Capítulo 57 - Neung

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Vários meses depois...

Perspectiva de Kob

Depois de meses tentando colocar minha vida em ordem, aqui estou, parado na porta do estúdio de gravação, pronto para gravar meu primeiro single. O violão está pendurado nas minhas costas, e Jesse está ao meu lado. Sinto um frio na barriga, hesitando em dar o próximo passo, até que sinto as mãos da minha irmã apertando meu braço. Isso me traz de volta à realidade.

— Tá pronto? — ela pergunta, com um olhar encorajador.

— Nem sei, Jesse. Vamos lá. — Respondo, tentando sorrir.

Entramos no estúdio, e a recepcionista nos avisa que seremos chamados em breve. O nervosismo cresce a cada minuto, até que um homem com um visual casual e um grande sorriso aparece para nos buscar.

— Kob?

— Sim.

— Bem-vindo! Vem comigo, meu nome é Tai. — diz ele com entusiasmo.

— Minha irmã pode nos acompanhar? — pergunto, apontando para Jesse.

— Claro, venham os dois!

Ele nos conduz para um estúdio incrível, cheio de instrumentos, microfones e mesas de som. Ele nos mostra tudo o que podemos usar e pede que nos sentemos um momento enquanto ele preenche os documentos do aluguel do estúdio.

— Certo, nome? — pergunta ele, já com a caneta pronta.

— Kob Anantrakul.

— Anantrakul? — Ele me encara surpreso.

Fico tímido e meio frustrado; o nome da minha mãe sempre provocava reações assim.

— Você é filho de algum Anantrakul? — Ele continua, ainda anotando. — Sua mãe é a Neung?

— Não, é Sam. — respondo.

Assim que falo, ouço um suspiro dele. Eu e Jesse trocamos olhares confusos.

— Bem, Khun Kob, — diz ele, agora ciente do meu sobrenome — não serei eu a ajudar com a mixagem da música. Minha esposa já vai chegar para trabalhar com vocês. Podem ficar à vontade, podem começar a se preparar. Temos 2 horas de estúdio, vamos fazer valer!

Agradeço, e ele sai da sala.

— Por que ele perguntou sobre a nossa tia? — Jesse pergunta assim que ele sai.

— Sei lá! Foi bem estranho!

Poucos minutos depois, uma mulher pequena, magrinha e apressada entra na sala, parecendo bem nervosa.

— Vamos começar. Vocês estão prontos? — Ela pergunta ainda sem nos olhar.

— Sim, senhora. — Respondo.

Ela se vira para nós e imediatamente fixa o olhar em Jesse.

— Mon?

Olho para Jesse, confuso.

— Sou Jesse. — Jesse responde, também confusa.

— Ah, desculpa, querida. Você me lembra muito alguém. — A mulher diz enquanto tenta soltar a alça da bolsa que está presa numa cadeira.

— Mon é minha mãe. — Jesse diz. — Você a conhece?

A mulher suspira profundamente e encara Jesse.

— É como ver a Mon sentada aí. — Ela diz, desviando o olhar para mim. — E você também é...?

Eu apenas confirmo com a cabeça.

Mon & Sam - Entre Laços E LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora