Capítulo 44 - Os jornalistas

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Perspectiva de Sam

Contei para Mon tudo o que aconteceu com aquela visita inesperada. Ela estava tão impressionada quanto eu. Mon me puxou para o sofá, e nos sentamos coladinhas uma à outra.

— O que você quer fazer, amor? — Ela perguntou.

— Ainda não sei. — Respondi.

Ficamos em silêncio por um tempo, e eu percebi que Mon também não sabia o que me dizer. Era tudo tão inesperado.

— Mon...

— Sim?

— Você acha que eu fui idiota por tê-lo deixado entrar e ouvir o que ele tinha a dizer?

— Não, Khun Sam. Você tem um coração muito grande e quis dar a ele uma chance de se explicar. — Ela disse com carinho. — O que você sentiu com tudo o que ele falou?

— Não sei... Só conseguia pensar em nós o tempo todo.

— Em nós? Como assim? — Ela se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

— Em como eu jamais conseguiria virar as costas para nossos filhos, ou para você...

Ela me abraçou e me deu um beijinho suave e reconfortante.

— Eu sei que não, meu amor.

Mon me puxou para um beijo apaixonado. Aquele beijo dizia tudo o que ela não conseguia colocar em palavras. Naquele momento, isso era o suficiente para mim.

Somos interrompidas por Jesse e Bennie.

— Sempre grudadas, que nojo! Vocês não têm um quarto? — Disse Bennie, zombando.

— Vocês vão sair assim? — Perguntei, observando-as.

— Assim como? — Jesse olhou para baixo, confusa.

— Tão lindas. — Respondi com um sorriso.

Elas se dirigiram para a porta.

— Não se esqueçam de que quero ver essas duas aqui em casa para jantar um dia desses. Tenho muito que conversar com elas! — Falei, sabendo que provavelmente elas iriam me ignorar.

Perspectiva de Jesse

Estamos na Duanpen, e minhas mãos tremem. Desta vez, não quis insistir para a minha irmã me deixar dirigir, porque o meu nervosismo seria mais perigoso do que o jeito agressivo dela de dirigir.

— Calma, Jesse. — Disse Bennie. — Daqui a pouco você vai estar suando como se tivesse corrido uma maratona.

— Não avisei que ia lá. — Disse, preocupada.

— Fez bem, nada como uma surpresa.

Chegamos ao "Insônia" e entramos direto. O segurança nem pediu meu nome para confirmar a entrada; provavelmente Fah liberou para mim. Quando entro, percebo que a boate ainda não está cheia. Olho para o bar e não vejo Yu.

— Será que ela não veio hoje, Ben? — Perguntei.

— Veio. Eu confirmei com as meninas por mensagem antes de virmos. Calma.

Minha irmã me pegou pela mão, e fomos até o escritório de Fah. Ela bateu na porta, e a voz imponente daquela mulher soou do outro lado. Quando entramos, Fah estava no seu escritório, vestindo um terno escuro e com um olhar sério de quem está focada no trabalho.

— Olá, Fah. — Disse Bennie, correndo para ela.

Fah afastou a cadeira da mesa, abrindo espaço para Bennie se sentar no seu colo.

Mon & Sam - Entre Laços E LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora