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Melissa Santino - SP
Mesmo com todo medo de sair de casa, eu precisava ir trabalhar, não podia para toda a minha vida por conta de um maluco mal superando que com certeza deve ter algum problema mental para fazer oque faz.
Coloquei uma calça jeans skinny de lavagem clara e uma blusa preta tomara que caia, botei meu vans, passei perfume e estava pronta.
Botei meu celular no bolso da calça e pendurei a câmera no meu pescoço como sempre. Eu fechei as Janelas do meu quarto e as cortinas também, não queria mosquitos no meu quarto quando chegasse.
Sai do meu quarto fechando a porta, desci as escadas e minha mãe estava na cozinha lavando algumas louças.
- Vai trabalhar hoje, filha? - Ela questionou notando minha presença e me olhando.
- Vou, não posso deixar o pessoal sem fotográfa - disse mexendo no meu cabelo.
- Você vai ir de Ônibus? - pergunta secando suas mãos em um pano de prato.
- Sim, é mais barato que um Uber - respondo.
- Tudo bem, vou deixar a comida no microondas para você, quando chegar é só esquentar - Ela disse.
- Brigada, mãe, eu vou indo, até mais tarde - falei dando um beijo na bochecha dela.
- Se cuida, Mel - minha mãe diz me dando um beijo na bochecha também.
Sai de casa e fui correndo até o ponto de Ônibus, não podia perder esse Ônibus ou chegaria atrasada na batalha.
Fiz sinal para o motorista do ônibus e ele parou, eu subi no ônibus, paguei a passagem e fui para o último banco.
Por incrível que pareça, o ônibus estava quase que vázio, apenas com duas senhorinhas que conversavam e riam entre si, com certeza isso seria eu e a Sofia quando ficassemos mais velhas.
Chegando no ponto mais próximo da batalha da Aldeia, eu desci do ônibus e fui correndo até a praça, chegando lá, a roda já estava formada então tive dificuldade para chegar até lá na frente.
Quando consegui chegar, me posicionei no lugar de sempre e liguei a minha câmera para começar a tirar as fotos da noite.
Logo Bob pegou o microfone e começou a falar com a plateia, depois de minutos, ele juntamente com Alva começou a anunciar os primeiros mcs da noite.
Seria o Bask e o Barreto, eu tirei foto dos dois subindo no palco, assim como fazia em todas as outras noites de trabalho.
Uma das melhores partes de ser fotográfa da Aldeia, é ficar perto dos mcs e ouvir as rimas com clareza, por que eu lembro que quando ficava na plateia das batalhas, nunca conseguia ouvir oque os mcs falavam direito.
