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Melissa Santino - SP
Bebi mais um gole do meu copão e dei um trago no beck que estava na minha mão, já passava da meia noite e ainda estávamos na mansão do Aldeia Cast.
- Eu ainda tô traumatizado - Apollo diz e eu reviro os olhos, eles não deixavam esse assunto morrer nunca.
- Não deixou nem o Tavin perder o cabaço - Jotapê fala fazendo todo mundo rir e Otávio ficar vermelho.
- Vocês são muito otário - Tavin fala sem graça.
- Ta brabinho só porque te atrapalharam - Ajota disse zuando ele.
- Aí gente, troca o disco - falei, já estava envergonhada demais e estava igual um pimentão.
[...]
- Você já tá bebendo demais, Melissa, dá uma segurada aí - Tavin fala chegando perto de mim.
- Me deixa um pouco, Otávio - digo bebendo mais um gole da minha bebida.
Eu estou bem, mas já estou sentindo o álcool começar a fazer efeito no meu corpo. Sei que ele não falava para o meu mal, eu sei que ele queria o meu bem.
O rolê que era só entre amigos acabou virando uma resenha quando o Bob resolveu chamar o Jhony e ele trouxe um monte de gente junto com ele.
Oque eu não estava gostando é esse tanto de mulher que veio, não que eu seja insegura, mas a Aghata também está aqui e estava tentando se aproximar de Otávio de todo jeito.
Sei que não temos nada sério, mas eu gosto dele de verdade e ficaria chateada se ele ficasse com ela de novo, ainda mais na minha frente.
Para não acabar voando no pescoço dela, fiz uma dose forte para mim e comecei a beber incontáveis copos da bebida feita por mim.
A maioria dos meus amigos estava tentando fazer o Barreto não morrer, já que ele estava bêbado e estava querendo se jogar na piscina e estava chorando sem parar querendo ligar para a sua ex.
Eu estava em um canto sentada enquanto observava todos ao redor, até que Otávio veio me pedir para parar de beber, coisa que eu não faria. Bebida é como um sedativo para mim.
- Me da um gole? - Tavin pede e eu olho confusa para ele.
Normalmente o Otávio não é de beber álcool, ainda mais do meu copo que são bebidas fortes.
Entreguei o copo para ele e ele deu um gole, logo tossiu e fez uma careta, fazendo eu dar risada da cara dele.
- Gostou? - questiono rindo dele ainda.
- Mais ou menos - responde desfazendo a careta do seu rosto.
- É questão de costume, logo você se acostuma com o álcool e vai achar bom - falo.
- Não vou me acostumar, odeio beber - diz fazendo uma careta e eu reviro os olhos rindo um pouco.
- MEL, SOCORRO - Barreto me gritou.
Olhei e Guri e Jotapê estavam arrastando ele para dentro de casa, eu dei risada mas fui ajudar.
- Segura meu copo - entreguei o meu copo para Otávio.
Sai andando em direção ao Barreto e ajudei os meninos a levantarem ele.
- Mel, eu sou uma pessoa boa, eu quero falar de Amor e ninguém deixa - ele dizia chorando e segurando no meu ombro.
- Eu sei que você é uma pessoa boa, Barro, mas para de beber, você já bebeu demais - digo, me segurando para não rir dele.
- Ela me largou, eu amo ela - falava chorando.
Eu e os meninos estavamos rindo dele e levando ele para o andar de cima aonde ficava os quartos.
Os meninos levaram ele para o banheiro e deram um banho de água gelada nele, enquanto eu arrumava a cama para ele deitar e dormir.
Barreto bêbado dá mais trabalho que um bebê de quatro meses.
Os meninos trouxeram ele do banheiro com a roupa já trocada e ajudaram ele a deitar na cama. Ele continuava falando, mas agora estava sonolento e falando coisas sem sentido nenhum, eu ignorei e cobri ele com o cobertor.
- Guri dorme comigo? - Barreto pediu com a voz sonolenta.
- Vai lá gurizinho - Jotapê bateu no ombro do amigo.
Guri se deitou ao lado de Barreto e o Barreto logo abraçou ele.
- Boa noite, meninos - dei um beijo na testa deles e eu e Jota saimos
- Barreto vai ficar apagado amanhã - Jotapê fala e nós damos risada descendo as escadas.
No andar de baixo, o tumulto era o mesmo, eu logo fui procurar o Otávio para pegar o meu copo de volta, no caminho todo, nem sinal da Aghata, pensei que ela finalmente tinha desistido do Otávio e ido embora.
Chegando aonde eu estava com ele antes, agora a Aghata estava lá dando em cima dele na cara dura e aparentemente ele estava super desconfortável.
- Oi lindo, tudo bem aqui? - questionei chegando e dando um beijo na bochecha dele.
- Ta ta tudo bem - fala sorrindo para mim.
Aghata me olhou de cara feia e eu nem liguei, peguei meu copo e dei um gole, abraçando o Tavin em seguida.
- Vocês tão juntos? - questiona em tom de deboche.
Antes que Otávio respondesse alguma coisa, eu não deixei ele falar.
- Sim, ele é meu, então pode tirar seus olhos doque é meu - falo séria enquanto olho ela de cima a baixo.
Ela revirou os olhos e saiu dali bufando, eu soltei uma risadinha e me escorei na parede ao lado do Tavin.
- Ciumenta você né - fala rindo de mim e eu nego com a cabeça dando risada também.
- Eu cuido doque é meu - dou de ombros.
- Eu sou seu é? - questiona ficando na minha frente e colocando seus braços ao lado da minha cabeça.
- É - afirmo levantando a cabeça para olhar para ele, que era um pouco mais alto que eu.
- Pensei que a gente era só amigo - brinca dando um sorriso de lado.
- Você sabe que não - sorrio passando meus braços pelos seus ombros e puxando ele para um beijo.
Otávio segurou na minha cintura e nós aprofundamos o beijo.
Foi uma coisa tão boa ter chamado o Tavin de meu pela primeira vez, e eu sei que é só a primeira, até porque, ele vai ser meu para sempre.
Não ligo se a gente namora ou não, o Otávio é todo meu.
