zweiunddreißig

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Sina narrando 🪡

No dia seguinte, acordei com o som do riso de Harry. Ele estava claramente encantado com as decorações do seu gesso e mal podia esperar para mostrá-las a Rodrigo novamente. O café da manhã foi cheio de conversas animadas sobre os planos para o fim de semana e os novos desenhos que ele queria fazer no gesso.

Pouco depois do café da manhã, recebi uma mensagem de Noah. Ele queria passar a noite em casa para passar mais tempo com Harry.

– Sina, preciso ver Harry. Posso passar a noite na sua casa? – escreveu ele.

Suspirei, sentindo uma onda de frustração. A última coisa que eu queria era mais confrontos, especialmente na frente de Harry. Mas eu sabia que precisava enfrentar essa situação.

– Noah, acho que não é uma boa ideia. Harry está bem aqui em casa, e podemos planejar uma visita em outro momento. – respondi.

Poucos minutos depois, a campainha tocou. Abri a porta e encontrei Noah ali, com uma expressão determinada.

– Sina, eu quero ver meu filho. Deixe-me entrar. – disse ele, a voz tensa.

– Noah, eu já disse que agora não é um bom momento. Podemos planejar algo para o fim de semana. – respondi, tentando manter a calma.

Harry apareceu na sala, olhando para Noah com um sorriso.

– Papai! Você veio me ver? – perguntou ele, correndo para abraçar Noah.

Noah sorriu para Harry, mas sua expressão mudou quando voltou a olhar para mim.

– Sim, filho. Mas parece que sua mãe não quer que eu passe a noite aqui. – disse ele, claramente irritado.

– Noah, isso não é justo. Estou apenas tentando fazer o que é melhor para Harry. – respondi, sentindo minha paciência se esgotando.

– Não é justo? Sina, essa é a primeira vez que eu realmente tento ser um pai, e você está me impedindo. – respondeu ele, a voz elevando-se.

Olhei para ele, sentindo a raiva fervilhar dentro de mim. Todas as memórias dos momentos difíceis que passei sozinha vieram à tona.

– E onde você estava quando eu cuidei de Harry sozinha? Quando tive que passar pelo parto sem você? Quando Harry ficou doente pela primeira vez? – perguntei, a voz tremendo de emoção.

Noah ficou em silêncio por um momento, mas logo sua expressão mudou para raiva.

– Você sempre tem que jogar isso na minha cara, não é? Talvez se você não fosse tão difícil de lidar, eu teria estado mais presente. – disse ele, as palavras como uma faca.

Harry olhou para mim, confuso e assustado.

– Mamãe, está tudo bem? – perguntou ele, a voz pequena.

– Harry, sobe para o seu quarto, por favor. – pedi, tentando manter a voz calma.

– Mas mamãe... – começou Harry, olhando de mim para Noah.

– Agora, Harry. – disse, com mais firmeza.

Harry hesitou, mas logo subiu as escadas, deixando-nos sozinhos na sala.

– Sabe, Sina, você sempre tem que ser a vítima. Talvez o problema seja você. – disse Noah, com desprezo.

Senti as lágrimas começarem a se formar, mas não deixaria que ele me visse chorar.

– Você não tem o direito de falar assim comigo. Eu fiz tudo por Harry, sozinha, enquanto você estava ocupado demais com sua própria vida. – respondi, a voz firme.

Noah estava prestes a responder quando a campainha tocou novamente. Abri a porta e encontrei Rodrigo, que imediatamente percebeu a tensão no ar.

– Sina, está tudo bem? – perguntou ele, olhando de mim para Noah.

– Está tudo bem agora que você chegou, Rodrigo. – respondi, tentando manter a calma.

Noah olhou para Rodrigo com desdém.

– Quem é esse? O novo namorado? – perguntou ele, sarcasticamente.

Rodrigo manteve a calma, mas sua voz era firme.

– Eu sou Rodrigo, e estou aqui para apoiar Sina e Harry. Acho que é melhor você ir embora agora, Noah. – disse ele, olhando diretamente para Noah.

Noah riu, mas não havia humor em seus olhos.

– Ah, claro. O herói chega para salvar o dia. – disse ele, com desdém.

Rodrigo deu um passo à frente, sem perder a compostura.

– Não estou aqui para discutir, Noah. Mas você precisa sair. Sina e Harry não precisam de mais conflitos. – disse ele, firmemente.

Noah olhou para mim uma última vez, a raiva e a frustração claras em seu rosto.

– Isso ainda não acabou, Sina. – disse ele, antes de sair e bater a porta atrás de si.

Rodrigo se virou para mim, a preocupação evidente em seus olhos.

– Sina, você está bem? – perguntou ele, suavemente.

Senti as lágrimas finalmente caírem e balancei a cabeça.

– Eu não sei, Rodrigo. Eu só quero proteger Harry. – respondi, a voz embargada.

Rodrigo me puxou para um abraço, suas palavras suaves e reconfortantes.

– Você está fazendo o seu melhor, Sina. E eu estou aqui para ajudar, em tudo o que você precisar. – disse ele, segurando-me apertado.

Abracei Rodrigo de volta, sentindo-me um pouco mais segura com ele ao meu lado. Depois de alguns momentos, limpei as lágrimas e me afastei.

– Obrigada, Rodrigo. Você não sabe o quanto isso significa para mim. – disse, sinceramente.

– Sina, eu estou aqui porque quero estar. Vamos superar isso juntos, por você e por Harry. – respondeu ele, com um sorriso.

Harry desceu as escadas, ainda um pouco hesitante.

– Mamãe, está tudo bem? O papai foi embora? – perguntou ele, preocupado.

– Está tudo bem, querido. O papai foi embora, mas o Rodrigo está aqui. Vamos passar o resto do dia juntos, ok? – respondi, tentando tranquilizá-lo.

Harry olhou para Rodrigo e sorriu, claramente aliviado.

– Legal! Podemos desenhar mais no meu gesso? – perguntou ele, animado.

– Claro, Harry. Vamos fazer isso. – disse Rodrigo, com um sorriso.

Passamos o resto do dia juntos, desenhando no gesso de Harry e contando histórias. Apesar do confronto com Noah, senti que estávamos no caminho certo. Com Rodrigo ao nosso lado, sabia que poderíamos enfrentar qualquer desafio.

E, enquanto observava Harry e Rodrigo rindo e brincando juntos, senti uma onda de esperança e gratidão. Não importava o que o futuro trouxesse, sabíamos que, juntos, poderíamos superar qualquer obstáculo.

My Hockey PlayersOnde histórias criam vida. Descubra agora