Capítulo 17

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- Killian, está me ouvindo ? - Calian o questiona enquanto acena em frente ao seu rosto.

- Ah! Sim, sim... eu só me distrai por um instante. - Killian fala envergonhado e logo seu rosto cora. Se Calian soubesse o que se passava na sua mente naquele instante, pensaria que ele é algum tipo de louco pervertido, mas a imagem do corpo escultural de Lucian desnudo não é algo que se esquece facilmente.

- Então podemos continuar ? - ele ergue uma das sobrancelhas e sorri.

- Claro! Continue o que estava dizendo, por favor... - Killian respira fundo e tenta manter o foco. Queria terminar aquele trabalho rapidamente e acabar com as reuniões incômodas com Calian.

Após algumas horas presos na biblioteca da faculdade, Killian nota que já está anoitecendo e que precisa ir. Queria estar em casa quando Lucian chegasse.

- Deveríamos terminar por hoje, acho que já avançamos bastante! - ele fala com um sorriso gentil em seu rosto e logo começa a arrumar o seu material.

- Killian, espera! - Calian agarra a sua mão direita, fazendo com que uma estranha sensação de queimação subisse pelo seu antebraço. Killian reage rapidamente se afastando e tem certeza de que ele o queimou, mas ao olhar o dorso da sua mão percebe que não havia nada.

- Me desculpa, eu não queria te tocar assim tão de repente, eu só... - Calian tenta se explicar aflito. Não queria afasta-lo.

- Tudo bem, eu só me assustei... - Killian murmura enquanto acaricia o dorso da sua mão.

- Então... que tal irmos jantar ? Eu pago, como um pedido de desculpas!

- Eu não sei se é uma boa ideia...

- Por que não ? Vamos apenas comer como amigos. - Calian lhe mostra um sorriso gentil, esperando convencê-lo.

- É só que eu... - Killian para de repente ao ouvir o barulho da notificação em seu celular. Ele dá uma rápida olhada e se decepciona ao saber que Lucian chegaria tarde novamente.

- Você... ? - ele questiona curioso.

- Tinha planos para hoje à noite, mas não tenho mais... - Killian murmura tristonho e suspira.

- Então você aceita o meu convite ?

- Claro, porque não! - ele força um sorriso e tenta dar uma chance. Era melhor estar com Calian do que sozinho.
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- Obrigado por vir me deixar, mas realmente não precisava. Eu poderia ter pego um táxi. - Killian fala tímido e encolhido no banco do passageiro.

- Não foi nada, era o mínimo que poderia fazer depois de ter feito você me ouvir por horas! - Calian sorri e fala de forma doce.

- Bom, então eu já vou indo. Obrigado mais uma vez. - ele acena com a cabeça e abre a porta do carro, mas antes de que pudesse sair, Calian agarra o seu pulso.

- Sim ? - Killian volta seu olhar para ele, curioso e ansioso com a sua atitude.

- Podemos... nos ver de novo ? Fora da faculdade, sem a desculpa do trabalho em dupla.

- Calian, eu... - ele murmura envergonhado e confuso.

- Killian! - Lucian o chama enquanto caminha apressado em direção ao carro.

- Lucian... - Killian sussurra para si mesmo e seu rosto se ilumina ao vê-lo.

- Desculpe, mas preciso ir! - ele puxa seu pulso e sai, indo em direção a Lucian, que segura seu rosto com as duas mãos e o observa fixamente, mas logo acaba desviando sua atenção para o homem dentro do carro, que os observa com um sorrisinho em seu rosto e sai com o veículo logo depois.

- O meu colega da faculdade veio me deixar... - Killian murmura, tentando se explicar.

- Então é aquele cara ? - Lucian força um sorriso e acaricia o seu rosto.

- Sim, é ele.

- Certo, vamos entrar agora. Está frio aqui fora! - ele põe o seu casaco sobre os ombros de Killian e o guia para dentro do prédio.
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Ao entrarem no apartamento, Killian tira o casaco de Lucian e se vira para entrega-lo, mas ao estender sua mão, ele a observa com os olhos arregalados e segura seu pulso com certa força.

- O que foi ? - ele questiona confuso, mas Lucian só continua observando em silêncio por alguns minutos.

- Nada, nada... - Lucian força um sorriso e beija o dorso da sua mão enquanto o observa com um olhar feroz.

- Lucian, isso... - Killian sussurra e se contorce. Seu toque sempre fazia sua virilha formigar.

- Qual o problema ? - ele sorri e a mordisca, deixando uma leve marca avermelhada sobre sua pele pálida.

- Não faça esse tipo de coisa! - Killian puxa sua mão de repente e sai apressado em direção ao seu quarto, não sabia como reagir as suas provocações.

- Que adorável! - Lucian sussurra para si mesmo e sorri, mas logo seu rosto se fecha e a raiva corre por suas veias.
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- Oi, docinho! Por que está me ligando ? Já é bem tarde. - Lilith fala ao atender a chamada.

- Você nem precisa dormir, não seja dramática. - Lucian resmunga e revira os olhos.

- Okay, você me pegou! - ela ri.

- Do que precisa ?

- Cain o achou... - ele murmura e esfrega a testa.

- Porra... - Lilith também murmura. Sabia que uma guerra estava se aproximando.

- Ele deixou uma marca sobre o dorso da sua mão.

- Que tipo de marca ?

- Uma de rastreamento.

- Eu estou indo. - Lilith fala confiante.

- Estarei esperando. - Lucian desliga e volta seu olhar para Killian, que dorme tranquilamente sobre sua cama. Ele se aproxima e se senta ao seu lado, com cuidado para não acorda-lo e acaricia o dorso da sua mão, onde uma pequena marca com símbolos antigos brilham de forma sutil, perceptível apenas aos seus olhos.

- Vamos tirar isso de você. Eu prometo. - ele se inclina e beija sua testa. Faria de tudo para mantê-lo seguro.
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- Lucian. - Lilith o chama ao bater na porta do quarto.

- Entre. - ele gesticula com seu dedo indicador, a chamando.

- Ele apresentou algum sintoma ? - ela o questiona ao se aproximar e põe sua bolsa sobre a cama.

- Não. Apesar de estar com uma marca feita por um renegado, seu corpo parece tão forte e saudável como sempre. - Lucian sorri e acaricia seus cabelos. Miguel sempre havia sido forte e diligente.

- Certo, então eu vou começar. - Lilith suspira e abre sua bolsa, retirando um pequeno recipiente de barro, junto com algumas ervas, pequenos frascos de poções e um livro.

- Precisa mesmo de tudo isso ? - Lucian ergue uma de suas sobrancelhas.

- Eu não sei se o feitiço localizador é simples ou complexo. Posso passar horas tentando quebrar ele! - ela revira os olhos e continua organizando seus materiais.

- Não importa quanto tempo leve, ou o que faça, apenas tire isso dele! - Lucian fala ao se levantar da poltrona.

- Ei, espera! Aonde você vai ?

- Sair. - ele a responde enquanto caminha em direção a porta.

- E o que eu faço se ele acordar ?

- Diga que eu volto logo e fique com ele. - Lucian abre a porta e some no corredor escuro.

- Porra... que imbecil!

Paixão e PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora