Capítulo 9 - Uma noite de amor

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Perspectiva da Sam

Elas me convenceram. Me arrumei em casa, optando por um look casual, mas elegante: calças pretas, salto alto e um top branco que chamava a atenção de maneira sutil. Peguei meu conversível e dirigi até o bar onde combinamos. Quando entrei, as três já estavam em uma área VIP, rodeadas por garotas bem mais jovens que poderiam ser nossas filhas.

— Sam! — Jim gritou, acenando.

Aproximando-me, fui recebida por uma jovem de cabelos ruivos, saia preta curta e camisa levemente desabotoada, revelando a barriga.

— Ouvi dizer que whisky é sua bebida favorita. — Ela disse, em um tom sedutor, mas com um toque doce.

— Obrigada. — Aceitei o copo e me sentei, observando a cena ao meu redor.

Tee estava no centro, braços ao redor de duas garotas que riam de qualquer coisa que ela dissesse. Já havia duas garrafas de champanhe vazias na mesa. Jim conversava timidamente com outra garota, enquanto Kate parecia ignorar tudo, estava em seu celular, trocando mensagens com Kirk.

— Achei que estaríamos sozinhas. — Comentei, ainda tentando entender por que estava ali.

— Relaxe, Sam, é só uma noite... — Tee respondeu. Ela olhou para a garota ruiva que me serviu e perguntou: — Querida, tem alguma garota por aí... bem, mais jovem, cabelo castanho, um jeito doce, para fazer companhia à nossa amiga Sam?

— Tee, por favor, pare com isso. — Murmurei, desconfortável.

— Vou providenciar. — A ruiva piscou para mim e saiu.

Enquanto bebia, as garotas foram dançar, e eu me vi perdida, pensando no que fazia ali. Sou uma mulher de respeito, afinal... o que estava tentando provar? Kate saiu para o banheiro, me deixando sozinha.

Então senti duas mãos pousarem nos meus ombros por trás e uma voz rouca sussurrar no meu ouvido:

— Foi aqui que me chamaram?

Virei-me e vi uma garota que me fez perder o fôlego.

— Bennie? — Gritei, incrédula. Era a filha mais nova da Mon.

— O que faz aqui? — Ela devolveu, igualmente surpresa.

— Isso eu que te pergunto!

Levantando-me num impulso, percebi que Bennie olhava ao redor. Assim que viu Tee e Jim dançando, agarrou meu braço e me puxou para fora quase correndo.

— Por favor, Khun Sam, isso é um segredo! — Implorou ela, com os olhos arregalados.

— Bennie, você trabalha aqui? — Questionei, chocada.

— Sim, mas ninguém pode saber. Meu pai me mataria. Você tem que guardar segredo.

— Mas isso é completamente indecente!

Ela cruzou os braços, o rosto tenso, um beicinho que me lembrava tanto a Mon.

— Indecente? Mas você também está aqui! — Ela retrucou com uma expressão desafiadora.

— Respeito, menina! — Respondi, furiosa. — Sua mãe sabe disso?

— Não, nem vai saber!

— Bennie, eu não posso esconder isso dela. Você não deveria estar aqui. Devia ter um trabalho digno.

— Eu gosto de trabalhar aqui! Não estou por dinheiro, como deve imaginar. Dinheiro é o que não nos falta. — Ela retrucou, com uma frieza que lembrava Napat.

— Não posso esconder isso. Vamos falar com suas tias. — Insisti, tentando puxá-la.

— Não! E não me toque! — Bennie disse, zangada. — Ou acha que minha mãe vai gostar de saber que você frequenta boates para seduzir garotas como eu?

Mon & Sam - Entre Laços E LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora