Em Meio Ao Caos || Maggie Greene

01 - Sangria

Notas iniciais: Recomendo ler o capítulo 00 de introdução antes.

Boa leitura.

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Amber Grimes

— Fala comigo, Carl. Por favor, Carl!. — Pedi sacudindo o garoto que eu carregava nos braços.

Meu pai estava correndo mais a frente gritando por ajuda enquanto Shane arrastava o homem que atirou no meu irmão.

— Quanto falta!? — Meu pai gritou se virando para trás.

— Mais uns oitocentos metros... Falem com o Hershel, ele vai ajudar o garoto.

Parecia que o desespero só ia aumentando a cada paço que dávamos para mais perto dessa tal fazenda.

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— Ele foi mordido? — Um homem de cabelos brancos e suspensório perguntou quando nos aproximamos da propriedade.

— Não, ele foi baleado. — Meu pai explicou pegando Carl dos meus braços.

— É! Pelo idiota do seu amigo! — Falei limpando algumas das lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

Levamos Carl para dentro enquanto o homem de cabelos brancos se encarregou de dar um jeito nele.

— Rick, vamos fazer tudo que podemos. Mas você e sua filha precisam nos dar espaço. : Ele falou colocando soro no meu irmão.

Quando saímos do quarto e fomos para o lado de fora tentei tirar o sangue das minhas mãos e camisa branca enquanto Shane tentava falar com meu pai para saber se Carl estava vivo.

— A minha... Minha mulher não sabe. — Meu pai falou quando voltamos para dentro da casa.

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— Eu falei que ele poderia ir também! Talvez se eu também falasse não ele não iria com a gente. E também não teria levado um tiro. — Falei passando as mãos pelo rosto ainda molhado pelas lágrimas.

— Você não... Não tem culpa de nada. Se alguém tem culpa sou eu. — Meu pai falou passando os braços ao redor dos meus ombros.

Eu não consegui relaxar pois uma das garotas apareceu nos chamando.

Carl iria precisar de sangue, e se já estava ruim vendo desmaiado era pior ainda ve-lo chorando de dor.

Meu pai era o único que podia doar sangue, afinal eu e minha mãe tínhamos o mesmo tipo sanguíneo, um diferente do de Carl.

Acho que a dor fez meu irmão desmaiar, o que não foi algo que me deixou mais calma. Apenas com o nervosismo elevado.

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— Não entendeu? Não pode sair mais que cem metros de perto dessa cama. Carl precisa de sangue. — Disse segurando os ombros de meu pai quando ele veio com a ideia de ir atrás da mamãe.

Carl precisaria ser anestesiado para Hershel conseguir realizar a cirurgia nele. Mas ele não tem aparelhos o suficiente pra isso, então Shane e Otis – o maldito que atirou no meu irmão – se ofereceram a ir até uma escola para pegar o que é necessário.

— Onde sua esposa está? Eu posso ir até ela, posso ir a cavalo. — Uma das garotas que estavam cuidando de Carl falou indo até meu pai.

— Você tem mais de um? — Questionei a fazendo se virar para mim. — Eu vou junto. Acho melhor a minha mãe saber por mim do que por uma estranha.

Meu pai não demorou a aceitar a proposta, mas pediu para eu tomar cuidado.

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— Já andou a cavalo antes? — A garota perguntou quando chegamos até os cavalos.