Anne Green
— Eu ainda não estou acreditando que você conseguiu finalizar tudo isso às 11:25, exatamente — Isaque proferiu, observando o orçamento que eu enviei pelo seu email, boquiaberta. — E não há nem um erro sequer.
Eu disse que iria vencê-lo.
— Não duvide de mim, Sr. Campbell — zombei, com um sorriso triunfante.
— Você ganhou, então devo ir à Casa de Pedras. Sou um homem de palavra — levantou sua mão direita para cima, olhando-me com um sorriso singelo.
Isaque estava sentado e eu em pé, em frente à sua mesa, com um ar de vitória em saber que venci o desafio.
— Então, Isaque, encerre suas atividades e agilize para sairmos, porque já está na hora — proferi voltando para a minha mesa.
Ele ergueu uma sobrancelha.
— Sim, Srta. Anne, irei fazer o que você, minha supervisionada, está mandando — zombou enfatizando, ainda com uma sobrancelha levantada.
— Então vamos, Isaque — insisti, arrumando as coisas em minha mesa para me levantar. — Estou ansiosa para conhecer a tal Casa de Pedras.
— Calma, agoniada, só estou encerrando o meu login — articulou, ainda concentrado no MacBook.
Levantei-me da cadeira e me aproximei da mesa de Isaque, olhando de espreita o que ele estava fazendo no computador, e, não, ele não estava encerrando nenhum login.
Fiquei lhe encarando, apressando-o, e ele revirou os olhos, meneando a cabeça em negativa.
— Por que está com tanta pressa? — indagou desligando o MacBook.
— Todo mundo já foi, só a gente que está aqui ainda — respondi olhando as horas em meu smartwatch.
— Seu admirador também já foi? — ironizou.
Fiquei raciocinando sobre quem seria o meu admirador, até que me dei conta de que Isaque estava falando de Daniel.
— Todo mundo já foi, menos eu e você, por causa da sua demora — bufei.
Ele vestiu o paletó preto e colocou o celular no bolso da calça.
— Vamos, agoniada — brincou.
Senti borboletas no estômago quando Isaque envolveu seu braço musculoso em meu pescoço, me puxando delicadamente para sairmos da sala. Até estranhei a sua atitude, por isso franzi a testa tentando entender como, de bloco de gelo, ele foi para um homem carinhoso.
Descemos para o estacionamento e eu fui em direção ao meu carro, porém Isaque me chamou com um psiu.
— O que foi agora? — indaguei, parando no meio do caminho.
— Você acha que vou deixar você ganhar a aposta mas não vou ter condições para ir à Casa de Pedras? — inquiriu e eu ergui as sobrancelhas.
Ele é muito audacioso.
— Não vale isso. O combinado foi eu ganhar a aposta, em nenhum momento você falou de "condições" — fiz aspas com os dedos.
— Quer que eu vá ou não?
Quero, mas não vou insistir.
— Depende — respondi acanhada, temendo sua condição.
— Se quiser que eu vá, você vai comigo no meu carro — ele deu um sorriso travesso, na verdade, parecia mais com um sorriso sedutor.
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Entre a Fé e o Amor
RomanceUm homem cristão, filho de pastores e herdeiro de uma grande empresa renomada, renunciou a sua fé quando passou por duas grandes perdas. Embora seu coração estivesse endurecido, uma jovem mulher veio para trazer luz à sua vida e ajudar-lhe a restaur...