dreiunddreißig

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Sina narrando 🪡
Na manhã seguinte, acordei com a luz suave do sol entrando pela janela do meu quarto. A sensação de conforto que senti ao ver Harry e Rodrigo interagindo tão bem no dia anterior ainda permanecia comigo. Harry estava de bom humor, pronto para enfrentar mais um dia na escola e na escolinha de hóquei.

– Mamãe, será que hoje posso desenhar mais super-heróis no meu gesso? – perguntou ele, enquanto tomávamos café da manhã.

– Claro, querido. Podemos fazer isso assim que você voltar da escola. – respondi, sorrindo para ele.

Rodrigo chegou pouco depois, trazendo uma energia positiva e reconfortante. Harry correu para cumprimentá-lo, animado com a perspectiva de passar mais tempo com ele.

– Rodrigo, podemos brincar juntos depois da escola? – perguntou Harry, olhando para ele com olhos brilhantes.

– Claro que sim, campeão. Vou estar aqui para o que você precisar. – respondeu Rodrigo, sorrindo.

O dia passou rapidamente. Depois de deixar Harry na escola, fui para a loja, onde Any estava esperando com um sorriso acolhedor.

– Bom dia, Sina. Como estão as coisas? – perguntou ela, enquanto organizávamos as prateleiras.

– Um pouco complicadas, mas estamos lidando. Rodrigo tem sido um grande apoio. – respondi, sentindo uma onda de gratidão.

– Ele parece ser um cara incrível. Você merece alguém que cuide de você e do Harry. – disse Any, me dando um abraço rápido.

Trabalhamos juntas durante a manhã, conversando sobre coisas triviais e tentando manter a mente longe dos problemas. No entanto, a sombra do confronto com Noah ainda pairava sobre mim, lembrando-me de que havia muitas questões a serem resolvidas.

Quando chegou a hora de buscar Harry na escolinha de hóquei, senti um nó se formar no estômago. Sabia que Noah poderia aparecer a qualquer momento, e não queria mais confrontos na frente de Harry. Rodrigo insistiu em me acompanhar, querendo garantir que tudo corresse bem.

Chegamos à escolinha de hóquei e, para meu alívio, tudo estava tranquilo. Harry saiu correndo do vestiário, sorrindo de orelha a orelha ao ver Rodrigo.

– Rodrigo! Você veio! – exclamou ele, abraçando-o.

– Claro, campeão. Não perderia isso por nada. – respondeu Rodrigo, rindo.

Enquanto nos dirigíamos para o carro, Harry começou a contar animadamente sobre a prática de hóquei e os novos amigos que havia feito. Rodrigo ouvia atentamente, incentivando-o a compartilhar mais.

No entanto, a paz foi interrompida quando vimos Noah se aproximando. Ele estava com uma expressão determinada, claramente não satisfeito com a maneira como as coisas haviam terminado no dia anterior.

– Sina, precisamos conversar. – disse ele, ignorando a presença de Rodrigo.

– Noah, agora não é o momento. Harry está aqui, e não quero mais discussões na frente dele. – respondi, tentando manter a calma.

Harry olhou de mim para Noah, percebendo a tensão no ar.

– Papai, por favor, não brigue com a mamãe. – disse ele, a voz pequena.

Rodrigo se abaixou para ficar na altura de Harry, tentando distraí-lo.

– Ei, campeão, que tal irmos comprar um sorvete? – sugeriu ele, sorrindo.

Harry olhou para Rodrigo e depois para mim, hesitante.

– Pode ir, querido. Rodrigo vai cuidar de você. – disse, tentando tranquilizá-lo.

Depois que Harry e Rodrigo se afastaram, voltei minha atenção para Noah, sentindo a raiva e a frustração borbulharem dentro de mim.

– Noah, o que você quer? – perguntei, a voz firme.

– Eu quero passar mais tempo com meu filho, Sina. Não é justo você me afastar dele. – respondeu ele, a voz cheia de frustração.

– E onde você estava quando eu precisava de você? Quando tive que lidar com tudo sozinha? – retruquei, sentindo as lágrimas se formarem.

Noah balançou a cabeça, claramente lutando com suas próprias emoções.

– Eu sei que errei, Sina. Mas estou tentando mudar. – disse ele, a voz mais suave.

Suspirei, sentindo o peso de todos os anos de lutas e sacrifícios.

– Eu sei, Noah. Mas não é fácil esquecer tudo o que aconteceu. – respondi, a voz tremendo.

Noah deu um passo à frente, tentando se aproximar.

– Por favor, Sina. Dê-me uma chance de fazer as coisas certas. – pediu ele, a voz quase suplicante.

Olhei para ele, vendo a sinceridade em seus olhos, mas também sentindo a dor das memórias passadas.

– Eu preciso de tempo, Noah. E Harry precisa de estabilidade. – disse, finalmente.

Antes que Noah pudesse responder, Rodrigo e Harry voltaram, com Harry segurando um sorvete e sorrindo alegremente.

– Olha, mamãe! Rodrigo comprou sorvete para mim! – exclamou ele, animado.

Sorrimos para ele, tentando esconder a tensão que ainda pairava no ar.

– Que bom, querido. Vamos para casa agora? – perguntei, pegando a mão dele.

Noah olhou para mim e depois para Rodrigo, sua expressão uma mistura de resignação e tristeza.

– Eu vou indo, então. Até mais, Harry. – disse ele, virando-se para ir embora.

Harry olhou para Noah, confuso.

– Papai, você não vai com a gente? – perguntou ele, a voz triste.

Noah parou, claramente lutando com a decisão.

– Não hoje, campeão. Mas prometo que vamos passar tempo juntos em breve. – respondeu ele, tentando sorrir.

Harry acenou, embora sua expressão ainda mostrasse desapontamento.

Voltamos para casa em silêncio, com Harry contando sobre seu dia e Rodrigo tentando manter o clima leve. No entanto, eu podia sentir a tensão no ar, sabendo que a situação com Noah estava longe de ser resolvida.

Depois que chegamos em casa, Rodrigo ajudou Harry a terminar seus desenhos no gesso, enquanto eu preparava o jantar. A presença de Rodrigo era uma bênção, trazendo uma sensação de calma e segurança que eu precisava desesperadamente.

Depois do jantar, coloquei Harry na cama, lendo-lhe uma história e garantindo que ele estivesse confortável. Rodrigo e eu nos sentamos na sala, aproveitando um momento de tranquilidade.

– Sina, sei que não é fácil. Mas você está fazendo um trabalho incrível com Harry. – disse Rodrigo, segurando minha mão.

– Obrigada, Rodrigo. Eu não sei o que faria sem você. – respondi, sentindo uma onda de gratidão.

Rodrigo sorriu, me puxando para um abraço reconfortante.

– Sempre estarei aqui para você e para Harry. Vamos enfrentar isso juntos. – disse ele, suavemente.

Enquanto nos abraçávamos, senti uma sensação de esperança florescer dentro de mim. Sabia que, com Rodrigo ao meu lado, poderia enfrentar qualquer desafio. E, com o amor e o apoio dele, Harry e eu poderíamos encontrar um caminho para a felicidade e a paz que tanto desejávamos.

E assim, enquanto a noite caía e a casa se enchia de silêncio, prometi a mim mesma que continuaria lutando por nós, pela nossa família. Porque, no final, o amor e a determinação nos guiariam através de qualquer tempestade.

My Hockey PlayersOnde histórias criam vida. Descubra agora