R.R.M

17

▪︎ Richard Ríos

Foi a luz do sol que me despertou, e me arrependo por não ter fechado a janela da forma correta ontem a noite, fazendo com que claridade invadisse meu quarto. Olho para o lado e vejo a minha loira dormindo feito um anjo.

E pela primeira vez em muito tempo eu estava acordando com uma mulher na minha cama, eu não menti para Ana quando falei que não trago ninguém para minha casa, a última mulher que dormiu nessa cama foi a minha ex, e já tem quase 1 ano que terminamos, acho algo pessoal demais, deixar alguém entrar na sua casa, mexer na suas coisas, deitar na sua cama.

Então quando eu ia transar com alguém, sempre ia para um motel ou para casa delas, na minha nunca, até porque eu nunca saia com elas mais de uma vez, estava satisfeito com a maneira que as coisas iam, não queria relacionamento já que o último me rendia dor de cabeça até hoje. Mas sei lá a Ana é diferente, eu me sinto bem quando estou com ela e por isso trouxe ela pra cá.

A noite tinha sido muito melhor do que podia ter imaginado. Quando eu coloquei os olhos nela pela primeira vez, eu soube que ela era uma puta de uma gostosa. Nos últimos dias, quando nossas provocações começaram, eu também soube que desejava mais do que qualquer coisa estar dentro dela.

Mas, puta que pariu, nada havia me preparado para tanto. Ana Rodrigues era decididamente, uma perdição, a minha perdição. E uma parte de mim, uma enorme parte, insistia em me dizer que eu não enjoaria dela nunca. Além do mais, o que nós fizemos ontem foi muito além de sexo.

Fisiologicamente falando, toda e qualquer atividade que agite nosso corpo, o coração precisa de um fluxo maior de sangue e oxigênio para desempenhar corretamente suas atividades, fazendo com que aumente a
frequência cardíaca.

Era isso que acontecia comigo, quando eu corria, quando eu jogava, quando eu fazia sexo. Porém, ontem, quando ele bateu rapidamente, eu sabia que aquilo não tinha nada a ver com a atividade que eu desempenhava, mas tudo com ela.

Nos últimos dias meu coração batia mais forte no peito quando nossos lábios se encontravam, quando ela sorria, ou simplesmente quando a via.

Segundo a biologia isso acontece porque nosso cérebro produz mais dopamina quando alguém está apaixonado. O
cérebro também produz norepinefrina química quando gostamos de alguém, fazendo com que o coração acelerasse quando estamos nervosos.

A maneira como meu coração acelerava a cada toque, a cada beijo, a cada vez que ela sorria, ou gemia, ou chamava meu nome, ou gozava.

Eu gostava dela, por mais que eu não soubesse como isso havia acontecido, ou quando. Mas eu sabia que gostava dela, e eu que queria estar com ela, queria continuar sentindo todas aquelas coisas.

Sorri, passando a mão por seu rosto de leve para que não a acordasse. Ela se mexeu, ronronando e se aconchegando mais ao meu corpo. Deixei um beijo no topo de sua cabeça.

― Bom dia, loira. - falei, notando que ela já havia despertado.

― Bom dia Ríos. - respondeu, erguendo a cabeça para me ver. Ela sorriu, colando nossos lábios rapidamente.

― E então, acordar ao lado do cara com quem você teve a sua primeira vez é como você imaginava? - apertei um pouco os olhos em sua direção, brincando com uma mecha do seu cabelo que estava um pouco desajeitado.

Ela negou.

― Não vou inflar ainda mais o seu ego que já é enorme.

— Isso é injusto, como vou saber que fiz um bom trabalho ?

— Talvez você precise refazer esse trabalho para que eu possa ter certeza que foi bem feito. - provoca rindo e mordendo o cantinho da boca.

Mudo nossa posição rapidamente e logo estou por cima dela.

— É uma proposta tentadora e eu vou adorar fazer isso, mas não agora. Precisamos estar no CT em 2 horas, então até tomar café, passar na sua casa e voltar para o CT, vamos no atrasar.

— Eu nunca cheguei atrasada, acho que um dia só não faz mal. - responde fazendo um carinho na minha nuca e estou a ponto de ceder a sua chantagem.

— Mas eu não posso chegar atraso loira, então eu vou adorar repetir a noite de ontem mais tarde, só que agora precisamos levantar.

— Chato. - resmunga, mas levanta. — Toma banho comigo então ?

— Ana...

— É só um banho, prometo me aproveitar de você só a noite.

Essa mulher ainda vai acabar comigo...

Depois do banho que não foi só um banho, tomamos café e eu levei ela até em casa, o plano era esperar ela ficar pronta e irmos para o CT, mas a loira era teimosa e tivemos uma leve discussão no carro porque ela insisitiu que não deveríamos chegar juntos, para evitar qualquer suspeita.

Hoje o treino foi tranquilo, como ganhamos ontem, hoje o treino foi voltado apenas em exercícios de mobilidade, e quando encerrou fomos liberados para o almoço.

Eu ainda não tinha visto a Ana desde que cheguei, e agora seria a hora perfeita pra verificar se ela ainda está estressada comigo pela discussão de hoje cedo e depois roubar alguns beijos dela já que todo mundo estariam almoçando, inclusive a Beatriz.

Assim que entro no refeitório procuro pela minha loira, mas não encontro, será que ela não veio ? Pego meu celular na intenção de mandar uma mensagem, e como se pudesse ler os meus pensamentos, ela entra no salão, com aquele sorriso lindo, e eu tento não sorrir ao ver ela.

— Vou precisar chamar a moça da limpeza pra vim limpar essa baba que está escorrendo ai Ríos? - Veiga provoca.

— Não sei do que você está falando.

— Qual é cara, está estampado na sua cara. ‐ É a vez do Murilo falar.

— Vocês tiraram o dia pra encher meu saco foi ?

— A Brendha esteve com ela no camarote no jogo de ontem.

Encaro o menino em um pedido silencioso pra ela manter a boca fechada.

— A Ana é legal cara, por que não chama ela pra sair? - O Veiga questiona.

Quando eu ia responder, vejo minha loira conversando com o argentino talarico, vejo quando o sorriso dela se desfaz e ela me encara um olhar mortal...

.....................

Demorei mas apareci kkkkkkkkkk

Alô Ríos... a casa caiu parceiro

Não esqueçam de votar e comentar o que estão achando.

Até o próximo 😘