficando em Santa Catarina - brinco e ela ri.

- Vai lá e vê se resolve tudo com o Tavin, não aguento mais vocês nessa briga - diz olhando no fundo dos meus olhos.

- Vou me resolver com ele assim que chegar em São Paulo - digo colocando meu cabelo atrás da orelha.

Meu voô chegou e eu terminei de me despedir da Sofia e a avô dela. Depois de entrar no avião, me sentei no meu acento que era na janela e descansei a minha cabeça no estufamento da cadeira.

A ansiedade tomando conta do meu corpo, escolhi ir de avião para chegar mais rápido em São Paulo, quanto mais rápido eu chegar, mais rápido esclareço tudo oque preciso com o Otávio.

Nos acentos ao meu lado, sentaram uma mulher e uma criança de mais ou menos cinco anos, eu nem liguei muito, desde que não me incomodasse, para mim tudo estava perfeito.

- Tia, você é muito linda - ela diz me olhando e eu dou um sorriso para a garotinha.

- Muito obrigada, meu bem, você também é linda - elogio de volta e ela sorri.

A mãe dela me cumprimentou com um pequeno sorriso e um aceno de cabeça, o qual foi correspondido por mim. Acomodei minha cabeça novamente e fiquei olhando pela janela.

Com mais alguns minutos, logo o avião decolou e eu senti um friozinho na barriga pela pequena turbulência, já havia viajado outras vezes de avião com o pessoal da Aldeia, mas dessa vez eu estou sozinha e não tenho ninguém para me fazer rir e fazer com que eu esqueça das turbulências.

Olhei a vista da janela, o dia que lá em baixo parecia algo totalmente comum, aqui em cima parecia a visão do próprio paraíso, tudo tão lindo, o único lugar nunca tocado pelo ser humano, mas mesmo sem ser tocado, conseguimos estragar com toda a poluição que produzimos no ar no cotidiano.

Peguei meu celular no bolso e tirei uma foto, uma não na verdade, várias. Amo encher minha galeria de coisas aleatórias, que em um dia qualquer eu vou fuçar na galeria, lembrar do dia e começar a chorar, as vezes de forma negativa e as vezes de forma positiva.

[...]

Terras Paulistas finalmente, levei minhas malas até o lado de fora do aeroporto, meu Uber já estava esperando e eu queria chegar logo em casa.

O Uber abriu o porta-malas e me ajudou a colocar a bagagem lá atrás, eu entrei no carro e o moço começou a dirigir até a minha casa.

Em minutos, o carro parou em frente a minha casa e eu sai do carro, o motorista me ajudou a tirar as bagagens do porta-malas e eu agradeci, paguei ele e entrei para dentro de casa levando todas as minhas coisas.

A casa estava escura e em um grande silêncio, minha mãe com certeza esta dormindo e eu não quero acordar ela. Subi com cuidado para o andar de cima e entrei dentro do meu quarto, tudo como eu deixei.

Fechei a porta do quarto e abri as cortinas e janelas, me sentei na cama levando as malas junto, agora é o momento de arrumar todas essas coisas.

Dobrei todas as roupas, oque foi quase como uma sessão de tortura, odeio dobrar roupa, faço qualquer outra tarefa domestica, mas dobrar roupa é simplesmente horrível.

Guardei as roupas no guarda-roupa e comecei a arrumar os produtos de beleza nos lugares, e guardei os acessórios que havia comprado também.

Tudo estava em seu devido lugar agora, finalmente terminei de arrumar todas as minhas coisas.

Mexi nas minhas gavetas, procurando por uma embalagem de presente pequena. Quando finalmente achei, peguei o colar que havia comprado para Otávio e coloquei na embalagem, peguei uma folha e uma caneta, resolvi escrever um bilhete para Tavin também.

"Nós dois fizemos coisas erradas, e não foi só uma vez. Fui pra lá para tentar fugir de você, mas como se foge da própria mente?"

Passei um pouco do meu batom vermelho na boca e depois carimbei um beijo meu no papel, deixei o meu batom de lado e borifei um pouco do meu perfume, já me sinto a pessoa mais brega do mundo fazendo isso.

Guardei tudo dentro da embalagem de presente e deixei na mesinha ao lado da minha cama, estava cedo ainda e eu não vou incomodar ele a essa hora.

Tirei a roupa desconfortável que eu estava usando, ficando só de calcinha e sutiã, me deitei na cama e me cobri com a coberta, estava morrendo de sono.

Estou ansiosa para falar com o Otávio e nos resolvermos tudo, mas o meu sono é bem maior que isso. Me ajeitei na cama abraçando o travesseiro e em minutos peguei no sono.


𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙨𝙚𝙢𝙥𝙧𝙚 - 𝙏𝙖𝙫𝙞𝙣Onde histórias criam vida. Descubra agora