O tempo ia passando e tal como Luísa havia falado, na escola as coisas não iam muito bem.
Embora não querendo, Rodolffo vivia rodeado de meninas e era inevitável. Lívia não desgrudava dele. Onde ele ia, ela estava. Havia outras mas sempre tinha uma querendo dar o bote.
Juliette assistia à cena e sofria. Isolava-se a um canto e por vezes chorava. Valia a atenção de Luísa que na medida do possível estava perto para a acalmar.
- Eu sabia que ia ser assim, Ju.
- Eu sei. Está tudo bem.
- Bem como se tu estás a chorar?
- Já passa. Ele não está a fazer nada de mal. Elas é que não desgrudam.
Ele está a vir para cá.- Limpa essas lágrimas.
- Oi princesas! Que conversam?
- A Ju não está bem. Conversa um pouco com ela.
- Que foi, Ju?
- Nada de mais. São as tuas amigas que não te largam.
- Choraste? Foi por causa delas?
- Porque sou tonta.
- Não és nada. Eu não posso afastá-las, mas já deixei claro que não quero nada. Mostrei até a aliança e disse que tinha namorada.
- Não contaste de nós?
- Não. Disse que não era da escola. Vem cá. Um abraço eu posso dar-te.
- Obrigada, amor. Desculpa por ser assim.
Rodolffo abraçou e beijou a cabeça de Juliette e depois ficou ao lado dela a conversar até que chega a inconveniente da Livia.
- Rod, estamos a combinar sair esta noite para ir a uma balada. Vais comigo?
- Lívia, quantas vezes já te disse que tenho namorada? Se fosse ia com ela.
- Já disseste muitas vezes, mas como ninguém a viu, ninguém acredita. Além disso eu não sou ciumenta.
- Mas és vagabunda. - respondeu imediatamente Juliette.
- É o quê? Repete se fores capaz.
- Va ga bun da. - repetiu ela lentamente e levantando-se.
- Vou partir-te a cara, sua moleca. Não é por seres irmã dele que vou relevar.
- Se eu fosse tu, nem tentaria. - falou Rodolffo. - não conheces a Ju, pois não?
- Nem quero conhecer. Uma pirralha a julgar que é tua dona.
- Donos têm as cachorras como tu.
- Agora passaste dos limites.
Lívia levantou o braço para bater em Juliette e Rodolffo segurou-a.
- Meninas, comportem-se. Lívia, sai daqui. Não vou nem quero ir a nenhuma festa contigo.
- Deve ser verdade o que circula por aí. Tu deves ser gay. Só isso justifica todos os foras que várias meninas já levaram
- É sério que circula isso aqui na escola? Lívia e quem espalhou esse boato?
- Eu né? Não é possível não teres tesão por uma gostosa como eu. Outros no teu lugar já tinham provado a fruta.
- Então vai procurar esses, sua vadia.
- Calma Ju. Não respondas. Deixa que eu resolvo.
- Mas ela está a difamar-te.
- Que esteja. Eu sei o que sou. Tu também sabes por isso o que ela diga não me afecta.
Livia saiu de perto deles a bufar e os dois ficaram a rir da situação.
- Olha a reputação que me arranjas.
- Gostei. Agora já és o meu gay preferido. - e deu-lhe um beijo no rosto.
Era hora de voltar à sala de aula e cada um seguiu o seu caminho.
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Robe cor de rosa
FanfictionÉ na infância que se criam memórias que podem ou não marcar uma vida.