My Hockey Players

fünfunddreißig

Sina narrando 🪡

Os dias que se seguiram foram tensos. Harry estava mais retraído, e eu sentia um nó constante no estômago, preocupada com o que havia acontecido na casa de Noah. Rodrigo esteve presente o tempo todo, seu apoio foi inestimável.

Noah continuava a ligar todos os dias, tentando entender o que tinha acontecido. Eu queria ajudar, mas Harry se recusava a falar sobre o ocorrido. Era como se ele quisesse esquecer o que havia acontecido.

Numa manhã de sábado, enquanto estávamos tomando café, Rodrigo sugeriu uma pequena viagem para distrair Harry e, quem sabe, ajudar a relaxar.

– Que tal irmos ao zoológico hoje? – perguntou ele, olhando para Harry com um sorriso.

Harry olhou para mim, buscando minha aprovação. Eu sorri e assenti.

– Acho uma ótima ideia. O que você acha, Harry? – perguntei, tentando animá-lo.

Harry finalmente sorriu, seus olhos brilhando com a perspectiva.

– Sim, mamãe! Eu quero ver os elefantes! – disse ele, empolgado.

Arrumamos tudo rapidamente e partimos para o zoológico. Durante a viagem, Harry começou a falar sobre os animais que queria ver, e isso trouxe um pouco de alívio ao meu coração. Rodrigo e eu trocamos olhares de alívio, sentindo que estávamos no caminho certo para ajudar Harry a superar o trauma recente.

O dia no zoológico foi maravilhoso. Harry se divertiu muito, especialmente com os elefantes e os pinguins. Sua alegria era contagiante, e por um momento, tudo parecia estar voltando ao normal.

De volta em casa, após um dia cheio de aventuras, estávamos na sala, relaxando. Harry adormeceu no sofá, exausto mas feliz. Eu olhei para Rodrigo, sentindo uma gratidão imensa.

– Obrigada, Rodrigo. Hoje foi exatamente o que precisávamos. – disse, sorrindo.

Rodrigo segurou minha mão e sorriu de volta.

– Sempre que precisarem, estou aqui. Harry é um garoto incrível, e você é uma mãe incrível. – respondeu ele, com sinceridade.

Meu celular tocou, interrompendo nosso momento. Era Noah. Respirei fundo antes de atender.

– Oi, Noah. – disse, tentando manter a calma.

– Oi, Sina. Como estão as coisas? Harry falou alguma coisa? – perguntou ele, sua voz cheia de preocupação.

– Estamos bem. Passamos o dia no zoológico, e Harry se divertiu muito. Mas ele ainda não quer falar sobre o que aconteceu. – respondi, sentindo a tensão aumentar.

– Eu... eu realmente sinto muito, Sina. Quero fazer isso funcionar. Quero ser um bom pai para Harry. – disse Noah, sua voz cheia de frustração.

– Eu sei, Noah. Vamos dar tempo ao Harry. Ele precisa se sentir seguro e amado. – respondi, tentando oferecer alguma esperança.

Após desligar, sentei-me ao lado de Harry, acariciando seu cabelo enquanto ele dormia. Eu sabia que precisávamos encontrar uma maneira de resolver isso, mas também sabia que precisávamos ser pacientes.

Na manhã seguinte, Rodrigo e eu conversamos sobre como poderíamos ajudar Noah a se reconectar com Harry.

– Talvez possamos organizar uma visita supervisionada, para que Harry se sinta mais seguro. – sugeriu Rodrigo, sempre prático.

Assenti, achando a ideia sensata.

– Vou falar com Noah sobre isso. Pode ser uma boa maneira de reconstruir a confiança. – respondi.