— Pensei que foi para isso mesmo que você tivesse me chamado aqui, para eu tirar estas roupas molhadas e você tirar esta camisola sexy.
Lin deu um sorriso folgado, depois suspirou alto ao ver que ela não disse mais nada.
— Mas se quiser me fazer umas perguntas primeiro, eu aceito. Mas gostaria de roupas secas.
Kath subitamente se deu conta de que ainda estava com o vibrador na mão. Soltou-o como se fosse uma batata quente, e o aparelho rolou sobre o colchão e bateu-lhe na coxa.
Ela mal percebeu, estava entretida demais vendo o smoking molhado se transformar na camiseta branca e na calça jeans que Lin usara mais cedo.
O cabelo também secou em instantes. Estava deslumbrante, mas não havia
como aquela criatura ficar menos que ótima. Molhada. Seca. De smoking.Ou de camiseta e jeans. Ou sem nada.
Lin se sentou informalmente na ampla poltrona que Kath mantinha perto da cama, para quando Nitta sonhava com espíritos e queria falar.
O tecido creme ressaltava o brilho que emanava de Lin.
Aquela não era uma mulher qualquer. Era uma fantasma, uma fantasma especializada em realizar fantasias.
Quais seriam as consequências se realizasse as fantasias dela?
— Você disse que queria fazer umas perguntas.
Lin disse, esticando as longas pernas e cruzando-as nos tornozelos, dando a entender que estava pronta para discutir o assunto que ela quisesse, pelo tempo que ela quisesse, e que depois poderia dar... Tudo que ela quisesse.
— Se não vamos falar sobre a transição, então só pode ser sobre a vida no meio-termo. É isso?
Kath assentiu. Era isso. A situação era tão diferente de tudo que ela já vivenciara com espíritos, que não estava sabendo direito como levar.
O que um médium faz quando deseja quebrar todas as regras e se permitir ter todo o prazer que não tivera nos últimos seis meses?
Ora, a quem ela queria enganar?
Ela apostava que Lin Sasinpimon seria capaz de lhe dar o tipo de prazer que jamais tivera.
— O que quer saber, senhora?
Mon dieu. Aquele sotaque acabava com ela. Se soubesse antes como podia ficar hipnotizada com aquele sotaque, teria visitado a Tailândia. Mas nenhum dos médiuns da família Raywatt costumava viajar para muito longe de casa.
Havia boa chance de estarem longe e serem convocados.
— Vamos lá, Kath. Pergunte.
— Como alguns espíritos vêem os vivos do outro lado? Sei que minha avó me vê, me ouve. Mas nem todos os espíritos podem me ver, certo?Kath já fizera a mesma pergunta a Jim.
Chegara a perguntar à avó quando era viva, mas nenhuma das duas soube responder. Lin apoiou os cotovelos nos braços puídos da poltrona e a observou, pensativa.
— Para ver uma alma no mundo dos vivos, o espírito precisa ter uma forte afeição pela pessoa que está viva, ou então desejar muito vê-la.
— Você já me viu?Ela perguntou por impulso, e imediatamente desejou não ter formulado as quatro palavras, mas não podia negar que queria saber.
Ela baixou os olhos em direção à camisola de rede. O fino tecido não deixava muito para a imaginação, se é que deixava alguma coisa.
Se Lin Sasinpimon fora capaz de vê-la, será que vira tudo?
— Sim e não.
— Pode me explicar?
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Paradise
FanfictionKath Raywatt tem um segredo: ela é uma médium dedicada a ajudar os espíritos a passar para o outro lado. Infelizmente, Kath tem estado tão ocupada com o mundo etéreo que se descuidou de sua vida terrena. Ao encontrar a falecida, porém sexy, Lin Sas...