A conversa dos três manos trouxe muito choro. Rodolffo era o mais emocionado ao ouvir Juliette.
- Não chores maninho. Eu vou voltar e logo vamos ficar juntos.
- Eu amo-te tanto, Ju. Tenho tantas saudades.
- Eu também vos amo. O Firmino diz que estão no mato. É verdade?
- É Ju. Aqui é bonito.
- Também vou querer ir aí. E a mana?
- Está aqui a querer tirar-me o telefone. Um beijo maninha do meu coração.
- Para ti também meu fofo.
Luisinha, onde estás?- Estou aqui, pulguinha. Já precisei de ti lá na escola.
- Porquê? Quem se meteu contigo?
- É mentira. Foi tudo bem, lá.
(A mana tem um namorado - gritou Rodolffo)- Shiuuu! Não tenho nada. Também vou contar as tuas coisas.
Ele juntou as mãos em prece e pediu baixinho, por favor que ela não falasse nada.
Então fecha essa matraca.
- O que estais aí a dizer? Luisa, conta-me.
- Não é nada, Ju, mas quando nos encontrarmos vamos falar muito.
Era hora de desligar. O almoço estava servido e como que por milagre a febre de Juliette havia desaparecido completamente.
Passou a tarde a juntar as suas coisas e a conversar com Rita. Nessa noite teve dificuldade em adormecer e na manhã seguinte, bem cedinho, partiu com Firmino e Gonçalo depois de dar muitos beijinhos em Rita e pedir para a visitar.
- Linda a Rita, não Firmino?
- Linda e atenciosa. Parece que o doutor ficou apanhado.
- Que é isso, homem? Já não se pode fazer um elogio?
- Pode e deve. O doutor não tem namorada? É muito jovem para estar só.
- De momento estou bem assim. No futuro veremos.
- Não queira chegar a velho e sózinho como eu. É muita solidão. Já faz 15 anos de viuvez e ainda não me habituei.
- Nunca mais apareceu ninguém que valesse a pena?
- Eu não me dispus a isso, mas não encontrei ninguém. Fui muito feliz com a minha esposa e temi que outra relação não resultasse.
- Ainda vai a tempo. Quem sabe não anda por aí a sua cara metade.
- Quem sabe, mas o doutor é jovem. Olhe que o tempo voa.
Juliette seguia no banco traseiro e por ter dormido pouco de noite, assim que iniciaram viagem, encostou-se e logo adormeceu.
Fizeram uma paragem para um lanche ligeiro e logo seguiram viagem. Não queriam chegar de noite.
Ana tinha ficado encarregue de preparar a casa para Juliette. Depois que a megera tinha saído de lá, nunca mais foi arejada. Ela foi bem cedo para fazer uma limpeza e abastecer a geladeira com o que ela sabia que Ju gostava.
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Robe cor de rosa
FanficÉ na infância que se criam memórias que podem ou não marcar uma vida.