Capítulo 32: A Busca por Respostas

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A manhã se desenrolava lentamente, com o sol brilhando sobre as águas calmas do oceano enquanto o navio seguia seu curso. No entanto, dentro da mente de Hyunsoo, havia pouco espaço para a tranquilidade que o cenário sugeria. Ele havia passado a noite ao lado de Jihoon, e agora, com o jovem pianista dormindo novamente, sua mente estava em alerta, tentando entender quem havia drogado Jihoon e por quê.

Hyunsoo sabia que não podia perder mais tempo. Ele tinha que descobrir quem estava por trás disso antes que a situação piorasse. Deixando Jihoon sob os cuidados do médico de bordo, ele saiu da enfermaria, com os olhos sombrios fixos no próximo passo a tomar.

Ao sair para o convés, Hyunsoo respirou fundo, sentindo o ar salgado encher seus pulmões. Ele sabia que precisava manter a cabeça fria, mas a raiva por alguém ter atacado Jihoon estava começando a borbulhar sob a superfície. Ele não podia deixar que isso o distraísse de sua missão, mas, ao mesmo tempo, sabia que não poderia descansar até que o culpado fosse encontrado.

Enquanto caminhava pelos corredores do navio, ele começou a passar em revista os eventos da noite anterior, procurando por qualquer detalhe que pudesse ter passado despercebido. Ele sabia que alguém a bordo estava jogando um jogo perigoso, e Hyunsoo estava determinado a virar as mesas.

Hyunsoo encontrou Minho e Donghyun, seus homens de confiança, no convés inferior, discutindo sobre os próximos passos da operação. Ao ver a expressão grave de Hyunsoo, eles imediatamente interromperam a conversa e se aproximaram.

— Capitão, algo aconteceu? — perguntou Minho, sua voz carregada de preocupação.

— Jihoon foi drogado na noite passada, — disse Hyunsoo, direto ao ponto. — Ainda não sabemos quem fez isso, mas preciso de respostas, e preciso delas agora.

Minho e Donghyun trocaram olhares, a gravidade da situação claramente impactando-os.

— Vamos começar a investigar imediatamente, — disse Donghyun, sua voz firme. — Pode ter sido alguém infiltrado na tripulação, ou até mesmo um convidado. Não podemos deixar isso passar em branco.

— Exato, — respondeu Hyunsoo. — Não deixem pedra sobre pedra. Verifiquem câmeras de segurança, interroguem quem for necessário, mas façam isso de forma discreta. Não quero criar pânico a bordo, mas precisamos de respostas.

Os dois homens assentiram e se afastaram rapidamente, prontos para começar a investigação. Hyunsoo, por sua vez, sabia que tinha que se manter calmo e estratégico. A última coisa que ele queria era que os responsáveis escapassem impunes.

Com a investigação em andamento, Hyunsoo decidiu voltar ao salão principal, onde a festa havia ocorrido na noite anterior. O salão agora estava vazio, exceto por alguns tripulantes que estavam limpando os últimos vestígios da festa. Ele caminhou pelo espaço, observando cada detalhe, cada canto, tentando ver se algo parecia fora do lugar.

Enquanto caminhava, sua mente voltava a Jihoon. Ele se lembrava claramente de como o encontrou, frágil e vulnerável, e a sensação de impotência que sentiu naquele momento o enchia de uma determinação feroz. Ele não podia permitir que algo assim acontecesse novamente.

Ao passar pelo bar, Hyunsoo parou. Ele olhou para o balcão onde Jihoon havia pegado sua bebida e tentou visualizar o momento em que tudo deu errado. Ele se lembrou de que Jihoon parecia bem quando se afastou do piano, mas logo depois, ele estava quase inconsciente.

Ele chamou um dos tripulantes que estava limpando a área e pediu para verificar o histórico das câmeras de segurança ao redor do bar. Talvez, com um pouco de sorte, ele pudesse identificar algum movimento suspeito.

Enquanto o tripulante saía para cumprir a ordem, Hyunsoo continuou sua investigação. Ele sabia que, para encontrar o responsável, precisaria pensar como eles, entrar na mente de quem orquestrou esse ataque. E, para isso, ele precisava reunir o máximo de informações possível.

Pouco tempo depois, o tripulante encarregado das câmeras de segurança retornou, entregando um tablet a Hyunsoo.

— Capitão, aqui estão as imagens das câmeras de segurança do bar, — disse ele.

Hyunsoo pegou o tablet e começou a assistir ao vídeo. Ele viu Jihoon se aproximar do bar, pedir uma bebida, e então, ficou atento para qualquer sinal de manipulação do copo. No entanto, ao contrário do que esperava, o ângulo da câmera não permitia ver claramente o que acontecia. O local onde Jihoon estava parado estava parcialmente encoberto, impossibilitando qualquer visualização de quem poderia ter adulterado sua bebida.

Frustrado, Hyunsoo apertou o tablet em suas mãos, sentindo a frustração aumentar. As imagens não revelavam nada útil, e ele sabia que o tempo estava se esgotando para identificar o responsável.

— Continue revisando as gravações de outras câmeras, — ordenou Hyunsoo, entregando o tablet de volta ao tripulante. — Quero todas as possíveis saídas monitoradas. Temos que encontrar algum sinal.

Enquanto o tripulante se afastava, Hyunsoo sentiu sua determinação crescer ainda mais. Ele sabia que o culpado ainda estava a bordo, e ele não descansaria até encontrar a pessoa responsável.

Decidindo voltar à enfermaria para verificar como Jihoon estava, Hyunsoo seguiu pelos corredores do navio, mas ao se aproximar da porta entreaberta da enfermaria, ele parou abruptamente. Através da abertura, ele viu Sangwoo, o amigo de Jihoon, já ao lado do jovem pianista.

Sangwoo estava segurando a mão de Jihoon, sua expressão cheia de preocupação genuína. — Eu vim assim que soube, Jihoon, — disse Sangwoo com a voz suave. — Como você está? Estou aqui para o que precisar.

Jihoon tentou sorrir ao ver Sangwoo, sentindo-se um pouco mais aliviado pela presença de seu amigo. — Estou melhor agora... mas ainda tentando entender tudo.

Hyunsoo observava a cena com uma mistura de emoções. Ver Sangwoo ali, tão próximo de Jihoon em um momento de vulnerabilidade, fez algo se agitar dentro dele. Era ciúme, puro e simples, algo que ele não estava acostumado a sentir. Ele sabia que Sangwoo era apenas um amigo leal, mas a proximidade deles, especialmente agora, mexia com ele de uma forma que ele não podia controlar.

Hyunsoo respirou fundo, tentando controlar suas emoções antes de entrar na sala. Ele sabia que seu papel ali era de apoio e proteção, mas a visão de Sangwoo tão próximo de Jihoon o incomodava profundamente.

— Como você está se sentindo agora, Jihoon? — perguntou Hyunsoo ao entrar na enfermaria, sua voz calma, mas com um tom ligeiramente tenso que ele tentou esconder.

Jihoon olhou para o capitão e tentou sorrir novamente. — Melhor, capitão, — respondeu ele, ainda um pouco hesitante. — Mas minhas mãos... Eu não sei se vou conseguir tocar de novo.

Hyunsoo assentiu, compreendendo a gravidade da preocupação de Jihoon. — O médico está fazendo tudo o que pode. Precisamos de tempo, Jihoon. Vamos superar isso.

Sangwoo olhou para Hyunsoo, percebendo o tom tenso em sua voz, mas manteve-se ao lado de Jihoon, oferecendo seu apoio. — Eu vou ficar aqui com ele, capitão, — disse Sangwoo, tentando ser útil. — Jihoon precisa de todo o apoio que puder ter.

Hyunsoo assentiu, mas a irritação crescia em seu peito. Ele sabia que Sangwoo estava lá apenas como um amigo, mas a proximidade deles era algo que ele não podia simplesmente ignorar.

— Fique com ele, Sangwoo, — disse Hyunsoo, sua voz controlada. — Mas se algo mudar, me avise imediatamente.

Sangwoo assentiu, percebendo o tom firme de Hyunsoo. — Claro, capitão.

Enquanto Hyunsoo se afastava, ele sabia que havia muito trabalho pela frente. A investigação estava longe de terminar, e ele precisava de respostas. Mas, enquanto isso, o ciúme e a preocupação com Jihoon continuavam a corroer sua mente.

O mistério se aprofundava, e Hyunsoo estava mais determinado do que nunca a descobrir quem estava por trás do ataque a Jihoon. Ele sabia que, enquanto não encontrasse o culpado, nem Jihoon nem ele estariam em segurança.

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