Capítulo 33 - Ele é nosso

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Perspectiva de Mon

A hora do almoço se aproxima, e estou me apressando para finalizar tudo na Diversity. Quero estar livre para passar a tarde com Sam, que me prometeu uma surpresa. A curiosidade está me matando! Ocupo o antigo gabinete da Sam, e embora ela tenha insistido para que eu redecorasse o espaço ao meu gosto, não mudei nada. Cada detalhe me faz sentir a presença dela, como se Sam estivesse comigo todos os dias.

Olho para o relógio, e me dirijo aos elevadores. No caminho, vejo Jesse na fotocopiadora.

— Vai almoçar já, mãe? — ela pergunta, com um sorriso travesso no rosto.

— Vou almoçar com a Khun Sam, Jesse. Não volto de tarde. — respondo, retribuindo o sorriso dela. Por mais que eu tente esconder, não consigo evitar o enorme sorriso que sempre surge quando sei que estou voltando para os braços de Sam.

Arun, nosso motorista, me leva até o restaurante indicado por Sam. Quando ele estaciona em frente a uma hamburgueria, fico confusa.

— Tem certeza que é aqui? — pergunto, desconfiada.

— Tenho sim, senhora Mon. — Arun responde com convicção.

"Uma hamburgueria? Parece que Sam está perdendo o jeito para o romance..." — penso, rindo sozinha.

Entro na hamburgueria e, assim que vejo Sam e Pong sentados numa pequena mesa, meu coração derrete. É uma cena adorável: dois refrigerantes enormes, quase maiores que a cabeça de Pong, e ambos devorando hambúrgueres. Pong tem molho escorrendo pela camiseta, e Sam tenta, sem muito sucesso, limpá-lo com um guardanapo.

— Mon vai me ver todo sujo... — lamenta Pong, com uma carinha triste.

— Não se preocupe, Pong, ela não vai ligar para isso. — Sam responde, esfregando um guardanapo na camisa dele, mas claramente mais atrapalhando do que ajudando.

Eu hesito em me aproximar, apreciando a cena deliciosa de longe.

— Ela vai achar que eu sou um bagunceiro... — continua Pong, parecendo genuinamente preocupado.

— Bom, você é um pouco bagunceiro, não é? Não sabe comer um hambúrguer direito? — brinca Sam, com um sorriso.

— Foi sem querer, senhora diretora... — diz ele, com um tom de culpa que parte meu coraçãozinho.

— Pong, fora da escola, não me chama assim, ok? — Sam pede, olhando diretamente nos olhinhos dele.

— Como devo chamar, então? — pergunta Pong, confuso.

Sam se inclina para trás, pensativa, antes de responder.

— Pode me chamar de Khun Sam. É como todos me chamam. — ela sugere.

— Não gosto. A Mon me deixa chamar ela só de Mon. — retruca Pong.

— Ah, mas a Mon é diferente, não é?

Aquela era, sem dúvida, a discussão mais adorável do mundo. Finalmente, me aproximo deles.

— Boa tarde, Chamcham. — digo, dando um beijinho nos lábios dela. — Oi, Pong! — cumprimento o menino, acariciando seus cabelos bagunçados.

— Oi, meu amor. Que bom que você veio. Esse menino estava ansioso para te ver. — Sam diz, com um sorriso.

— Ah é, Pong? — pergunto, sorrindo para ele, enquanto ele tenta disfarçar a mancha de molho na camiseta, usando suas mãozinhas pequenas. — E então, qual é o plano para esta tarde? — pergunto, chamando a garçonete com um aceno para me trazer um hambúrguer também.

Mon & Sam - Entre Laços E LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora