Maraisa Henrique:
— Maiara, por que?
— Nada, ela pareceu ser legal.
— Ela é, só que anda com a minha irmã, então... — Bárbara diz debochada e ri.
Fomos almoçar e depois do almoço fomos para o alojamento.
— O que vão fazer agora? — Luísa pergunta.
— Eu acho que vou pra sala de musculação — Digo naturalmente.
— Deus me livre, a gente já vai fazer exercício demais aqui, você ainda quer ir pra academia? Aqueles caras suados e fedidos devem estar lá — Bárbara faz um fingido vômito.
Eu e Luísa nos entreolhamos.
— Tu é sapatao entao? Bem que pareceu mesmo — Luísa diz na maior naturalidade do mundo.
— Desde sempre graças a Deus! — Ela respondeu dando de ombros — E vocês? Qual orientação sexual?
— Eu me divirto com quem eu quiser me divertir, sendo homem, mulher, tem isso comigo não — Luísa responde e elas olham pra mim esperando minha resposta.
— Eu sou hétero gente, eu hein...
As duas franze o cenho me olhando.
— Então tá né, se você tá falando...
Olho pro livro que estava sobre a cama me lembrando que eu precisava decorar aquele livro de técnicas militares.
— Na verdade acho que vou deixar a academia pra depois, preciso decorar esse livro que a professora Mendonça mandou, preciso de um lugar calmo, que eu possa me concentrar nisso.
— Boa sorte amiga, eu vou descansar — Bárbara diz se jogando na cama dela.
— Eu vou dar uma volta por aí. — Luísa disse com um sorrisinho malicioso. — Te acompanho até o jardim amiga, lá tem uma área mais reservada que quase ninguém vai.
— Como sabe?
— Já vim aqui algumas vezes visitar a minha irmã. — Da de ombros. — Sempre íamos pra lá conversar.
Já com roupas sem ser a farda saímos rumo ao jardim que Luísa havia falado, estávamos em uma conversa entre risos. Até que eu olho pra frente e encontro quem eu menos queria encontrar nessa escola.
Meu sorriso morre no mesmo instante.
— Maraisa minha sala agora.
Engulo em seco já temerosa olhando para os lados, vendo algumas pessoas nos olhando.
— Sim senhor — respondo olhando pra Luísa que me olhava preocupada.
Meu pai segue pra sua sala pisando duro e vou atrás lhe acompanhando com cabeça baixa.
Ele entre em sua sala e me dá passagem fechando a porta atrás de si.
— É assim que você quer se dar bem nessa escola e na sua vida? Ficar andando pelos corredores de conversinha com amiguinhas rindo? — Ela estava de costas.
— Pai eu...
— CALADA — Sua voz sai alta e grossa, denunciando todo seu nervosismo que me deu calafrio, ele se vira pra mim — Eu não quero você de conversa com ninguém — Ele se aproxima de mim.
— Eu não fiz nada demais, estava indo estudar Sr — Digo me virando de costas pra sair, eu não aguentava mais as paranóias do meu pai.
Porém sinto ele me segurar com força pelo braço.
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Army School - Malila
FanfictionEstar começando a seguir uma carreira em uma escola interna do exército com apenas 17 anos, não era bem o que Maraisa queria de sua vida, fazia porque seu pai o coronel comandante da escola lhe obrigava, o mesmo sempre foi bastante rígido com a filh...