𝟎𝟏𝟏 - 𝐒𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐀

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Melissa Santino - SP

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Melissa Santino - SP

Estava sozinha em casa, minha mãe tinha ido até a cidade da minha vó, Ela estava bem mal e precisava de cuidados então minha mãe foi para lá ficar um tempo cuidando dela.

Minha mãe até me convidou para ir junto, mas eu preferi ficar em casa, precisava trabalhar e não queria deixar o pessoal da Aldeia na mão, não quando eles sempre acabavam me ajudando em tudo, não queria abusar da bondade do Bob e da organização.

Eu tinha medo de ficar sozinha, na verdade eu acho que era um trauma desde que tudo aquilo aconteceu. Tinha medo do Gustavo tentar algo novamente.

Eu sabia que ele tentaria me machucar de novo, ainda mais se soubesse que agora estou sozinha.

Fui até a cozinha e peguei um copo que eu usava para preparar minhas bebidas, peguei vodka, corote e energético de Maçã Verde. Se eu quisesse ficar um pouco mais corajosa, uma bebida era oque eu precisava.

Fiz minha bebida e tomei um gole, forte para caralho, resumindo, está mais doque bom. Levei a minha bebida até a sala e fiquei ali bebendo e olhando um filme de terror qualquer que eu nem sabia o nome.

Eu tenho apenas três vícios nessa minha vida: Beber, fumar e assistir filmes de terror. Bom, esses são os vícios que eu conheço, talvez eu tenha mais.

Eu não sei exatamente quando comecei a beber e fumar, mas agora parece que virou parte da minha personalidade, não que eu me orgulhe disso, muito pelo contrário, reconheço que sou uma alcoólatra, por mais que meu caso não seja muito grave. Eu não faço muita questão de fumar, mas preciso beber.

Mesmo não sabendo exatamente quando comecei a fazer isso, sei que foi no meio do meu relacionamento com o Gustavo, eu bebia e fumava para esquecer que nosso relacionamento era uma merda e que ele era um grande louco tóxico.

Não me imagino parando de beber, na real, eu acho que não consigo, nem mesmo quando minha mãe pediu, eu não consegui, eu até me controlei quando o assunto foi fumar, mas beber... Eu simplesmente não consigo passar um dia sem pelo menos um gole de alguma coisa alcoólica.

Quando eu simplesmente paro para analisar minha vida, eu percebo que todas as coisas ruins são culpas do Gustavo, sempre ele que era o culpado, seja pelo motivo de eu me sentir desprotegida, a minha dependência em álcool, minhas inseguranças ou o meu medo de ser morta a qualquer momento, esse menino destruiu minha vida.

Eu odiava ser oque era, mas não podia mudar isso, não quando eu não fazia nada para mudar, já ter aceitado oque eu sou pode até parecer um pouco trágico, mas para mim, é um jeito de não se decepcionar mais, tentar melhorar só vai me mostrar o quão horrível e fraca eu sou.

𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙨𝙚𝙢𝙥𝙧𝙚 - 𝙏𝙖𝙫𝙞𝙣Onde histórias criam vida. Descubra agora