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DEAN WINCHESTER

Que barulho foi esse? Parece um barulho de tiro, qual é a probabilidade de isso acontecer em um hospital?

Levantei me rapidamente e fiquei surpreso ao me sentir como novo, seja o que for que me mantinha naquela cama de hospital, sumiu, eu estou ótimo de novo, pronto pra mais uma.

Senti a voz de meu pai enfraquecida chamando o meu nome, imediatamente o meu coração acelerou, aquele tiro não podia ter sido em meu pai, não podia.

Porra.

Que maldição os Winchester's têm? Meu pai tava na porra do chão com uma bala perto de seu coração, ele morreria em poucos minutos e eu não podia impedir. Engraçado, eu nunca consigo impedir o mal que acontece à minha família. Eu não consegui impedir a morte da minha mãe quando aquele imbecil entrou no quarto de Sammy, eu não consegui impedir a morte de Sam naquela cidade abandonada, e agora? Agora eu não consegui impedir que meu pai ficasse à beira da morte.

— Dean. — Ele colocou devagar a sua mão em meu pescoço e o puxou para ele.

— Diga, pai. — Disse tentando conter as lágrimas que queriam sair.

— Se não conseguir impedir, você tem de matar o Sam. — Ele sussurou para que apenas eu e ele ouvíssemos.

Ele tá louco?! Matar o Sammy? Nunca.

— O que você tá dizendo? — Olhei para ele e seus olhos já estavam fechados.

Não, não.

Eu perdi ele, mais uma vez.

— Façam alguma coisa! — Gritei com os médicos.

— Lamento, mas ele se foi. — Um médico respondeu me.

— O vosso trabalho não é cuidar desse tipo de ferimentos? — Olhei nos olhos deles. — Vocês são tão incopetentes que nem o vosso trabalho fazem direito! — Me levantei rapidamente e fui até ao meu quarto de hospital.

Eu não estava tendo controle sobre as minhas ações, para ser sincero, eu não estou em mim. Meu pai podia ser o pior homem do mundo que sempre priorizou o demónio do que os próprios filhos, mas porra era o meu pai.

Tudo isso martelando em minha cabeça, todas as caçadas que fizemos juntos e as vezes que ele confiou em mim para fazer o trabalho passaram se rapidamente por minha mente.

Abro os meus olhos quando sinto um toque doce e leve em meu ombro, olho ao redor e encaro o caos que eu causei em milésimos segundos, eu deixei a raiva me consumir.

Virei me para trás e vi aquele rosto angélico que eu conhecia tão bem, cada detalhe, aquele mesmo rosto em que desejo olhar todas as noite do meu lado antes de adormecer.

Era a minha preciosa Lisa, o meu anjo que trouxe novamente a luz para a minha vida e me fez esquecer do quão vazio eu sou.

— Dean.. — Ela olhou um pouco assustada ao seu redor. — Nunca te vi assim. — Ela anda pelo quarto analisando cada objeto que deitei ao chão.

— Há certas coisas sobre mim que você ainda não conhece. — Cerrei meus punhos odiando que ela visse esse meu lado.

— Receio que isso seja um aviso para eu me afastar de você, caso contrário me arrependerei, certo? — Lisa se coloca em minha frente encarando meu rosto sério.

— É capaz de haver um fundo de razão nisso. — Engoli em seco, não quero afastá-la de mim.

— Nesse caso, suponho que seja esta a hora de eu ir embora, dado que você já se encontra bem. — Ela sorriu fraco indo embora, eu conheço esse sorriso.

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⏰ Última atualização: Sep 03 ⏰

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𝘓𝘢ç𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘋𝘦𝘴𝘵𝘪𝘯𝘰 - 𝘋𝘦𝘢𝘯 𝘞𝘪𝘯𝘤𝘩𝘦𝘴𝘵𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora