Capítulo 31 - T2

12 4 23
                                    

ATENÇÃO!
ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHO!

15 anos depois, Igreja Sanctae Crucis.

- O amor de Deus é para todos, meus irmãos. Por favor, lembrem-se disso! - ele prega de forma serena e com uma voz tranquila, que transmite paz aos seus ouvintes. Apesar de parecer realmente calmo, o Padre pode sentir o olhar penetrante do homem sentado no último banco próximo a porta, que por alguma razão, lhe causava arrepios.

Após alguns minutos, ele finaliza a missa matutina e para por alguns instantes para cumprimentar os fiéis que compareceram.

- Padre, foi uma linda missa. - uma das mulheres se aproxima e segura sua mão, o cumprimentando emocionada.

- Obrigado. - ele sorri envergonhado e tenta dar atenção a todos que se aproximam, mas o homem se levanta de repente, o que o distrai.

- Nunca ouvi uma missa tão linda quanto a sua. É realmente um homem de Deus! - uma senhora também o elogia, com um sorrisinho em seu rosto.

- Por favor, não é nada demais... - o Padre fala tímido. Não sabia como lidar com todos aqueles elogios.

- Padre Killian. - o homem misterioso o chama, o que acaba o assustando e fazendo seu coração palpitar. Nem mesmo viu quando ele se aproximou.

- Sim ? - ele tenta disfarçar seu nervosismo e sorri.

- Foi realmente uma linda missa.

- Ah... obrigado. - Killian agradece meio confuso, sentia que seu rosto era conhecido, mas não se lembrava de onde.

- Nós já...? - ele tenta perguntar, mas acaba sendo interrompido pelos outros fiéis. Ao voltar seu olhar em direção onde o homem estava, se dá conta de que ele havia sumido, como se nunca estivesse tido lá.

- Estranho...
_______________

02:30 da madrugada.

Killian deixa um longo suspiro sair, estava sofrendo com insônia mais uma noite e se sentia inquieto.

- Esses pesadelos... - ele resmunga e decide se levantar para buscar mais um copo de água e tomar seus remédios.

Killian caminha pelo corredor em direção a cozinha e pega um copo de água, em seguida retorna rapidamente ao seu quarto, mas ao entrar, se depara um com homem parado em frente a janela, observando a pasaigem.

Devido ao susto, ele acaba deixando o copo cair no chão, que se estilhaça, espalhando cacos de vidro.

- Q-quem...? - Killian murmura assustado.

- Você já está ficando grisalho. Acho que demorei tempo demais... - o homem se vira para ele e o observa com um expressão triste e dolorida.

- Lucian...? - Killian murmura com a voz embargada. O nome sai da sua boca de forma inconsciente, como se de alguma forma, já o conhecesse.

- Oi, cordeirinho. - ele suspira e sorri. Era bom ouvi-lo chamar seu nome.

Killian continua o observando confuso e sem se dar conta, seu corpo se move sozinho, passando pelos cacos de vidro e avançando em direção a Lucian. Ele o segura pela gola da camisa e desfere um soco em seu rosto, depois outro, e mais um, até ver o sangue escorrer do seu nariz.

- M-me desculpa... - ele se afasta de repente e olha para o seu punho, que está um pouco sujo de sangue. Estava tão atordoado, que nem havia percebido que tinha machucado a planta dos seus pés.

- Satisfeito ? - Lucian sorri, com uma expressão tranquila.

- N-não! Eu não...

- Tudo bem, Killian. É hora de se lembrar.

Paixão e PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora