Mon & Sam - Entre Laços E Liberdade

Capítulo 70 - Noivas e Casadas

Passados 6 meses...

Perspectiva de Mon

Meu casamento com Sam foi um sonho. Dessa vez fizemos algo menor, bem intimista. Como já havíamos assumido para nós mesmas, nós já nos sentíamos casadas há tempos. Na verdade, nunca nos sentimos divorciadas de verdade. Esses seis meses foram uma verdadeira montanha-russa de acontecimentos. Para começar, Jesse ficou noiva de Yu, e meu coração quase pula pela boca toda vez que lembro que minha menininha vai casar! Juro que ainda me pego pensando: "Como assim?! Meu bebê, casando?!". Mas o que mais me espantou foi a dedicação de Sam. A mulher se jogou de cabeça nos preparativos do noivado e deu um apoio pra Yu que até me fez pensar: "Pera aí, quem é essa pessoa?". Cada dia que passa, Sam me surpreende mais! Não achei que fosse possível.

Nosso casamento foi uma delícia! Pong, ah, o Pong... foi o melhor menino das alianças que poderíamos ter imaginado. E, claro, Bennie chorou rios de lágrimas na hora dos votos. Eu, de verdade, nunca tinha visto Bennie tão emocionada! Acho que agora ela está cada dia mais parecida com Sam, é até engraçado. Elas estão tão próximas que até o jeito de falar está começando a ficar igual.

E não posso esquecer de falar que oficializamos a adoção de Pong! Ele agora é oficialmente Pong Phetpailin Anantrakul, e olha, o menino está tão feliz que toda vez que se apresenta pra alguém, ele diz que é "Kung Pong". Ele nem sabe bem o que isso significa, mas tá feliz e isso é o que importa! Já os meus outros meninos, aceitaram ser adotados por Sam também, então agora temos uma equipe completa de Anantrakuls em casa. E, claro, fizemos algumas entrevistas para as revistas – parte do pacote quando se faz parte da realeza – mas Sam foi categórica: "Nossos filhos não vão ser expostos demais". E, bom, quando Sam fala assim, até o editor-chefe obedece.

E agora, finalmente, aqui estou! De perna aberta no consultório médico, totalmente exposta e ridícula, pronta pra colocar mais um filho nessa família já bem grande! Sam está do meu lado, segurando minha mão como se eu fosse dar à luz aqui mesmo, agora. A força que ela faz na minha mão é insuportável! Sério, acho que vou sair daqui com a mão quebrada.

– Calma, Chamcham. Você já passou por isso, sabe bem que não dói. – Tentei apelar para o óbvio.

Mas ela? Não me escuta. Está hipnotizada, encarando o nada como se estivesse vendo o destino diante dos olhos.

– Boa tarde, Khun Sam e Khun Mon. – cumprimenta o médico, todo formal.

– Por favor, doutor, pode me chamar só de Mon. – Corrigi com um sorriso simpático.

– Com certeza, Mon. – Ele respondeu, sorrindo de volta. – Acho que você já sabe como será o procedimento, certo?

– Sim, doutor, sei sim. – Afirmo, tentando manter a calma que Sam claramente tinha perdido.

– Vamos usar os óvulos inseminados de Khun Sam e, se tudo correr bem, em poucas semanas saberemos se a inseminação foi um sucesso. – Ele explica. – Como você já tem 45 anos, Mon, recomendo repouso absoluto e evitar ao máximo qualquer tipo de estresse. Posso contar com sua ajuda, Khun Sam?

Sam não ouve. Ela parece estar em outra dimensão, paralisada em algum ponto entre o pânico e a epifania.

– Amor, não é hora de mudar de ideia. – Disse rindo da cara de choque que ela fazia.

– Mudar de ideia? Não! – Ela finalmente despertou do transe. – Vamos ter milhares de filhos!

– Vários, Khun Sam. Só vários.

– Foi o que eu disse, Mon.

Ela estava em choque total, e eu sabia que não adiantava argumentar com aquele brilho de loucura nos olhos. Terminamos o procedimento e, depois de um tempo esperando o médico nos liberar, voltamos para casa.