Juliette entrou no quarto e foi directamente para o banheiro para não ter que falar com Luísa, mas esta já mergulhava num sono profundo.
Ela deitou-se e também não demorou muito para adormecer ao contrario Rodolffo que no outro quarto estava à janela olhando as estrelas e esperando o sono chegar.
Juliette acordava muito cedo e os gémeos se os deixassem dormiam a manhã toda.
Desceu e foi encontrar Ana a preparar o café. Firmino já tinha saído para resolver uns assuntos.
- Ana, porque é que a Rita não vivia contigo?
- Coisas dela e do antigo namorado que não a deixava em paz.
- Gostava de vê-la outra vez. Gostei de viver com ela.
- Mas o teu lugar é aqui.
- Não sei se é! Eu acho que eles estavam melhor sem mim.
- Que doideira é essa? Porque dizes isso?
- É o que eu sinto.
- A senhora Maria e o senhor Estêvão adoravam-te como se tivesses nascido deles. Não digas isso.
- E eu hei-de sempre respeitar a casa deles por isso o Rodolffo está errado.
- O que tem a ver o Rodolffo com a nossa história? O que aconteceu?
- Nada, Ana. Foi uma conversa que eu e ele tivemos ontem.
- Eu continuo a estar certo, Ju. Bom dia. - disse Rodolffo que vinha entrando e tinha ouvido os últimas frases das duas.
- Bom dia. Se tu achas que sim!
- O que foi que eu perdi? Estás certo em quê?
- Em afirmar que a Juliette só é nossa irmã no papel. Não temos qualquer parentesco de sangue.
- Isso é verdade. Conta o que vai no coração da gente, mas isso vem a propósito de quê?
- Porque eu ontem disse que gostava dela sem ser como irmã. - pronto, falei
Juliette baixou o rosto e corou de tão envergonhada que estava.
- Sim. Há casos assim, mais comum do que parece. Rodolffo toma café porque o Firmino deva estar a chegar para irem juntos ver a casa da tia Lucrécia.
- Não sei o que fazemos com ela. Vender ou alugar?
- Deves conversar com o dr. Gonçalo também. Só ele te poderá esclarecer do que fazer nesse caso.
- É. Acho que tens razão. Vamos lá depois de termos mais elementos
Ana e Rodolffo conversaram ainda durante um longo período e Juliette permanecia calada, só ouvindo. Ele de vem em quando olhava para ela
Firmino chegou entretanto, sentou-se para beber uma chávena de café e entrou na conversa.
Juliette pediu licença e saiu da mesa. Subiu as escadas e entrou no seu quarto onde Luísa ainda dormia.
Rodolffo saiu logo a seguir com a desculpa de ir buscar um agasalho porque estava frio.
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Robe cor de rosa
FanfictionÉ na infância que se criam memórias que podem ou não marcar uma vida.