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▪︎ Richard Ríos

— Amor, por favor... me escuta! Me deixa explicar o que aconteceu.

— Eu não quero te ouvir Richard, eu tenho cara de idiota ? Sabe o que é pior ? Você tava me tirando de maluca quando eu disse que não tinha ido com a cara dela.

— Só me escuta, por favor! Naquela noite da festa eu acabei bebendo demais e nem sei como cheguei em casa, no outro dia no CT ela me contou que foi ela que me ajudou a chegar em casa e foi só isso. Não sei porque ela quis insinuar que houve algo além disso.

— Porque o Lucas não te ajudou ?

— Ele não estava com a gente.

— Exatamente, porque a porra daquele lugar não era apropriado pra um homem comprometido, ele pelo menos respeita a Rafaela.

— Para com isso Ana, eu não fiz nada de errado, apenas não me controlei com a bebida.

— A ponto de não conseguir nem lembrar se comeu aquela vagabunda ou não. Eu estou com nojo de olhar na sua cara.

— Eu sei que eu deveria ter te contato, me desculpa.

— É deveria mesmo, e sabe porque não me contou? Porque você sabe que tudo isso é culpa sua, fica ai dando uma de miss simpatia e não sabe cortar as asas dessas piranhas.

Deixei as chaves e o celular que ainda estavam na minha mão, em cima da bancada da cozinha, a Ana estava de olho fechado respirando fundo, as mãos brancas agora estavam vermelhas, ela realmente deu uma surra naquela atribulada.

Tentei me aproximar ainda mais dela, ela precisa acreditar em mim, porra! Tá tudo indo tão bem.

— Sai de perto de mim Richard ou eu sou capaz de fazer em você o que não me deixou terminar naquela puta.

— Sua mão tá machuca, deixa eu cuidar de você, por favor acredita em mim, você sabe que eu jamais trairia você, nunca nem te dei motivos pra isso amor, sempre fui sincero.

— Exatamente, e justamente quando você mente pra mim, vai pra balada escondido aquelazinha vem com essa história? Muita coincidência, não acha ?

— Sim, é uma maldita coincidência, mas é só isso. Eu juro que não aconteceu nada.

— Você nem lembra como chegou em casa seu vagabundo, não pode me garantir que não aconteceu nada.

— Se eu não tinha condições de andar sozinho, acha mesmo que eu teria condições de comer alguém?

Ela balançou a cabeça em negação, seus olhos vermelhos, querendo chorar e eu odiava ver a Ana triste ou chorando, ainda mais por minha causa, ela se afastou, pronta pra sair da cozinha quando meu celular apitou em cima da bancada.

A tela acendeu mostrando nossa foto e ela virou o rosto pra ver quem era, não entendi quando ela pegou o celular na mão e começou a rir, ela desbloqueou o celular e a risada sumiu no mesmo instante, não tive tempo de pensar quando vi o celular voando na minha direção.

— Que porra é essa Ana ? Ficou louca ?

— Louca eu fiquei quando me deixei cair nesse teu papinho, você é um grande filho da puta e eu não quero olhar na sua cara nunca mais. — falou saindo da cozinha mas voltou no meio do caminho — só mais uma coisa, pode avisar a essa piranha que se eu encontrar ela na minha frente de novo, não vai ser só aquele mega barato dela que eu vou arrancar.

Ela me deu as costas e eu suspirei passando a mão pelo rosto, caralho eu consegui fuder com tudo sem nem ter feito porra nenhuma, abaixei pra pegar o celular ou o que sobrou dele no chão. Meu peito estava doendo e provavelmente a pancada ia deixar um hematoma, a Ana não teve pena nenhuma ao me acertar e a sorte é que ela é baixinha, porque se mira mais alguns centímetros pra cima era minha cara que estaria quebrada igual a tela do celular.

Quando finalmente olhei para o celular entendi o motivo do surto dela, aquela desgraçada tinha mandando mensagem, além de 2 fotos, uma delas foi a que ela me mostrou e a outro nem eu tinha visto ainda, era minha deitado sem camisa mas vestido da cintura pra baixo, enquanto ela estava deitada do meu lado vestido apenas calcinha e sutiã. CARALHO!

Como eu fui me enfiar numa situação dessas ? Parece até que aquela miserável fez tudo de caso pensado, mas se ela pensa que vai sair impune dessa merda ela tá muito enganada, ela vai ter que esclarecer essa situação, nem que eu precise tomar medidas drásticas. Não posso expor a Ana ainda mais, preciso agir rápido antes que essa louca vaze essas fotos em algum lugar.

Ligo pro Juan, pouco me importa o fuso horário nesse momento, assim que ele atende eu explico toda situação pra ele e peço pra ele entrar em contato com meus advogados, ele até tenta me dar um sermão mas no momento meu foco é evitar que essa merda vaze e consertar as coisas com a minha loira.

Vou até o nosso quarto e a porta está trancada, eu bato insistentemente pedindo pra ela abrir, mas todo meu esforço é em vão, do lado de fora da pra ouvir que ela está andando pelo quarto, me sento no chão e encosto na porta e volto a chamar por ela.

— Amor... por favor, vamos conversar!

Não sei quanto tempo fiquei chamando por ela, mas sei que foi tempo suficiente para o dia amanhecer, porra eu estou todo quebrado, ouço os passos dela se aproximar da porta e me levanto pra olhá-la nos olhos e implorar pelo seu perdão se for necessário.

A minha loira abre a porta enquanto ignora minha presença, passa do direto por mim, olho para dentro do quarto e vejo suas malas arrumadas, as mesmas malas que há poucos dias ela desfez e arrumou suas roupas no nosso closet, no nosso quarto, na nossa casa. Porra! Ela não pode está pensando em ir embora.
Vou atrás dela e vejo que está cozinha.

— Amor o que são aquelas malas ? — pergunto e é o mesmo que está falando sozinho já que ela não responde. — loira, olha pra mim, não faz isso pelo amor de Deus. Eu te amo Ana.

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Postando mais um como prometido porque vocês comentarem bastante no último capítulo

Continuem comentando bastante e não esqueçam de votar

Até o próximo 😘

R.R.MOnde histórias criam vida. Descubra agora