Hold Me

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— Bem, seu irmão tem razão. Ela é uma mulher muito atraente. E tem bom coração. Sinceramente, eu não consegui conversar muito com ela, pois ela estava acalmando Chloe, que estava muito nervosa com a perspectiva de rever os pais, mas deu para perceber que ela é tão bonita por dentro quanto é por fora.
— Foi o que Eunwoo disse.

Kath ficou olhando para as anotações para não ter de encarar aqueles olhos intensos. Lin achou Chungha atraente, e isso era bom, certo? Certo.

Ela precisava se convencer disso.

— Então, se você voltar a Pensacola amanhã, acha que pode ter mais chance de conversar com ela, e depois passar para assuntos mais íntimos?

Lin deu uma espiada na lista que Kath tinha em mãos.

— Você tem uma lista para me ensinar a amar, passo a passo?
— Mais ou menos.
— Bem, deixe-me ver.

Lin foi pegar o caderno e pararam por um momento, a mão dela de um lado e a de Lin de outro.

Kath sentiu o intenso calor que vinha da outra se transmitir através do papel.

— Você me quer.

As palavras foram mais uma declaração do que uma pergunta.

— Sim.
— Mas mesmo assim, quer me fazer passar para o outro lado.
— Tenho de fazer isso.

Kath se defendeu.

— É o que você diz.

Ela deu uma olhada na lista.

— Parece que já passamos por dois passos. O primeiro, eu já a conheci, e o segundo, houve uma atração.
— Houve?
— Sim, ela é uma mulher atraente, de modo que minha parte dessa equação se cumpriu. E, pelo que sei, minha aparência nunca provocou repulsa em nenhuma mulher.

Lin sorriu e Kath derreteu.

Não, Lin Sasinpimon estava muito longe de provocar repulsa.

— Muito bem, então os dois primeiros passos já foram dados.
— Quanto ao terceiro passo, eu não diria que nós conversamos exatamente, pois ela passou a maior parte do tempo com Chloe. Se eu voltar amanhã, suponho que façamos isto, antes de começarmos a discutir o passado, o presente e o faturo. Parece ser este o plano aqui.
— Muitas coisas para se fazer em uma semana, não é?

Kath perguntou, consternada. E se ela não conseguisse fazer Lin amar?

E se não conseguisse fazê-la passar para o outro lado?

— Sei o que pode me ajudar a conseguir fazer isto?
— O quê?
— Prática.

Os olhos negros de Lin a examinaram com intensidade.

— Prática?
— Você quer que eu realize tudo isso esta semana, não é? Com Chungha, certo?
— Sim.

Kath disse, torcendo para ela não reconhecer a meia verdade.

Não gostava nada da ideia de Lin ter intimidades com Chungha.

— Certo. Então você não vai se incomodar se eu praticar um pouquinho.
— Acho que não.
— Bem, vejamos, eu e você passamos pelo passo número um e pelo passo número dois. Nós nos conhecemos e, obviamente, existe uma atração.
— Eu diria que sim.

Lin deu uma risadinha que a deixou arrepiada.

— Nós conversamos.
— Sim, conversamos.
— Então creio que chegamos a ponto de conversar sobre o passado, sobre o presente e o futuro. Se eu vou fazer isto com Chungha, poderia praticar um pouco. Quer começar?

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