Capítulo 24

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Eu sei! Demorei mais que o programado né, foi mal gente...

Obrigada a todos que estão votando e interagindo. Vocês são demais!!!

Bora lá!

Erros me avisem pf.

*-*

POV GABRIELA

Enfim chegamos no meu apartamento, vim o caminho todo tentando assimilar essa noite. Tinha tudo para ser leve e agradável, mas conseguiu se transformar extremamente desagradável, diria até intragável. Joguei carteira e celular na mesa, tênis já ficou pela entrada da casa, jaqueta na cadeira, e camisa no encosto do sofá.

Fui em direção a cozinha e peguei uma garrafa de água, estava totalmente acabada, o esforço mental que tive que exercer para não surtar no meio do salão foi exaustivo, por vários momentos me peguei respirando fundo para controlar os ânimos. Sheilla tinha ido direto ao banheiro. Veio o caminho inteiro reclamando que estava apertada.

Eu tentei, juro que tentei ser neutra e não transparecer minha irritação perto das meninas, mas para os que me conheciam estava bem evidente; Nati que estava bem alegre com os drinks, percebeu assim que voltei para a mesa, me olhava preocupada e tentou várias vezes me perguntar o que tinha acontecido, eu só neguei com a cabeça e trocava de assunto. Eu só torço para que as outras meninas não tenham notado nada.

- Nossa, estava a ponto de fazer xixi na roupa - Ela se jogou ao meu lado- foi por pouco amor - deu uma risadinha e tentou me beijar mas eu recuei levantei do sofá.

- Acho que a gente precisa conversar! - Ela arrumou a postura e respirou fundo.

- Sim, a gente precisa. Eu vou te explicar de tudo agora. Mas senta aqui comigo vida, por favor.

Bateu com as mãos no estofado mas eu neguei.

-  Não Sheilla, eu prefiro ficar aqui! - Ela respirou fundo, virou de frente pra mim.

- Quando você me chama pelo nome, dói como se fosse um murro no peito sabia?

- Então você imagina como está o meu, quando você me chama de amiga! - Ela abaixou a cabeça e encostou nas mãos, eu conseguia ver seu peito inflando irregular. Meu desejo é ir em sua direção e te abraçar forte. Mas não, ainda não. Isso ainda tá doendo aqui...

(...)

Procurei o corpo na cama e encontrei seu lado vazio e gelado. Denunciando que ela já havia acordado há algum tempo. Deitei de barriga para cima e as imagens da noite anterior me atingiram em cheio.

Eu nunca vi Sheilla chorar nessa proporção, ela me contou em detalhes seu relacionamento, desde o início e das coisas que aconteciam, de como ela a "sufocava" com terror psicológico e a forma como a tratava; nem achei que isso fosse possível, mas eu conseguia sentir mais raiva da loira a cada segundo.

Sheilla pode não ter entendido na época, mas hoje me contando, com certeza ela percebeu que vivia em um relacionamento totalmente tóxico e doentio, que a puxava ladeira abaixo a cada segundo;  ela não chegou às vias de fato, mas ao meu ver, foi por falta de tempo, pois pelos relatos, seria o próximo passo. 

Quando ela conseguiu analisar friamente, acho que bateu o desespero e chorou ainda mais. Apesar de tudo, não sou capaz de vê-la sofrendo, eu não era capaz de dizer nada no momento, mas ela precisava saber que eu estava ali. Sentei ao seu lado no sofá e a acomodei nos meus braços; Me explicou em prantos seu sentimento quando a viu, que por um segundo deixou de ser a mulher madura e voltou a ser a adolescente manipulável, sentiu medo das suas ameaças, o desespero e a apreensão.

Smile - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora