No regresso da escola, Juliette encontrou Ana na cozinha.
- Boa tarde Anocas, a Luísa está em casa?
- Não. Só está o Rodolffo lá no quarto dele.
- Esse não quero nem ver.
- O que aconteceu? Ontem quando chegámos já era tarde. Como foi a festa?
- Estava indo muito bem até dois imbecis estragarem tudo.
- Conta-me...
- O Rodolffo tomou um porre e uma piranha quis tirar proveito. Só isso.
- Foi só isso mesmo. Não aconteceu nada Juliette.
- Não quero falar contigo agora. Vou subir, tomar um banho e depois falamos.
Juliette subiu as escadas que a levavam ao quarto.
- Conta-me o que realmente aconteceu.
- Eu não sei muito bem. Lembro-me que subi com a Ju, ela deitou-me na cama e depois dormi. Acordei esta manhã com esta agitação toda nas redes sociais.
Olha, isto aconteceu depois e eu nem assisti.Mostrei os vídeos e as postagens, bem como toda a repercussão que teve.
- Ui!!! Prepara-te porque vais ter que explicar muita coisa.
- Eu nem cheguei a dar o meu presente a ela!
- Tu não costumas beber. O que aconteceu?
- Estava feliz e fui acompanhando os meus amigos e amigos da Ju.
- Pois é. Fala com ela com calma e explica tudo. Vai lá que ela já deve ter terminado.
Rodolffo subiu e encontrou Juliette a terminar de se vestir. Sentou-se na cama e esperou ela terminar.
- Vamos conversar na boa Ju. Eu não quero que brigues comigo porque eu não fiz nada.
- Fizeste sim. Sempre fazes. Não colocas limites logo de inicio e elas pensam que têm passe livre.
- Amor vem cá. Tu acreditas que eu não fiz nada? Eu dormi o tempo todo.
- E durante a festa? As vezes que ela te passou a mão?
- Eu não vi mal nisso. Para mim não era nada.
- Foda-se!!!! Tu nunca ves maldade em nada.
- Ju! Desde quando dizes palavrões?
Vamos esquecer este assunto. Eu peço desculpa por ter estragado o final da tua festa. Pede o que quiseres que eu compenso-te.- Eu acredito que não tenhas feito nada e só estou furiosa pelo teu comportamento. Já não tens 16 anos sempre deslumbrado com um monte de meninas à volta.
- Porque não te podia ter a ti. E também tens um pouco de culpa porque se assumissemos o namoro para o mundo, a mulherada já não me assediava tanto.
- Pára de pôr a culpa nos outros.
- Mas é verdade Ju. Deixa-me dizer a todos que te amo, vamos sair de mãos dadas e abraçados. Vão falar, vão, mas isso pouco importa.
Juliette não respondeu e baixou o olhar. Rodolffo levantou-lhe o queixo e deu-lhe um selinho demorado.
- Estou perdoado? Posso dar-te o teu presente de anos?
- Podes. O que é?
- Vou buscar. Na verdade são dois.
Rodolffo foi até ao quarto e regressou com uma pasta numa mão e a outra no bolso.
Colocou a pasta sobre a cama, ajoelhou-se em frente dela e abriu uma linda caixa vermelha.- Casas comigo?
Juliette tinha na sua frente um lindo par de alianças e um anel com um enorme brilhante. Olhou para Rodolffo com lágrimas nos olhos e disse um sim convicto.
Trocaram as alianças e beijaram-se apaixonadamente.
Rodolffo foi trancar a porta e voltou a beijar Juliette enquanto se desfazia das roupas.
- Não grites muito que a Ana está em casa.
- Até parece. Quem faz mais barulho és tu.
Logo estavam unidos de corpo e alma, cobertos de suor, entregando-se ao prazer até atingirem o auge.
Rodolffo saiu de dentro dela e tombou para o lado, ofegante. Juliette deitou a cabeça sobre ele e começou a percorrer o peito com o dedo.
- Amor!!!
- Diz, Ju.
- Esquecemos a camisinha.
- Rodolffo num impulso sentou-se na cama e olhou para ela.
- E agora?
- Só há duas soluções. Ou deixamos ou tomo pílula do dia seguinte o que pode até nem resultar.
- Ju olha, eu deixo que tomes a melhor opção. Não nego que ficaria feliz em ter um filho agora, mas ainda há muito tempo e tu ainda vais para a Universidade.
Pegou na pasta que tinha largado na cama e abriu-a.
Esta pasta tem toda a documentação necessária para o meu outro presente. Retirou de dentro algumas fotos.
- Tu sabes que o meu sonho é ter uma fazenda. Encontrei esta e gostei, mas não quis fechar negócio sem tu veres também. Estava a pensar ir lá no próximo fim de semana. Fica perto da fazenda da Rosa, do João e do Júlio.
- Mas ainda nem terminaste a Universidade. Quem vai administrar a fazenda?
- Se eu comprar vou ficar com o pessoal trabalhador todo. O dono tem absoluta confiança neles e faz parte do acordo de compra.
Já falei com o Firmino a Ana e o Gonçalo.- Eu fiquei para última.
- Amor, era presente. Eu quero que lá seja o nosso ninho e que os nossos filhos sejam criados com muita simplicidade. Apenas poderem usufruir da natureza e não do caos e poluição da cidade.
- Obrigada- disse Juliette beijando-o.
Eu amei os presentes.
Até que te saíste muito bem na história da maluca.- Eu não fiz nada, amor. Tu sabes que não era possível eu ter algo com outra mulher.
- Estás perdoado desta vez. Vamos tomar banho e descer que daqui a pouco chegam todos.
Rodolffo pegou nela ao colo e juntos tomaram um refrescante banho.
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Robe cor de rosa
FanfictionÉ na infância que se criam memórias que podem ou não marcar uma vida.