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DEAN WINCHESTER

Eu acho que bebi demais, novamente. Sempre fico mais sentimental quando bebo, amanhã vou sentir uma puta vergonha de tudo que disse hoje.

Estou me sentindo horrível, eu não quero ficar dentro desta casa, eu teria sempre a tentação de entrar no quarto da Lisa e beijá-la contra sua vontade e eu não quero fazer isso.

O melhor era dar uma voltinha na minha baby, mesmo que eu não esteja em condições para conduzir neste momento.

Vou visitar papai que ainda tá no hospital porque decidiu fugir e os pontos abriram.

Peguei as chaves, meu casaco de couro marrom e desci as escadas.

Ah não, tá chapando?

Sammy.

— Dean.. — ele se levantou do sofá.

— Eai, Sammy! — gargalhei batendo em suas costas. — Desencalhou irmãozinho. — me apoiei em seu ombro, estava quase caindo.

— Você está bêbado.. — ele me olhou com preocupação. — De novo.

— Beber é bom pra esquecer do mundo real, deveria experimentar. — mandei um beijinho com a boca.

— Você sabe que não resolve.. — ele me segurou. — Eu quero falar com você, sóbrio.

— Se for sobre algum caso, serei todo ouvidos. — sorrio. — Se não for, não perca seu tempo.

— Tá. — vi em seu rosto que estava mentindo. — Onde pensa que está indo? — ele olhou para as chaves em minhas mãos.

— Vou visitar o papai. — me afastei.

— Você não está em condições para conduzir! — ele me agarrou.

— Sammy, eu preciso ir. — o olhei sério.

— Então eu vou com você, eu conduzo.

Ah que piada!

— Conduzir? Quem tá bêbado é você de achar que vai encostar naquele volante. — suspirei. — Me deixe ir sozinho.

— Eu não posso.

— Pode sim, sabe por quê? — virei o rosto cerrando a mandíbula. — Você já fez o suficiente ao ficar com a mulher da minha vida. — rio. — Então, faça ao menos algo por mim e me deixe ir sozinho.

Ele encarou o chão, se dando por vencido.

Ótimo.

[...]

Conduzia a 220 km/h, eu amava sentir essa adrenalina na estada vazia, à luz do luar.

Apertei forte o volante, me perguntando o porquê de não termos dado certo, esse era o nosso fim? Não podia ser.

Nem começamos a viver a nossa história.

Eu estava disposto a fazer tudo por ela, estava disposto a me abrir, o que é extremamente difícil para mim, mas com ela era tudo tão expontâneo, eu sentia que com ela eu podia ser eu mesmo, podia tirar a armadura que usava com todo mundo quando tentava se aproximar.

Ela foi a única mulher após a minha mãe a quem me apeguei pra caralho, elas são as mulheres da minha vida. E eu perdi as duas, de formas diferentes.

Eu só queria que isso fosse um pesadelo e que eu acordasse com ela deitada em meu tronco nu.

Arregalei os olhos ao ver uma grande carrinha vir de frente ao meu carro, tentei travar a minha baby mas eu estava andando a 220 numa estrada que o máximo era 120.

𝘓𝘢ç𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘋𝘦𝘴𝘵𝘪𝘯𝘰 - 𝘋𝘦𝘢𝘯 𝘞𝘪𝘯𝘤𝘩𝘦𝘴𝘵𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora