Estar começando a seguir uma carreira em uma escola interna do exército com apenas 17 anos, não era bem o que Maraisa queria de sua vida, fazia porque seu pai o coronel comandante da escola lhe obrigava, o mesmo sempre foi bastante rígido com a filh...
Me senti nervosa, perdida, somente em tê-la daquele jeito tão próxima. Eu não sabia decifrar o que ela me causava, mas não poderia negar o quão bom era sentir. Era como ter a sensação de ter meu peito aquecido, ao mesmo tempo em que ele parecia formigar com sentimentos que pra mim se tornaram estranhos.
Realmente aquilo não devia ter acontecido. Eu não sei o que tinha dado em mim, não sabia de onde tinha saído tanta coragem vindo de mim.
Me deito de volta em minha cama, agora que meus pensamentos ficaram frenéticos mesmo. Eu tinha beijado uma mulher, uma mulher. Meu Deus se meu pai descobrisse eu iria morta para a Antártida.
Só que não podia negar que tinha sido muito bom, não sabia se à Mendonça tinha feito o que fez por apenas um impulso ou se realmente queria. As vezes por um impulso já que quase me chutou me mandando voltar pro alojamento como se nada tivesse acontecido.
Como seria pra mim daqui pra frente? Como eu reagiria perto dela? Na verdade eu nunca consegui reagir normal estando perto dela.
Suspiro.
O beijo se faz presente novamente na minha mente, a pegada dela na minha cintura me apertando, sentia meu corpo esquentar só de lembrar.
A língua dela chupando a minha, aperto minhas coxas uma na outra sentindo minha boceta pulsar. Esse sentimento e reações por uma mulher era totalmente novos pra mim.
Acabo pegando no sono de tanto pensar.
•••
Sou acordada sentindo meu corpo ser chacoalhado na cama, me levanta com o susto.
— Você está suada, tá tudo bem? — Luísa me pergunta enquanto me analisava — Se você não se levantar agora, não vamos chegar a tempo na sala de aula e estaremos muito fodidas.
Praticamente pulo da cama sobre o olhar das outras meninas que já tinham suas coisas em mãos, pego minhas coisas rapidamente e saímos correndo para o banheiro fazendo nossas higienes rapidamente.
Praticamente engolimos o café da manhã, sem me dar tempo de voltar novamente a ter meus pensamentos tomados pelo acontecido na madrugada.
As aulas de informática e língua espanhola passará igual lesma, e a última da sexta seria dela que estava nos esperando no local que era realizado maratona de obstáculos que não era nada bom pra mim, minha cabeça estava doendo.
Assim que a Mendonça coloca os olhos sobre mim ela os desvia como um aluno qualquer, apesar que eu era uma aluna qualquer né? Não, não era, ela tinha me beijado.
Balanço a cabeça para afastar os pensamentos assim que o Danilo chega ao meu lado colocando a mão sobre meu ombro enquanto esperávamos outros alunos fazerem a maratona.
Viro a cabeça de lado para olhá-lo. Ele tinha um sorriso nos lábios, retribuo com um sorriso amarelo para o mesmo e volto olhar para frente tendo agora os olhos castanhos da Mendonça sobre mim. Sempre com a mesma cara de brava, então não dava pra distinguir nada.
— Henrique, Sonza, Prado, Santos e Vezzani vocês agora.
Graças a Deus.
Ela era boa em decorar os sobrenomes.
Danilo tira as mãos de meu ombro assim que me movimento.
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