Capítulo 77 | O Início do Para Sempre

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Isaque Campbell

“Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor.” Provérbios 18:22.

— Aliás, você está linda, meu amor — murmurei, e vi suas bochechas corarem daquele jeito encantador que me fascina.

— E você... — ela suspirou, parando bem na minha frente. — Está perfeito, amor — murmurou, com um olhar que percorria cada detalhe meu, até que ela parou nos meus lábios, e eu não resisti em mordiscar o lábio inferior, sentindo o calor subir com sua presença.

— Tem certeza de que quer esperar até a festa? — brinquei, um tanto tentado a tornar a pergunta mais séria.

— Você é impossível — ela disse, rindo, e me perdi naquele sorriso que parecia iluminar tudo ao redor.

No momento em que estava me preparando para o casamento, tentava manter a calma. Tá bom, confesso, meu coração parecia um tambor de tão nervoso que eu estava. Contava os segundos para ver a Anne caminhando até mim, e tudo que eu queria era acelerar o tempo para que esse instante chegasse.

Quando ela apareceu no início da passarela cristalina, um gelo percorreu meu estômago, e meu coração disparou. Ela estava simplesmente perfeita, e eu não via a hora de chamá-la de esposa. O jeito que ela me olhou e o sorriso que me deu desarmaram qualquer tentativa de manter a compostura; naquele momento, só existia ela para mim.

Cada passo que ela dava em minha direção aumentava minha ansiedade, e eu sabia que ela notava isso. Anne estava deslumbrante, parecia saída de um sonho, e eu me sentia o homem mais sortudo do mundo.

Ela parou na minha frente com um sorriso doce e tímido. Pastor Ethan e Gabriel me lançaram olhares firmes, como se me entregassem um tesouro raro, e, de fato, ela era uma joia preciosa que eu prometia cuidar com toda a minha vida.

— Uau! — foi tudo o que consegui murmurar, encantado.

Meu pai começou a falar, e suas palavras ecoaram fundo no meu coração. Vieram os votos, a oração, as alianças... e finalmente o momento que eu tanto esperava: o beijo. Senti os lábios dela, quentes e suaves, se unirem aos meus, e esse instante foi tudo que imaginei e mais. O olhar que ela me lançou no fim do beijo me fez sorrir como um bobo apaixonado, sem conseguir esconder a felicidade.

Entramos de mãos dadas na recepção, onde a festa estava preparada. Fomos recebidos com palmas e gritos de alegria, e o sorriso não saía dos rostos dos convidados. Com o cair da noite, a festa ganhava vida, com todos dançando, aproveitando as comidas e as conversas. Mas para mim, tudo o que importava era estar casado com a Anne. Essa era a minha festa.

— Cara, tá tudo perfeito — disse Marcos, se aproximando enquanto comia um petisco. Anne havia ido cumprimentar algumas pessoas.

— Quero ver o discurso do meu melhor amigo — provoquei, e ele colocou uma mão no peito, com um ar dramático.

— Não preparei nada, cara — disse ele, e eu ri, sabendo que era só uma das suas brincadeiras.

— Só dizer o quanto fui firme no casamento, e vocês disseram que eu ia ficar nervoso, mas tá tudo certo.

— Firme? Eu conseguiria ver teu nervosismo mesmo se estivesse no Brasil — ele respondeu, e nós dois rimos.

— Queria saber onde você encontra tanto senso de humor — comentei, ainda rindo. Nesse momento, Samuel e Gabriel chegaram, cada um com uma taça em uma mão e petiscos na outra.

Desde que conheci Gabriel, a gente se deu bem. Quero ser um cunhado próximo, sem aquela frieza de família distante, e sei o quanto essa reaproximação com Gabriel tem feito bem para Anne.

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