Capítulo 28 - Adeus, Duanpen

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Nota da autora: Atualizei o capítulo 25 com fotos das roupas que John, Kob, Jesse, Kit, Puu e Bennie levaram para a festa na academia de artes.


Perspectiva de Sam

Aquela noite estava sendo a mais longa e exaustiva da minha vida. Depois de finalmente conseguir acalmar Bennie e John, liguei para o meu advogado para que ele cuidasse da denúncia contra Napat pelo que aconteceu. Bennie havia adormecido no banco de trás da Duanpen, exausta e assustada, e John estava ali, ao lado dela, o tempo todo, fazendo carinho em seu rosto como se quisesse apagar todo o terror daquela noite de sua mente.

Era hora de levá-los de volta para Mon. Eu precisava levar los para perto da mãe, onde eles se sentiriam seguros. Entrei no carro e dirigi devagar, evitando ao máximo qualquer solavanco, para que Bennie pudesse dormir em paz e recuperar pelo menos um pouco das energias enquanto descansava.

Quando chegamos em casa, John, sem hesitar, pegou Bennie nos braços e a carregou para dentro. Mon, Jesse, Kit, Puu e Kob estavam na sala, esperando por nós com olhos vermelhos de tanto chorar. Assim que entramos, Mon correu para Bennie, acordando-a com um toque ansioso. John a colocou delicadamente no chão, e Bennie praticamente caiu nos braços da mãe, como se aquele fosse o lugar mais seguro do mundo.

Só depois de ver as duas juntas, eu finalmente soltei um suspiro profundo. A tensão, o medo, tudo que eu segurava dentro de mim começou a se dissipar. Eu estava exausta, e o esforço para ser forte e corajosa por Mon e por nossos filhos havia drenado todas as minhas forças. De repente, o mundo escureceu, e eu desmaiei.

Perspectiva de Mon

Com a ajuda dos meninos, levamos Sam para a cama. Eu a deitei com cuidado no meu colo, meu coração batendo forte enquanto esperava que ela voltasse a si. Não demorou muito até que ela começasse a abrir os olhos, e um alívio enorme tomou conta de mim.

— Khun Sam... — sussurrei, minha voz carregada de alívio.

Ela se sentou de repente, o pânico estampado em seu rosto, e eu podia ver o medo ainda fresco nos olhos dela.

— Onde está a Bennie? — Sam perguntou, a voz cheia de desespero.

— Calma, meu amor. — Eu disse suavemente, puxando sua cabeça de volta para o meu colo. Ela precisava descansar. — Você trouxe minha filha de volta para mim.

Inclinei a cabeça para o lado da cama onde Bennie estava, adormecida no lugar de Sam. Senti Sam se acalmar aos poucos. Ela se levantou devagar do meu colo e se arrastou pela cama até Bennie, olhando para ela com ternura.

— Ela está bem? — Sam perguntou, a voz dela sussurrava enquanto alisava os cabelos de Bennie, afastando a franja que caía sobre seus olhos.

— Ela vai ficar bem. Napat foi levado pela polícia, foi o que John me contou. Acho que agora teremos um longo período de paz. Nossos filhos podem descansar, e isso é graças a você. Eu te devo tudo, Sam. — Falei, minha voz cheia de gratidão.

Sam manteve os olhos em Bennie, como se não conseguisse desviar o olhar daquela garota que agora respirava tranquila. Seus dedos continuavam acariciando o cabelo de Bennie.

— Foi o John, Mon. Ele foi incrível. Eu... eu não fiz nada de mais. — Sam disse.

— John me contou tudo, Khun Sam. Você tentou arrancar Bennie de Napat sozinha, como uma louca, sem pensar nos riscos. Ele teve que te amarrar no carro pra te impedir de por sua vida em risco. Não consigo imaginar o que te deu para se arriscar dessa forma pelos meus filhos. — Eu disse com preocupação.

Mon & Sam - Entre Laços E LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora