Cheguei a casa e encontrei Rodolffo a beber àgua na cozinha.
- Ju chegaste mais cedo. Não tiveste aulas?
- Não consegui assistir. Estava demasiado ansiosa.
- Porquê amor? Não te sentes bem? Estás doente?
- Calma. Não estou doente. Anda lá acima que eu tenho um novidade.
Juliette segurou na mão de Rodolffo depois de um beijo e arrastou-o em direcção ao quarto.
- Senta aí na cama porque se desmaiares não te magoas.
- Desmaiar? Juliette o que aprontaste?
Juliette retirou uma caixa da sacola e entregou-lha.
- Presente para mim? Porquê?
- Tu fazes muitas perguntas. Abre isso.
Rodolffo abriu a caixa e tal como Ju previra se estivesse em pé ter-se-ia estatelado no chão.
O seu rosto ficou pálido e coberto com suor.Juliette segurou na mão dele e esfregou-a. Limpou-lhe o suor do rosto e com uma toalha abanou-a na frente dele.
Rodolffo abria a boca para falar, mas não saía nenhum som.
- Diz alguma coisa, amor! Não ficaste feliz?
Aos poucos a cor foi voltando ao rosto dele, mas logo os olhos se encheram de lágrimas.
Rodolffo colocou a caixa de lado e abraçou Ju, num abraço tão apertado que ela teve necessidade de pedir para ele afrouxar.
- Que é isso? Queres esmagar-me?
- Eu amo-te tanto. Neste momento eu nem sei como me expressar. Nada me faria mais feliz que saber que tens dentro de ti o fruto do nosso amor.
O papai ama-te. - disse ao mesmo tempo que a fazia deitar e beijava a sua barriga.
Apoiou-se de lado e acariciou-lhe o rosto para logo de seguida a beijar.- Estás mesmo feliz? Não achas que esta não era a melhor hora? Nós mal nos vemos.
- Eu prometo que vou resolver isso. Agora não quero ficar longe dos dois. Eu quero estar presente em tudo, acompanhar tudo.
Juliette puxou-o para si e entre carícias e juras de amor, amaram-se sem restrições.
Estavam abraçados quando a barriga da Ju roncou.
- Olha, o teu filho a protestar. Hoje eu quase nem almocei.
- Agora precisas de te cuidar melhor. Nada de saltar as refeições.
- Mas eu estava muito ansiosa. Tomei um café e uma sanduíche, mas custou a descer. Tinha um nó na garganta.
- Então vamos tomar banho e sair para jantar. Também tenho um presente para ti, mas o teu supera o meu em muito. Não tem valor comparável.
- O que é? Quero ver.
- Primeiro banho. Depois todas as surpresas.
Depois de saírem do duche, Rodolffo buscou o vestido e as sandálias e entregou a Juliette.
Ela vestiu e estava perfeito.- Conheces bem o meu corpo.
- Dei de cor cada traço, cada detalhe do teu corpo. Tem mais, fecha os olhos.
Rodolffo colocou-lhe os brincos, o colar e o anel.
- Para ti com muito amor.
Juliette abriu os olhos. Olhou-se ao espelho e estava deslumbrante.
- Que lindo, mas não precisas gastar tanto dinheiro.
- E para que serve então? Se não fossemos já noivos eu faria o pedido, mas mesmo assim eu pergunto de novo:
- Queres casar comigo amanhã?
- Quero casar todos os dias da minha vida. Há muito que sou tua mulher e não preciso de papel para isso.
- Vamos agilizar o registo e quando quiseres marcamos o religioso.
Juliette fez uma maquilhagem simples, prendeu ligeiramente o cabelo na lateral e estavam prontos para sair.
- Estás tão lindo. Pareces um galã de
Cinema.- Linda e deslumbrante estás tu. Chega cá que estou com vontade de retirar o teu bâton.
Juliette negou com a cabeça, mas quando ele encostou os lábios nos seus esqueceu tudo. Quando por fim se separaram, limpou o bâton dos lábios dele e foi retocar os seus saindo em seguida abraçados.
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Robe cor de rosa
FanfictionÉ na infância que se criam memórias que podem ou não marcar uma vida.