Army School - Malila

31 - Familia

Maraisa Henrique:

Marília tira as mãos da mulher que estavam em seus ombros, se afastando.

— Naiara o que faz aqui? Quem te deu permissão para subir? — Marília pergunta com aquele tom sério bem conhecido por mim.

A mulher sorri cinicamente se aproximando da Marília como se eu não existisse ali. Ou ela estava apenas ignorando a minha existência mesmo.

— Meu bem, Ricelly me contou que estava de folga em casa, faz tempo que não nos vemos, então vim fazer uma visitinha.

Marília coloca os olhos em mim. Eu com certeza estava com uma expressão nada boa.

— Exatamente, estou de folga e não quero receber ninguém Naiara. Faz o favor de ir embora...

A mulher se aproxima da minha loira de novo, tentando agarra-la. Mas Marília desvia.

— Nossa Marília, achei que estava com saudades também. — A mulher rodeia o corpo da Marília.

Pra mim aquilo já estava indo longe demais. Eu podia expulsar ela? Pelos cabelos?

— Parece que já esqueceu das noites gostosas que tivemos, posso te fazer lembrar.

Marília segue rumo a porta que já estava aberta.

— Vai embora Naiara...

— Nunca me mandou embora assim, Marília.

Sentia que essa mulher estava querendo me fazer raiva também.

— Naiara sai, agora. — Marília estava vermelha.

A mulher bufa e segue em direção a porta.

— Volto quando estiver menos estressada, meu amor... — Deixa um beijo do rosto da minha mulher, que se afasta abruptamente.

Marília fecha a porta assim que a mulher está do lado de fora e tranca a porta.

Eu estava tremendo de raiva.

— Maraisa eu posso... explicar... isso...

Eu estava nervosa demais pra qualquer conversa no momento.

Porra só podia ser brincadeira, não tinha nem um dia direito que eu estava na casa dela e já tinha mulherzinha disponível pra ela.

Antes que ela chegasse perto de mim, eu saiu rumo ao meu quarto pisando duro, subindo as escadas.

Eu não estava sendo infantil né? Só não queria conversar no exato momento, estava com raiva.

Sinto Marília me seguindo.

— Maraisa... por favor.

Nada digo, entro no meu quarto e ela entra atrás.

— No meu segundo dia aqui já tem mulher disponível pra você. — Rosno — Isso só pode ser brincadeira... — Sussurro a última parte.

Vejo ela procurar as palavras certas pra não me deixar ainda mais nervosa.

— Eu não tenho e nunca tive nada sério com a Naiara, na verdade até hoje só tive dois namoros e faz anos atrás, Naiara só... — Ela se cala, pra logo em seguida continuar — Só foram algumas noites.

Ajudou muito.

Dentro de mim queimava em ciúmes. Só que eu não tinha nada ver com sua vida antes de mim.

— E ela pode entrar aqui quando quiser?

— As vezes entrava, só que vou proibir sua entrada.

Marília se senta na cama e me puxa para seu colo.