My Hockey Players

siebenunddreißig

Noah narrando🏒

Estava um pouco nervoso enquanto dirigia em direção à escola do Harry. Hoje era um dia especial. Minha namorada, Ashley, insistiu em vir junto para buscar o Harry. Queria mostrar que ela estava comprometida em ser parte da vida dele. Mas, no fundo, eu tinha minhas dúvidas. Algo na maneira como Harry reagia a ela não parecia certo, mas não consegui identificar exatamente o que estava errado.

Ao estacionar o carro em frente à escola, olhei para Ashley, tentando captar algum sinal de nervosismo ou desconforto. Ela, porém, estava com seu típico sorriso confiante, como se nada pudesse abalar sua segurança.

— Pronta para conhecer melhor o Harry? — perguntei, tentando aliviar a tensão.

— Claro, Noah. Quero que ele veja que me importo com ele também. — respondeu Ashley, com um sorriso que parecia um pouco forçado.

Entramos na escola e fomos até a sala de aula do Harry. Ele estava conversando animadamente com alguns colegas, mas assim que nos viu, seu rosto mudou. A animação deu lugar a um semblante de confusão e, em seguida, de preocupação.

— Oi, campeão! Pronto para ir para casa? — perguntei, tentando soar o mais positivo possível.

Harry olhou para mim, depois para Ashley, e então para o chão. Seu comportamento me deixou intrigado. Ele geralmente ficava feliz em me ver.

— Papai... eu não quero ir... — disse ele, quase sussurrando.

Ashley deu um passo à frente, tentando se aproximar.

— O que houve, Harry? Nós podemos fazer algo divertido juntos. — disse ela, estendendo a mão para ele.

Harry recuou, balançando a cabeça vigorosamente.

— Eu só quero ir se a mamãe for junto. — declarou ele, com lágrimas começando a se formar em seus olhos.

Fiquei ali, sem saber o que fazer. O que estava acontecendo? Por que Harry estava tão relutante em vir conosco? Me abaixei para ficar na altura dele.

— Harry, querido, a mamãe está ocupada agora. Mas nós vamos nos divertir, prometo. — tentei tranquilizá-lo.

Harry começou a chorar de verdade agora, soluçando.

— Eu quero a mamãe! — insistiu ele, desesperado.

Senti meu coração apertar. Algo claramente estava errado. Levantei-me e olhei para Ashley, que parecia tão perplexa quanto eu.

— Vamos ligar para a Sina. — decidi, pegando meu telefone.

Liguei para Sina, explicando rapidamente a situação. Ela concordou em vir até a escola para resolver a questão. Enquanto esperávamos, tentei acalmar Harry, mas ele continuava a chorar, cada vez mais inconsolável.

Quando Sina chegou, Harry correu para ela, abraçando-a fortemente. Ela olhou para mim, preocupada.

— O que aconteceu? — perguntou ela, suavemente, enquanto acariciava o cabelo de Harry.

— Eu não sei. Ele simplesmente não quer vir conosco. — respondi, me sentindo completamente impotente.

Sina sussurrou algo para Harry, que assentiu lentamente. Depois de alguns minutos, ela conseguiu convencê-lo a vir conosco, mas apenas porque ela estava lá para acompanhá-lo.

No caminho de volta para casa, o silêncio no carro era quase ensurdecedor. Harry estava sentado no banco de trás, agarrado à mão de Sina. Quando chegamos em casa, ele correu para o seu quarto sem dizer uma palavra.

Virei-me para Ashley, que parecia estar à beira das lágrimas.

— O que está acontecendo, Ashley? Por que ele está assim? — perguntei, frustrado.

Ela balançou a cabeça, com os olhos cheios de confusão e lágrimas.

— Eu não sei, Noah. Juro que não sei. Eu tentei me aproximar dele, mas ele sempre se afasta. — respondeu ela, a voz trêmula.

Sina se aproximou de nós, com uma expressão séria no rosto.

— Acho que precisamos conversar sobre isso, todos juntos. Harry está claramente desconfortável com algo. — disse ela, olhando diretamente para mim.

Concordei, sentindo um nó se formar no meu estômago. Algo estava errado e precisava descobrir o que era.

Depois de colocar Harry para dormir, sentei-me com Ashley e Sina na sala de estar. O ambiente estava carregado de tensão.

— Harry tem sido assim há quanto tempo? — perguntei a Sina.

— Ele começou a mostrar sinais de desconforto há algumas semanas, mas não pensei que fosse algo sério. — respondeu ela, suspirando.

Olhei para Ashley, esperando que ela tivesse alguma resposta.

— Ashley, você tem ideia do que pode estar acontecendo? — perguntei, tentando manter a calma.

Ela balançou a cabeça, parecendo genuinamente perdida.

— Não, Noah. Eu só quero ajudar. Quero que Harry goste de mim, mas ele simplesmente não quer se aproximar. — disse ela, parecendo devastada.

Sina observou a conversa em silêncio, antes de falar novamente.

— Precisamos fazer o Harry se sentir seguro. Talvez devêssemos dar um tempo e permitir que ele se acostume com as mudanças no seu próprio ritmo. — sugeriu ela.

Concordei, sabendo que Sina tinha razão. O bem-estar de Harry era a prioridade.

— Está certo. Vamos fazer isso. — disse, olhando para Ashley e depois para Sina.

Ashley assentiu, embora eu pudesse ver que ela estava magoada.

— Tudo bem. Eu só quero que ele seja feliz. — respondeu ela, sua voz ainda tremendo.

Depois que Sina foi embora, fui até o quarto de Harry. Ele estava deitado na cama, mas não estava dormindo. Sentei-me ao lado dele, passando a mão suavemente pelo seu cabelo.

— Papai está aqui, Harry. Você está seguro. — sussurrei.

Ele se virou para mim, seus olhos ainda vermelhos de chorar.

— Papai... eu só quero ficar com a mamãe. — disse ele, sua voz frágil.

Meu coração se partiu ao ouvir isso. Sabia que tinha muito trabalho pela frente para reconquistar a confiança de Harry. E sabia que teria que entender melhor o que estava causando seu desconforto com Ashley. Mas, por agora, tudo o que eu podia fazer era estar presente para ele.

— Eu entendo, Harry. E está tudo bem. Eu sempre estarei aqui para você, não importa o que aconteça. — respondi, segurando sua pequena mão.

Enquanto ele finalmente fechava os olhos para dormir, prometi a mim mesmo que faria de tudo para entender e resolver o que estava acontecendo. Porque, no final, a felicidade de Harry era tudo o que importava.
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O que vocês acham que aconteceu para Harry não querer ficar sozinho com Noah e Ashley ?